Enquadramento Teórico
Por: Telmo Graca • 12/4/2016 • Bibliografia • 2.920 Palavras (12 Páginas) • 259 Visualizações
Enquadramento Teórico
Carreiro da Costa, Carvalho, Dinis & Onofre (1996a), estudaram os valores e as crenças dos pais face à EF, através de vários estudos. Num primeiro estudo foi retirado algumas conclusões de relevo:
A primeira diz que apesar de muitos pais acharem que a EF deve ser uma disciplina obrigatória no currículo outra parcela dos mesmos não pensa que esta disciplina deva contar para a avaliação.
Outra conclusão refere-se ao facto dos pais serem da opinião de que a legitimação curricular da EF está associada sobretudo a um critério de ordem "biopsicológico". Bem vistas as coisas quer as perceções dos pais sobre os objetivos da EF, quer as suas expectativas acerca dos resultados da EF, estão ambas relacionadas com a saúde.
A terceira conclusão afirma que os pais apesar de relacionarem a EF com a saúde, dão mais valor ao ensino em contexto de ensino-aprendizagem, do que pelo treino das capacidades físicas ou uma prática recreativa.
Carreiro da Costa, Diniz, Carvalho & Onofre (1996b), num outro estudo procuraram analisar as relações entre as perspetivas da EF relativamente aos pais e aos alunos.
Há qual concluíram que a participação dos alunos na atividade desportiva e a sua perspetiva sobre a EF estão relacionados com as perspetivas dos pais sobre a EF.
Concluíram também que por norma os alunos que praticavam atividade desportiva fora do contexto escolar eram os filhos dos pais que demonstravam mais interesse pela atividade física e que portanto a valorizavam mais.
Segundo Carreiro da Costa (1994), todo o tempo é importante e esse mesmo tempo não deve ser todo ele dedicado apenas e exclusivamente à prática, tem de ser gerid de uma outra forma, mais produtiva, o repouso por exemplo faz parte da carga e do processo de ensino, por isso mesmo a prática deve seguir várias requisitos tanto de ordem quantitativa e qualitativa para que a aprendizagem seja correta.
Durante uma sessão de treino a variável tempo de ser dividida em alguns parâmetros muito importantes, senão fundamentais, tais como:
Tempo Horário que é o tempo de qualquer sessão de ensino/treino; Tempo Útil, tempo previsto para a sessão; Tempo de Informação, quando existe necessidade de explicar a tarefas; Tempo de Transição que serve para dar indicações sobre o local de realização dos exercícios e distribuição de material; Tempo Disponível para a Prática, trata se do tempo próprio da prática da modalidade em questão, tirando o tempo usado para a explicação dos exercícios e do feedback; Tempo na Tarefa, que é o tempo fornecido para a exercitação e Tempo Potencial de Aprendizagem onde o treinador deverá certificar-se que as tarefas possuem um nível de dificuldade adequada ao praticante e que possuem a especificidade capaz de levar à superação das insuficiências manifestadas pelos praticantes. Pieron e Delmelle (1982) classificaram o feedback em três vertentes: objetivo, forma e direção. Afirmando que o professor pode sempre informar o atleta/aluno fazendo uma avaliação sobre a sua performance, uma descrição simples do movimento e uma prescrição sobre a forma correta de o fazer, caso esteja errada.
Carreiro da Costa, F (1994) referiu também que o clima/relação com o treinador é fundamental, referindo que o treinador deve procurar conhecer os alunos que tem á sua frente, saber interagir com eles, procurar manter tudo num clima de estabilidade, para que as aulas possam correr na normalidades e fundamentalmente para serem produtivas.
