Fichamento - Um Olhar sobre Planejamento e gestão metropolitana
Por: Gabriela Di Bastiani • 29/11/2017 • Resenha • 862 Palavras (4 Páginas) • 327 Visualizações
UNISANTOS – FAUS
ARQUITETURA E URBANISMO – NOITE
Planejamento Urbano
Gabriela Di Bastiani dos Santos
Fichamento: BACELLAR, Silvia. Um olhar sobre planejamento e Gestão Metropolitanos,2005.
SÍNTESE
Em seu trabalho, a partir do campo espacial da Região Metropolitana da Baixada Santista,
Barcellar faz uma investigação do modelo de planejamento e gestão desenvolvidos nesta
região metropolitana, com objetivo de buscar soluções para os problemas urbanos causados
pelos processos de metropolização.
DESENVOLVIMENTO
Silvia explica o contexto deste processo de metropolização ao qual chegamos, mostrando que
os problemas atuais provenientes de tal processo são conseqüências de um inicio de
urbanização caótica e sem planejamento, onde na disputa por solo urbano os lucros têm mais
prioridade do que a função social que tal solo poderia ter. Em resultado disso nós temos de um
lado um grande numero de lotes vagos, os “vazios urbanos”, e do outro lado áreas
densamente ocupadas, muitas vezes em condições sub-humanas e ilegais.
A autora chama à atenção então à falta de mecanismos jurídicos e institucionais padronizados,
voltados para questões urbanas e ambientais, para gerenciar de maneira apropriada as 26
regiões metropolitanas existentes no Brasil, que englobam 413 municípios e quase 68 milhões
de habitantes. As regiões metropolitanas passaram a ser uma entidade administrativa, mas
sem um legislativo que pudesse disciplinar os serviços e ações públicas.
Ao analisar a legislação do Estado de São Paulo com relação às regiões metropolitanas,
Bacerllar destaca um principio de preocupação que não há na legislação federal: a referência
ao planejamento integrado e à ação conjunta permanente dos agentes públicos atuantes. No
entanto, na prática isso não ocorre.
Diante de tais levantamentos, ela então menciona como o Planejamento Estratégico Urbano
tem sido apontado como o caminho a ser trilhado em busca de lidar com tais questões. Esse
planejamento representa a elaboração de um plano de ações mediante um amplo processo
participativo, no qual são questionados e analisados todos os aspectos sociais, espaciais e
ambientais do município, com o objetivo de priorizar os projetos que levem à sustentabilidade
do território e aos anseios de qualidade de vida da população.
A autora destaca também a importância do Estatuto da Cidade como criador de novos
instrumentos de natureza urbanística para o desenvolvimento das funções sociais, sem deixar
de lembrar também que, apesar de o planejamento das regiões metropolitanas ser
discriminado como um dos instrumentos da política urbana, o texto final aprovado não
dedicou um capitulo especifico a esse tema, sendo encontrados somente duas referências à
questão.
Ela destaca também que grande parte do problema em se fazer um planejamento e gestão de
uma região metropolitana já começam, por exemplo, a partir do momento em que não existe
um conceito definido de metrópole em nível nacional, promovendo uma discrepância de
critérios entre os estados do que venha a ser uma região metropolitana.
Neste sentido, porém, como Bacellar continua nos informando, a constatação dessa ausência
de conceituação foi finalmente reconhecida pelo governo federal, que então cria em 2003 o
Ministério das Cidades.
Além desta análise, outros problemas também são reconhecidos, como por exemplo, citando
Davanzo e Negreiros (2002), os possíveis conflitos entre as diversas esferas que compõem a
gerencia de uma região metropolitana (Município, Estado, União); a restrição e controle à
participação efetiva da população nas questões metropolitanas.
Citando Braga (1999, p.325), a autora expõe o parâmetro que deve nortear tanto a gestão
quanto o planejamento metropolitano, onde diz que o regional deve ser pensado a partir do
local,
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