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DO TEXTO: A Linguagem Moderna da Arquitetura

Por:   •  23/9/2020  •  Resenha  •  3.857 Palavras (16 Páginas)  •  279 Visualizações

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M. Regina

FICHAMENTO DO TEXTO: A linguagem moderna da Arquitectura, de Bruno Zevi

Palavras-chave: classicismo; arquitetura moderna; janelas; metodologia do elenco; invariante (s) da linguagem moderna

Crítica pessoal ao texto:

1- Na minha interpretação, o texto emprega ERRONEAMENTE e por diversas vezes o termo “moderno” ao referir-se ao contemporâneo, quando o certo seria PÓS-MODERNO. O período Moderno antecede o Contemporâneo, ou seja, refere-se ao período histórico compreendido entre 1453 – 1789.

2-  Há erros GRAMATICAIS no texto, o POR QUE das perguntas é separado e junto (PORQUE) na resposta, mas apesar de ser escrito no português mais arcaico e original (de Portugal), os POR QUEs das perguntas aparecem ERRONEAMENTE  juntos!

INTRODUÇÃO – FALAR ARQUITECTURA

“... ao longo dos séculos, uma única língua da arquitetura foi codificada: a do classicismo... até a arquitetura moderna, ... se não for estruturada em língua, corre o risco de retroceder... em breve, provavelmente, deixaremos de saber falar arquitetura... perigo ainda mais grave: ... deixaremos de ser capazes de ler as imagens de todos os arquitetos que falam uma língua diferente do classicismo... (p. 11)... Dezenas de livros e... ensaios discutem se a arquitetura pode ser comparada com uma língua... a pesquisa semiológica é fundamental... bem ou mal, os arquitetos comunicam; falam arquitetura... Devemos documentar com exatidão aquilo que falar arquitetura implica...  Milhares de arquitetos e estudantes... projetam, mas desconhecendo o léxico... Os críticos... julgam... com que critérios? Com que legitimidade...? eis o desafio...: para nos compreendermos, é preciso que usemos uma mesma língua, conciliando os seus termos e processos... (p. 12)... e não se admirem quando descobrirem que, em cada 100 edifícios construídos hoje, 90 são completamente anacrónicos..., 8 contêm de modo incoerente alguns elementos lexicais modernos, e 2,... não falam a velha... mas também não falam a nova ‘língua’... até os grandes mestres do modernismo... produziram... obras retrógradas, classicistas... que língua é esta, se ninguém ou pouquíssimos a falam?... poderia estar mais difundida, sem o seu código ser elaborado? Este trabalho tem a ambição...: suscitar a discórdia... provocar um conflito...” (p. 13)

FIGURA 1. a ditadura da linha reta... dela provém a mania das paralelas, das proporções, dos traçados ortogonais, dos ângulos de 90˚... a gramática e a sintaxe do classicismo... (p. 14)

  1. O ELENCO COMO METODOLOGIA DO PROJECTAR

“... o elenco implica a desagregação e a rejeição crítica das regras clássicas, ou seja, das “ordens”, dos a priori, das frases feitas, das convenções de qualquer origem e gênero...

Princípio ético... é preciso que nos libertemos... dos tabus culturais... Para o arquiteto moderno, tabus inibidores são os dogmas, os hábitos, as inércias, as sequelas acumuladas durante séculos de classicismo... a revolução arquitetônica moderna não é, portanto, um fenômeno inédito, apocalíptico, ... repete-se ao longo dos séculos.

Elencar significa reformular do ponto de vista semântico.... analisado a fundo o seu conteúdo... (p. 15) ... eliminam-se... os verbos, as ligações, os modos de construir uma frase... exemplos...

Janelas. O classicismo... estuda a sequência dos módulos... o arquiteto moderno liberta-se destas preocupações formais, entregando-se a um trabalho de reorganização semântica muito mais complexo e proveitoso... nada de módulo repetitivo... pode assumir qualquer forma... deve iluminar... aquilo que quiser... não há motivo para uniformizar as janelas...

Desordenar a justaposição e a sobreposição dos módulos leva à reconquista da integridade da fachada... significa também ... a fachada torna-se não-limitada... deixa de ser um objeto fechado... limitado a si mesmo, e estabelece um diálogo... desempenhando um papel participante ...

... o princípio do elenco exclui a noção de “fachada”. No entanto, ao intervir em tecidos urbanos nos condicionamos por texturas e volumetrias pré-determinadas, o arquiteto é muitas vezes obrigado a desenhar uma fachada. ... no momento em que diferencia as janelas pela forma e pela colocação, rejeita a fachada tradicional e as suas conotações classicistas... pondo algumas janelas em relevo, outras em encaixe, jogando com a espessura das paredes... (p. 16)

FIGURA 2. Metodologia do elenco nas janelas. O classicismo... preocupa-se com o módulo, com sua repetição... relação entre cheios e vazios, com os alinhamentos... por outro lado, o elenco reorganiza semanticamente cada elemento (em baixo) e depois procede à montagem. (p. 17)

... por que não inclinar as janelas em relação ao plano de fachada?... para a esquerda ou para a direita, recuperando vistas panorâmicas... frentes ricas em angularidade...

O princípio do elenco... contesta a fachada clássica, quebra seus limites... atingem um duplo objetivo: aumentam as alternativas de iluminação nos ambientes e realça-se a expressão comunicativa do edifício.

... 2 objeções:

1ª) é de confusão... protesta... é preciso um esforço de reflexão excessivo... uma janela resulta do estudo do espaço que deve iluminar... depende largamente da luz... para configurar as janelas, é necessário ter já projetado espaços e volumes, o edifício completo... a maioria dos edifícios construídos hoje seria moderna... basta observar as suas janelas para perceber que é fruto de inconsciência acadêmica...

2ª) contra-ataca... o classicismo é totalmente arbitrário... o elenco... sacrossanta desordem, que remove a ordem idólatra, os tabus da “série”... a indústria uniformiza, classifica, tipifica, classiciza... os arranha-céus... são mais bloqueados e estáticos... percebe-se isso também pelas janelas...

...

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