Fachadas Contemporâneas
Por: Mari2101 • 9/9/2016 • Relatório de pesquisa • 849 Palavras (4 Páginas) • 392 Visualizações
Fachadas Contemporâneas – Por Edson Mahfuz – Edição 184 – Julho 2009
As fachadas são os elementos mais perceptíveis e mais importantes dos edifícios.
Robert Venturi declarou que a fachada é onde a arquitetura acontece, já que, é o elemento que resume as forças internas e externas que compõe todo projeto.
Até o início do século XX a fachada era parte do conjunto de sustentação dos edifícios, o que esclarece a espessura o número e o tamanho das aberturas. A fachada pré-moderna e caracterizada com a área das aberturas menores do que a alvenaria.
O controle climático dessas edificações era solucionado, pela inércia térmica das fachadas, decorrência da sua espessura e da utilização de um único material...
A fachada tradicional exercia um grande papel representativo, o edifício clássico é basicamente uma caixa de alvenaria sobre a qual eram aplicados elementos das ordens clássicas. No século XIX o repertório aumenta, mas essa ligação continua a mesma. A crise que passou a arquitetura na segunda metade desse mesmo século, se deve a ligação que ela ainda tinha com o sistema murário das fachadas, mesmo havendo técnicas que concedia construções menos maciças.
Outra questão dessa crise, era que o repertorio ornamentais utilizados na arquitetura já não tinham a mesma força de comunicação de séculos passados.
A fachada tradicional foi modificada com o surgimento da arquitetura moderna. A imitação foi alterada por uma ideia autônoma de forma. Assim para a arquitetura moderna originalidade de uma obra só pode ser identificada no âmbito do objeto.
Enquanto na arquitetura clássica os diferentes conjuntos de elementos que compõem o edifício (esquema distributivo, mecanismo de acesso, estrutura portante, etc...) Agregam e conturbam com a estrutura formal, construída por paredes grossas, na arquitetura moderna. Os elementos podem ser isolados.
No século XX, a utilização da estrutura independente, teve como consequência inúmeras possibilidades de projeto das fechadas.
No primeiro momento, popularizou um aumento no tamanho e números das aberturas por fachadas. Essa foi uma das características mais evidentes das obras de pioneiros como: Wrirht, Perret, Le Coreusier, Mendelsohn, entre outros.
Logo houve uma longa aplicação do vidro nas fachadas que em alguns casos, como o edifício Bahaus, passaram a ser um pouco mais do que fina película transparente. Poucos edifícios assumiram a transparência total, mas isso era uma ideia presente em muitos projetos teóricos do início do século.
Na década de 1930 a fachada começa a resgatar a tridimensionalidade que havia sido trocada pelos envidraçamentos. O elemento encarregado por isso foi o brise-soleil. Inserido na arquitetura moderna por Le Corbusier em alguma das suas obras, se tornando uma marca registrada na arquitetura brasileira.
E todo esse cuidado com conforto ambiental, não foi o suficiente para os críticos nos anos de 70 e 80. “ Insistiram em não diferenciar a verdadeira arquitetura moderna na sua aplicação comercial depurada dos seus melhores valores, mas sim responsável pela proliferação de estufas pelo mundo”.
E nessas críticas muitos arquitetos associados ao “Pós modernismo” reprovaram a arquitetura moderna por sua “falta de comunicação”. Ainda assim não houve perda daquela capacidade, mas uma mudança do que era representado.
Enquanto os edifícios pré modernos mencionavam temas como política, cultura e religião, sua contrapartida no século XX colocava em evidência o sistema construtivo. Nas obras de Mies-Van de Pohe, se vê muito mais a representação das estruturas, propriamente dito...
Robert Venturi propôs a desvinculação entre a fachada e o corpo dos edifícios, gerando inúmeras obras caricatas e sem nenhuma relevância.
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