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Estéticas Urbanas - Sônia Schulz

Por:   •  5/9/2017  •  Resenha  •  1.341 Palavras (6 Páginas)  •  1.042 Visualizações

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS

DEPARTAMENTO DE ARTES E ARQUITETURA

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

TEORIA E HISTÓRIA CRÍTICA DA ARQUITETURA E URBANISMO

RESENHA TEXTO: ESTÉTICAS URBANAS

AUTORA: SONIA SCHULZ

RUBENS RIBEIRO RODRIGUES FILHO

GOIÂNIA, GO

DEZEMBRO DE 2016

RESENHA TEXTO ESTÉTICAS URBANAS

TÓPICO 1: Cidades vitrificadas

        A Europa representa o passado da cidade ocidental, a América o futuro. As torres de vidro e metal construídas nos EUA no período Moderno, foram uma concretização do que era sonhado na década de 20 na Europa pelos socialistas, mas que acabou sendo transposto para os capitalistas na década de 50 nos EUA. Os edifícios vitrificados construídos nas cidades americanas neste período, principalmente projetados por Mies Van der Rohe, simbolizaram riqueza e poder para os EUA e tiveram suas construções favorecidas pela estabilidade econômica do país. Influenciaram a produção arquitetônica da época e até hoje influenciam arquitetos pelo mundo, pois se tornou um estilo arquitetônico, sendo referenciado de maneira universal.

        A forma de construir sem preocupar-se com o entorno e a reprodução em massa presente no Modernismo, foram muito criticados e se enfraqueceram até serem extintos após o último CIAM quando o Team X surgiu para contradizer os ideais modernistas e lançar uma nova forma de arquitetura. Após a década de 60, com o fim do Movimento Moderno, surgiram novos grupos e arquitetos que criaram projetos e ideias não menos utópicas como a Cidade que caminha que explorava a tecnologia e o surrealismo. Estes grupos eram os metabolistas japoneses, o Archigram, o Superstudio e os Situacionistas.

TÓPICO 2: Cidades com-textualizadas

        Pouco entusiasmados com as utopias de um futuro urbano dominado pela tecnologia, alguns arquitetos decidiram recorrer a formas acadêmicas ou vernaculares para resgatar a identidade cultural e a legibilidade das paisagens das cidades, ainda comprometidas pelas intervenções modernistas. Começou-se então a surgir soluções parciais restritas aos fragmentos urbanos, que procuravam valorizar o passado histórico e tradição regionais.

        Os arquitetos passaram então a utilizar outros campos do saber e interliga-los a arquitetura, permitindo a criação de códigos e convenções contextualizados com esses campos diversos do saber e a teorias literárias como o Estruturalismo, Semiologia e Linguistica. Os populistas e os neo-racionalistas  se interessaram por tal mudança. Como populistas, pode-se citar Roberet Venturi, que criticou as técnicas do modernismo de impor uma lógica unitária à multiplicidade urbana. Entre os neo-vanguardistas surgiu o movimento neo-racionalista italiano, chamado de Tendenza, com o intuito de impedir que a arquitetura e a cidade fossem infestadas pelo consumismo magalopolitano.

Aldo Rossi abordou sobre a cidade e o neo-racionalismo em seu livro Arquitetura da cidade, onde afirma que a arquitetura é a cidade e a cidade é arquitetura, as duas caminham juntas. Ele também cita os monumentos como artefatos que representam a racionalidade dentro da cidade, pois eles são capazes de permanecer importantes e expressar valor ao longo do tempo, propiciando a continuidade da história e fortalecer a memória coletiva.

TÓPICO 3: Cidades diferenciais

Muitos arquitetos optaram por não aderir a experimentações tipológicas e afirmaram que as formas e funções do passado não são mais referentes para os projetos arquitetônicos e urbanos do presente e futuro, podiam influenciar, mas não atendiam as exigências de uma cidade em constante transformação. Os arquitetos contemporâneos procuraram projetar a cidade como uma obra de arte, como um cosmo, que inclua todas as suas séries divergentes e revele todas as suas conexões imagináveis. Porque somente através de suas dimensões artísticas a cidade é capaz de resgatar o mundo sensível, a estética urbana passa a atuar como uma prática de resistência às frustradas tentativas de ordenar e controlar o ambiente construído.

Segundo a autora a cidade é no tempo, está no tempo. Mas o tempo é uma realidade imaterial, uma intensidade, dependente de um substrato material para se expressar. Ela espelha processos de transformação que não cessam de inscrever marcas e traços do tempo no espaço urbano.

TÓPICO 4: Cidades lisas-estriadas

        A arquitetura de Manhattan foi muitas vezes campo de experimentações ousadas que tiveram fortes influências sobre artistas e intelectuais. Seu plano de 1811 transformou a ilha num plano urbano reticulado, garantindo assim uma fórmula para tentar regular o ambiente construído na cidade.

        Este desenho de retícula presente em Nova York é frágil e impotente, diante das forças arquitetônicas que insistem em transgredir a pretensas ordens, acabando assim por desterritorializar uma cidade antes territorializada. A estriagem visa delimitar a matéria e organizar o caos, ela constitui um sistema de linhas ortogonais, horizontais e verticais, que subjugam as diagonais, ou quaisquer outras linhas desreguladoras do sistema. Os espaços lisos são intensivos e direcionais, são preenchidos com singularidades em vez de medidas e propriedades. Essa textura heterogênea, ilimitada, acentrada e aberta a todas as direções. O espaço estriado óptico pressupõe o afastamento entre sujeito e objeto, e o espaço liso háptico, por sua vez, anula todas as distâncias.

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