Fichamento Capitulo 2 Bê a Bá da Acústica
Por: Magno Penedo • 11/7/2016 • Resenha • 1.205 Palavras (5 Páginas) • 741 Visualizações
Universidade Federal de Alagoas |
Fichamento capítulo 2 livro Bê-a-bá da acústica arquitetônica |
Magno Penedo 25/01/2016 |
Na identificação e tomada de decisões sobre o ambiente acústico do local, na primeira etapa projetual, a atuação do arquiteto relaciona-se à parte da acústica chamada controle de ruídos. O controle e a prevenção de ruídos estão divididos em dois grupos: ruídos internos à edificação e ruídos externos à edificação. (pág.45)
Identificar os sons e as atividades que interferem no projeto, bem como o projeto se insere no local sem prejudicá-lo acusticamente, requer o levantamento e a análise de dados relacionados às atividades e à ocupação do solo, à localização e às características das ruas, estradas e vias, à conformação topográfica, ao posicionamento e às características de edificações vizinhas, às áreas diretamente sensíveis ao projeto e às eventuais características que possam se relacionar ao ambiente. (pág.46)
Em princípio, como uma definição geral, todo som indesejável à atividade de interesse é considerado ruído, mesmo que seja uma música. Uma vez interferindo no bom andamento das atividades, nos objetivos dos espaços, prejudicando a função do ambiente. o som pode ser considerado ruído, independentemente de seu espectro (Figura 45). (pág.47)
Deixando de lado as questões subjetivas, algumas fontes sonoras, decorrentes do crescimento urbano e da industrialização, são constantemente tidas como geradoras de ruídos, incluem-se como as principais fontes de ruídos externos; os sons emitidos decorrentes de atividades humanas, como os transportes rodoviários e aéreos, as indústrias e algumas atividades de recreação (Figura 46). Entre elas, o transporte rodoviário é a mais frequentemente encontrada no meio urbano. (pág.48)
O ruído de tráfego rodoviário depende de vários fatores, como: o tipo de rodovia e suas condições de manutenção, pois tanto o volume de tráfego como as depressões existentes na rodovia tendem a aumentar a percepção do ruído; a velocidade dos veículos, porque as maiores velocidades estão relacionadas aos ruídos mais intensos; o tipo de veículo (leve, médio ou pesado), quanto mais pesado o veiculo, mais intenso o ruído; enfim, condições gerais que caracterizam a pista e o automóvel. Além disso, a hora do dia é um fator determinante do grau de importância dado ao ruído, uma vez que a ausência de sons mascarantes faz com que os horários da madrugada tendam a aumentar a percepção do ruído. (pág.50)
Para identificar se essas fontes representam para o local de interesse um fator significativamente desqualificante do espaço acústico, a observação da forma como os espaços se integram é essencial. Essa observação requer que se conheçam três elementos básicos; fonte. meio e receptor. A forma como esses elementos se integram, em termos de localização no espaço, é determinante para o desempenho acústico do local, ou seja, para que a fonte alcance o receptor, é necessário que o meio favoreça a propagação no sentido fonte -› receptor e que seu nível de intensidade sonora seja suficiente para ser percebido pelo receptor. (pág.52)
Para o ar parado, como já mencionado, a queda no nível de intensidade sonora de uma fonte pontual é de 6 dB cada vez que se dobra a distância entre fonte e receptor. No caso de fontes lineares, essa queda é de aproximadamente 3 dB e, para o caso do transporte rodoviário, que se comporta como fonte intermediária entre pontual e linear, a redução pode ser considerada de 4 dB. (pág.53)
Para o ar em movimento, o campo acústico é alterado, tornando-se mais complexo. À medida que a direção do vento é igual ao sentido fonte -› receptor, os raios sonoros tendem a se defletir em direção ao receptor, incrementando a área de alcance e a intensidade em relação ao ar parado (Figura 49), com esse posicionamento no espaço, o receptor torna-se mais suscetível à captação de ruído. O ar próximo ao solo tem menores velocidades em razão do atrito, ou seja, existe um gradiente de velocidade do ar que aumenta com a altitude. Esse gradiente faz com que os raios sonoros sejam defletidos na direção do solo e o som sofra aumento de intensidade nessa região. (pág.53)
Também a temperatura, em menor proporção que o movimento do ar, influi na propagação sonora e não deve ser esquecida. O gradiente de temperatura do ar pode apresentar-se sob duas condições: positivo e negativo. (pág.54)
Na prática, como essas características climáticas agem simultaneamente sobre o ar, o movimento do ar, por si só, sobrepõe-se aos demais fatores, ganhando maior importância. Portanto, o arquiteto deve, principalmente, observar a direção dominante do vento para o local de seu projeto e as tendências do campo acústico. (pág.54)
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