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Curso de Arquitetura e Urbanismo

Por:   •  13/3/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.427 Palavras (6 Páginas)  •  244 Visualizações

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Faculdade Paraíso do Ceará

Curso de Arquitetura e Urbanismo

Juliana Vieira

Millena Carvalho

PALACIO RUCELLAI, ALBERTI.

Trabalho desenvolvido como atividade para a Disciplina Teoria e História da Arquitetura I, ministrada pela profª. Tamires Cabral.

Juazeiro do Norte – Ceará

Novembro – 2017

PALÁCIO RUCELLAI, ALBERTI

        Com o “desaparecimento” do gótico, um estilo que mostra como o homem pensa a respeito de como o mundo surgiu baseado nos métodos da razão e no humanismo. A esse novo estilo, é dado o nome de renascimento. Os arquitetos renascentistas estabeleceram critérios para suas construções, valorizando a natureza e o uso do mundo clássico, baseado no estudo da antiguidade.

        A essa arquitetura, os historiadores dividiram em dois períodos: Primeira fase, que apresenta um estilo mais simples e leve. Ocorreu na Florença, no século XV; Segunda fase, mas rica e grandiosa, tomando conta de Roma no século XVI.

        Entre os principais teóricos do renascimento, encontra-se Alberti, considerado o maior teórico da renascença. Era arquiteto, pintor, escultor e escritor. A arquitetura lhe deve alguns de seus principais conceitos. Entre suas principais obras, encontra-se o Palácio Rucellai, obra que será abordada nesse relatório, destacando suas características básicas.

        O palácio foi encomendado por Giovani Rucellai, construído entre 1446 e 1451 por Bernardo Rosellino, com a fachada concluída quando quase todos os ambientes internos estavam concluídos. Na verdade, sua estrutura é a junção de oito edifícios adjacentes adquiridos por Giovani. Junto à construção dessa que seria sua residência, Giovani comprou e demoliu os edifícios à frente para construir o que seria sua praça familiar, denominada Piazza de Rucellai, que abrigaria a Loggia de Rucellai.

        Todas essas obras, de modo geral, contribuíram para o embelezamento da cidade, que despertou no povo um orgulho civil em tornar a cidade mais bonita.


FACHADA

        

        A fachada segue o alinhamento das ruas e reforça a perspectiva horizonatal, demonstrando a preocupação de Alberti em valorizar a continuidade do tecido urbano original.

Percebe-se a volta ao estilo clássico com o uso de colunas consideradas dóricas no piso térreo, no primeiro andar com pilastras jônicas e o terceiro com pilares da ordem coríntia, que, para estilizar o palácio, diminuem progressivamente para os andares superiores.

A fachada do edifício é organizada em três partes, com três ordens de pilares diferentes, separadas por três faixas horizontais, que nos dois andares superiores servem para apoiar as janelas abertas e um arco semicircular que também recebe arcos geminados.

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Comparação das ordens no Palácio Rucellai

Enquanto essas pilastras dividem a fachada verticalmente, cornijas projetadas realçam as divisões horizontais, dando um toque mais elegante.

Alberti procurou fazer uma bela fachada, tratando-a como um organismo governado por módulos e repetições, em que os elementos não são individualizados e partem de um conjunto, no qual tudo é insubstituível e essencial como um todo.

PLANTA BAIXA

        Em sua planta, há um pátio interior, característica comum de todos os palácios do renascimento, com colunatas e recantos sombreados considerados agradáveis. “Aquilo que se espera da Renascença, em termos de delicadeza e articulação, pode ser visto principalmente nos pátios interiores”. (Jordan).

O interior do palácio foi remodelado e foi construído no centro um pátio cercado de colunas do estilo coríntia, responsáveis pela integração dos cômodos da casa, comparando-se assim com os átrios das residências romanas.

Cada andar tinha suas devidas finalidades. O piso térreo, era para negócios e estava ladeada por bancas correndo ao longo da fachada da rua; o primeiro andar para recepções formais e o segundo era privado para a família. Um terceiro andar “escondido’’ debaixo do telhado para servos, pois quase não havia janelas e ficava bastante escuro por dentro”.

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ENTORNO

Os palácios renascentistas, e o Palácio Rucellai, não diferente, são fundamentalmente urbanos. Alguns chegam a ocupar um quarteirão inteiro da cidade, e as fachadas, ficam junto à rua, como “falésias de cantaria”.

O Palácio Rucellai está localizado na Via della Vigna Nuova em Florença, Itália. Próximo ao Rio Arno, a construção é cercada por outros palácios importantes e grandes igrejas como a Basílica di Santa Maria Novella e a Catedral di Santa Maria Del Fiore.

Localizado em frente ao palácio, existe a Piazza de Rucellai, um anexo dele. Trata-se de um espaço retangular formado por arcos que são sustentados por colunas coríntias, e decorados por pilares em suas extremidades. Hoje em dia, esse espaço foi fechado com vidros e se tornou uma sapataria.

Há bancos externos no térreo para o uso dos cidadãos, vizinhos e clientes que foram usados para dar maior espessura no embasamento do projeto, dando nobreza ao edifício criando um falso pódio.

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Localização do Palácio vista por satélite

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Localização do Palácio em desenho técnico

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Piazza de Rucellai atualmente

ABERTURAS E ENTRADAS DE LUZ

Para se ter acesso ao seu interior, há duas portas abertas no piso térreo, onde as aberturas entre os pilares são sempre retangulares. O portal de acesso, localizado no centro dos cinco módulos originais, está alinhado ao eixo de rua existente que chega ao ângulo oblíquo.

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