Contextualização do Livro "saber ver a arquitetura"

O livro em questão, foi publicado pela primeira vez em 1948, numa época em que, na Itália, a arquitetura moderna ganhava cada vez mais destaque. O movimento modernista, com figuras como o Walter Gropius e Le Corbusier e o Frank Lloyd Wright, propôs uma série de ideias inovadoras relativas ao design e urbanismo. O livro, Saber Ver a Arquitetura foi um dos meios que contribuiu para a disseminação dessas mesmas ideias. Foi publicado também, numa época pós Segunda Guerra Mundial, após emergir de um período de regime fascista de Benito Mussolini, então, Itália entrara agora num período de reconstrução, reabilitação e renovação social, económica e arquitetónica.

O livro na época em que foi publicado, motivou contornar os costumes arquitetónicos da altura e construiu um tipo de pensamento de como as cidades deveriam ser reconstruídas e como a arquitetura poderia desempenhar um papel essencial na renovação cultural e social.

Saber Ver a Arquitetura, realizada pelo escritor, arquiteto, crítico e historiador italiano, Bruno Zevi, corresponde a um ensaio realizado pelo próprio em relação à arquitetura, à forma como ela é entendida e valorizada (ou não), pela sociedade, à sua evolução, às diferentes tendências e às especificidades que devem ser captadas na arquitetura, para que a mesma seja devidamente reconhecida.

Para tal, entende-se que, “Para ensinar a saber ver a arquitetura, é preciso, antes de mais nada, uma clareza de método”, por outras palavras, para ensinar a admirar a arquitetura, é necessária a criação de um conjunto de ideias claras, lógicas e acessíveis de forma que a arquitetura seja compreendida pelo leitor. Posto isto, Zevi pretende oferecer aos leitores isso mesmo, uma “clareza de método”, elaborando uma exploração de vários conhecimentos específicos da área, desde a arquitetura clássica, Grega e Romana até às vanguardas modernistas e esclarecendo também que a arquitetura não é apenas uma estrutura, mas também, tal como as artes plásticas, teatrais, cinematográficas, e várias outras, uma forma de expressão de valores, costumes e crenças.