Edificações de Nova Russas
Por: Geanne Carvalho • 14/1/2016 • Artigo • 1.684 Palavras (7 Páginas) • 308 Visualizações
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO TEOLÓGICA METROPOLITANO
CURSO: PÓS GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA E GEOGRAFIA
AS PRIMEIRAS EDIFICAÇÕES DE NOVA RUSSAS
ERONILDE DE SOUSA CARVALHO SILVA
NOVA RUSSAS/CE
JANEIRO-2016
1 INTRODUÇÃO
Em meio a toda essa modernização e evolução da sociedade é de essencial importância para o estudo e compreensão da história e geografia o estudo de edificações antigas para entendermos como viveram os nossos antepassados em períodos anteriores.
A constituição das memórias estabelece importante função social, na medida em que reproduz informações mesmo ante a ausência de dados escritos, baseando se no estudo de objetos que marcaram o seu acontecimento.
Deste modo, a memória, como propriedade de conservar certas informações, remete nos em primeiro lugar, a um conjunto de funções psíquicas, graças às quais o homem pode atualizar impressões ou informações passadas, ou que ele representa como passadas.
O presente trabalho fundamenta-se em fazer uma viagem histórica e geográfica no passado de nossa cidade, resgatando valores e tradições passados. Fazendo uma ponte com o passado, presente e futuro. Estabelecendo ligações para uma melhor compreensão.
2 OBJETIVOS
Objetivo geral:
- Compreensão da importância de tais edificações e das possibilidades de intervenções históricas.
Objetivos específicos
- Entender e compreender o passado, buscando uma conexão com presente e futuro.
- Avaliar como viveram as antigas civilizações
- Compreensão história das edificações antigas
3 JUSTIFICATIVA
Buscamos neste trabalho compreender sobre as primeiras edificações de nosso município (Nova Russas). Usando como método teórico a cultura popular, que abrange uma perspectiva multidisciplinar, atendendo as nossas expectativas acerca do projeto pesquisado.
4 REFERÊNCIAL TEÓRICO
Data de cinco de agosto de 1808, o primeiro registro histórico que deu origem ao município de Nova Russas quando da passagem da escritura de venda de um sítio denominado “Curtume”, juntamente com outro denominado ”Olho d’água”, que reunidos mediam três léguas de comprimento por outras três de largura. O nome Curtume, que mais tarde daria o nome ao principal rio da sede, provém da atividade de curtimento de couros e peles existentes no local. Como a maioria dos municípios do sertão, Nova Russas teve o seu surgimento como decorrência de atividades agropastoris, notadamente vinculadas à produção do couro. A Fazenda Curtume quando se encontrava sob o domínio de Manuel Oliveira Peixoto em 1876, teve parte de seu terreno doado para a construção da Capela de Nossa Senhora das Graças, feita em taipa, construída pelo Vigário Padre Joaquim Ferreira de Castro, filho da Vila de São Bernardo das Russas. Em 1894, foi construída uma nova capela, em torno da qual se formou um povoado chamado Nova Russas, em homenagem à sua terra natal, o qual daria origem ao nome do município. O Povoado conheceu maior crescimento depois da inauguração da estrada de ferro de Sobral em 1910. Assim, criaram-se condições propícias à criação do município, com sede no povoado de Nova Russas, emancipado à condição de Vila em 11 de Novembro de 1922 pela lei 2043.
4.1 Criando e Fundamentando o Problema: Memória e Patrimônio em questão.
Falar de história sempre implica em grande responsabilidade e, sobretudo, cautela frente às novas tendências historiográficas que vem sendo abordadas e incorporadas historicamente no conceito desta ciência. Quem já não se deparou com a frase: a história é a ciência que estuda o passado para melhor compreender o presente, talvez na tentativa de não cometer os mesmos erros do passado no futuro.
Hobsbawm afirma que “o passado é uma dimensão permanente da consciência humana, um componente inevitável das instituições, valores e outros padrões da sociedade humana”
Com base nessas afirmações como essas feitas por especialistas da ciência histórica, comecei a moldar meu objeto de estudo.
4.2 PRIMEIRA RESIDÊNCIA DE NOVA RUSSAS
A residência do Sr. Manoel de Oliveira Peixoto, sede da antiga fazenda Curtume, que deu origem a cidade. Manoel Peixoto foi um grande bem feitor dessa terra, por ter doado o terreno para a constituição do patrimônio da Capela de Nossa SenhoraDas Graças. Construída no século passado, esta casa ainda hoje se encontra de pé, desafiando o tempo. Localizada na Rua Quintino Bocaiúva Nº 413 com a fachada para nascente, bem em frente à Teleceará.
4.3 ESTAÇÃO FERROVIÁRIA
HISTORICO DA LINHA: A origem da linha Norte foi o trecho da E. F. de Sobral que ligava Sobral a Ipu (havia o trecho inicial, de Camocim a Sobral, que virou ramal). Em 1909, toda a E. F. de Sobral (Camocim-Ipu) foi juntado com a E. F. de Baturité para se criar a Rede de Viação Cearense, imediatamente arrendada à South American Railway. Em 1915, a RVC passa à administração federal. A linha da antiga E. F. de Sobral chega a seu ponto máximo em Oiticica, na divisa com o Piauí, em 1932, dezoito anos antes de Sobral ser unida a Fortaleza pela E. F. de Itapipoca (1950). Esses dois trechos passam então a constituir a linha Norte. Em 1957 passa a ser uma das subsidiárias formadoras da RFFSA e em 1975 é absorvida operacionalmente por esta. Em 1996 é arrendada juntamente com a malha ferroviária do Nordeste à Cia. Ferroviária do Nordeste (RFN). Trens de passageiros percorreram a linha Norte até o dia 12 de dezembro de 1988, sobrando depois disso apenas cargueiros e trens metropolitanos no trecho Fortaleza-Boqueirão.
A ESTAÇÃO: Fundado em 1876, o povoado de Nova Russas tinha o nome dado em homenagem ao padre que construiu a primitiva igreja, oriundo da cidade de Russas, também no Ceará. "A povoação experimentou maior crescimento a partir da inauguração da estação ferroviária da Rede de Viação Cearense, efetivada em 3 de novembro de 1910. Tornou-se município em 1923, depois extinto em 1931 e restaurado em 1933. Com a união desta com a linha vinda de Fortaleza em 1950, passou a ser parte da linha Fortaleza-Crateús. A estação foi por muitos anos o “cartão” de identificação da cidade. Com a criminosa desativação dos trens passageiros e posteriormente a venda da Rede Ferroviária pelo Governo Federal, a velha estação está abandonada.
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