Schulz, Sônia H.Estéticas Urbanas: Da polis grega à metrópole contemporânea.
Por: CarolineGuerrero • 20/10/2016 • Trabalho acadêmico • 1.136 Palavras (5 Páginas) • 382 Visualizações
IDENTIFICAÇÃO
ALUNOS | Caroline Guerrero, Jade Estrela e Júlia Adario
PROFESSOR| Raphael Barbosa Rodrigues de Souza
01 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Schulz, Sônia H.Estéticas Urbanas: Da polis grega à metrópole contemporânea. Rio de Janeiro: LTC, 2008. p.119-158.
02 INTRODUÇÃO
Em “Encantamentos e Desencantamentos da Cidade Moderna” vê-se como as transformações ocorridas na sociedade, tais como politicas econômicas e socioculturais, ocasionadas pelas ideias de racionalização levam à inauguração do período da Modernidade. A Revolução Industrial influencia ao alterar os modos de produção e intensificar as práticas capitalistas, enquanto a Revolução Francesa gera o descontentamento social e a ascensão burguesa. Outro fator importante a ser considerado é o rompimento com o divino: a natureza passa a ser vista de maneira mais racional, desaparecem os conceitos, as essências, os valores absolutos e surgem os fundamentos humanos. Substitui-se a Igreja pela autoridade do homem consciente.
03 DESENVOLVIMENTO DO CONTEÚDO
EXPANSÃO DA ESTÉTICA
Devido à sua unificação tardia, a Alemanha adia seus planos políticos, industriais e sociais que já haviam sido iniciados por outros burgueses europeus. Dessa forma, para superar a fragmentação do estado desagregado, uma cultura unitária devia ser instituída. A burguesia emergente com sua ideologia liberal, se baseava no poder da estética que era uma inserção da sensibilidade, que deveria ser captada pela razão, em um sistema de ideias iluministas. Esses burgueses “criariam” um novo tipo de ser humano que, devido ao humanismo renascentista e ao racionalismo classicista, estaria em um lugar privilegiado. Com autonomia e identidade livre subordinariam o conhecimento a si. A realidade material se apresentaria a ele como sensível, se organizaria em um espaço e tempo imateriais e se expressaria em dois sentidos: o belo e o sublime. Entende-se que a lógica e a estética andam juntas, coexistem num mesmo espaço e num mesmo tempo.
EXPANSÃO DA CRÍTICA
Herdeiros da aristocracia humanista + classe média emergente enunciaram julgamentos racionais e legislaram sobre a formação da opinião pública. Diversos espaços arquitetônicos transformaram a cidade no centro de vida econômico e intelectual.
Cafés espaços mais democráticos/ Salões espaços mais restritos;[pic 3][pic 4]
As exposições em museus passaram a atrair um público cada vez maior, de diferentes classes sociais (muitos leigos) que não tinham o privilégio de participas das discussões. Os
museus apresentavam duas funções contraditórias: 1-Templo elitista para arte 2-Instrumento utilitário para educação. Esse novo espaço possibilitou redefinir a identidade cultural de seus visitantes e também atribuir valores, qualificar e depreciar os objetos expostos. As coleções eram expostas em sequência temporais, desprezando as antigas ligações ocultas de semelhança e a proximidade por temas ou tamanhos.
EXPANSÃO DA INDÚSTRIA
Divididos entre a forma e a função, os arquitetos criam novos conceitos estéticos. Devido às exigências de uma sociedade regida por leis de consumismo, novos edifícios são erguidos e ampliados promovendo uma diversificação funcional e a inclusão de novos programas arquitetônicos. A saúde pública, porém, foi prejudicada e a paisagem urbana desorganizada devido à falta de planejamento prévio. Os avanços tecnológicos e socioeconömicos que ocasionaram a Revolução Industrial, transformaram as cidades gerarando concentrações urbanas sem precedentes.Os traçados antigos já não suportavam mais o crescimento populacional e as condições precárias levaram a elite para as periferias mais salubres. Retorna-se, então, ao discurso prático das cidades ideais onde a promessa de progresso, de futuro melhor e a regularização entre cidade e território seriam alcançadas com o isolamento e zoneamento das atividades.
ESPETÁCULOS URBANOS
Ao dominar-se o dinamismo da luz, lentes e visão humana, no séc. XIX, pôde-se manipular e controlar o homem, que, sobe a influência direta do modernismo industrial e tecnológico teve alterada sua percepção de arte – digo pela nova percepção apresentada pelos dioramas, a produção em massa proporcionada pela fotografia e a cinematografia mostrando-se incapaz de apresentar uma perspectiva integrada e coerente – influenciando diretamente a arquitetura, e vice-versa, que agora é apenas plano de fundo para automóveis e pedestres em constante “movimento industrial”. Sendo também vivenciada pelo flâneurque espera decifrar essa nova cidade.
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