Henrique e Januário (2005) estabelecem dois níveis de perceção de habilidade: baixa perceção habilidade e alta perceção de habilidade. As perceções pessoais definem se os alunos pertencem a um ou outro grupo de habilidade e através das mesmas é possível caraterizar os traços psicológicos, permitindo ao docente criar estratégias que lhe permitam antecipar as atitudes e comportamentos dos seus alunos. Assim o professor cria e potencia atitudes corretas e positivas em cada aluno, tendo de saber que cada um terá uma interpretação diferente. Segundo o modelo de Lee (1997) o aluno empenha-se quando sabe que pode obter sucesso e assim tenta adquirir conhecimento, sendo que a experiencia acumulada, as vivências motoras e os fatores externos ao aluno formam um conjunto de fatores que influenciam o comportamento e atitude dos alunos.
O estudo teve uma amostra de 123 sujeitos e concluiu que alunos ‘menos hábeis’ revelam um menor interesse e competências e alunos ‘mais hábeis’ mostram níveis superiores de competência e um maior interesse pelas atividades.
Marques (2004) revela que os fatores de eficácia estão relacionados com a criação de condições para que os alunos adquiram aquilo que foi abordado. Em termos dos fatores de eficácia, estes devem dar origem a resultados e princípios/procedimentos que definam um ensino de qualidade. o tempo de empenhamento motor dos alunos, o feedback pedagógico, a instrução, a organização, o clima/ambiente de aula e a disciplina são os fatores de eficácia da disciplina de Educação Física. A instrução tem de ser organizada, de qualidade e ter um conteúdo essencial para o sucesso na tarefa. A organização deve ser realizada no mínimo tempo possível para retirar o máximo aproveitamento do tempo útil de aula. O clima e a disciplina têm de estar presentes no sentido de os alunos desfrutarem de um ambiente positivo e agradável, sabendo as regras estabelecidas. O tempo de empenhamento motor é o aspeto mais importante dos fatores de eficácia porque é este que proporciona o sucesso. Por fim, o feedback tem de ser usado de uma forma inteligente e que permita ao aluno superar as suas dificuldades.
Murnan, Price, Telljohann, Dake, e Boardley (2006) revelam no seu estudo 5 itens muito importantes referentes à educação para a saúde-alimentação saudável, 3 itens para muito importantes relativos à educação para a saúde-atividade física e outros 6 itens também eles muito importantes relativos àquilo que são os serviços de alimentação presentes nas escolas. Um dado importantíssimo relaciona-se com o tempo de prática, em que, segundo os pais, os alunos deveriam de ter uma carga horária, referente a Educação Física, de 109 minutos, sendo que as autoridades nacionais dos Estados Unidos da América estabelecem 150 minutos semanais, ou seja, existe uma grande distância entre aquilo que é a ideia dos pais e aquilo designado.
De acordo com C.Delfosse, M. Ledent, F.Carreiro da Costa,
R. Telama, L. Almond, M. Cloes & M. Pieron,o assunto que tratam no artigo centra-se nas atitudes dos jovens europeus em relação á escola e á disciplina de educação física, onde o comportamento e atitude é influenciado por perspetivas socioculturais, onde o papel dos pois é fundamental para o pensamento da disciplina de educação física , no entanto a disciplina é recebida positivamente com 70% de opinião favorável á mesma.
Carreiro da Costa, Francisco, Dinis, José, Carvalho , Luís Miguel, & Onofre e Marcos , desenvolvem o desempenho e desenvolvimento da educação física , as atitudes dos pais e os processos educativos utilizados , a necessidade dos professores de educação física de acreditar que um bom ensino é importante e que possuem um papel fundamental para promover a aprendizagem de um aluno, seguindo como objetivo a realização das competências dos alunos, para a participação duradoura e satisfatória, onde mudara o movimento cultural, é necessário que os professores dentro das suas escolas ou clubes combinem essa orientação com varias estratégias, no intuito de reconstruir as visões negativas que os pais têm sobre os objetivos da educação física, da escola, mas sim o que esta disciplina irá trazer verdadeiramente como benefícios e resultados positivos, onde as estratégias vão conduzir aos pais certos benefícios como a saúde, o desenvolvimento social e moral e bem como uma mudança e desenvolvimento de um novo legado cultural da atividade física.
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