Fichamento do Texto Arquitectura y Climas
Por: Jão Inacio • 26/6/2018 • Resenha • 919 Palavras (4 Páginas) • 913 Visualizações
Fichamento do texto Arquitectura y Climas – Serra, Rafael/Editorial Gustavo Gil AS, Barcelona, Rosseló 87-89
Aluno: João Vítor de Oliveira Inacio T: D Prof. Eunice
Capítulo 4 – “O clima da luz e do sol”.
Neste capítulo, o autor começa explicando de forma física e científica a relação da luz com o calor. Quanto maior a temperatura de um corpo, mais radiação ele emite, assim se dá a relação do sol com a terra e os seus habitantes e a sensibilidade que possuímos em relação a luz solar. Deste modo, todo tipo de energia acaba se transformando em energia térmica, o que de certa maneira nos leva a entender que luz também é calor, tanto na natureza quanto na arquitetura. Assim, iluminar um espaço também é aquece-lo
No aspecto luminoso, a luz solar é a que apresenta os maiores rendimentos do que qualquer outro meio artificial, ou seja, iluminar naturalmente um espaço gera menos calor resultante do que iluminá-lo artificialmente. Partindo deste ponto, o autor vê de maneira crítica a evolução dos meios artificias de iluminação, o que levou a banalizar a iluminação natural e supervalorizar os meios artificiais, criando espaços só habitáveis, de dia e de noite com este tipo sintético (edifícios totalmente revestidos de vidro e com iluminação artificial interior funcionando durante o dia).
A visibilidade é um assunto central deste capítulo quando os conceitos de iluminação (quantidade de luz) e luminância (luz refletida até o olho humano) são apresentados. O deslumbramento (ver o que se quer com o mínimo esforço) é explicado na ação que as persianas mediterrâneas (nos países do Mediterrâneo) causam em suas aberturas em edificações totalmente brancas, onde a luz refletida pelas superfícies brancas ilumina interiormente as construções filtrada por persianas de cor escura, com o intuito de diminuir a quantidade de calor no interior e iluminar o que precisa ser iluminado (direcionar a luz).
O autor também afirma que a luz em um espaço é um problema do equilíbrio de claridades no mesmo, considerando como a luz irá incidir sobre os objetos, produzir sombras, mascarar formas. Não deixando de ser um jogo de claridades que se obtém a maior parte dos efeitos visuais na arquitetura. Cita o comportamento das cores sobre a luz natural (perfeita observação) em comparação à artificial ressaltando a qualidade do natural e o uso incomparável da luz solar nos projetos de arquitetura.
Ao introduzir a parte térmica da luz (quanto mais iluminado, mais calor), o autor deixa claro que não levar em conta a radiação solar sobre o conforto térmico é um erro que não deve ser cometido nos projetos arquitetônicos. Quase metade das trocas de energia do corpo humano com o ambiente se realiza por radiação, assim, aponta um erro de se levar mais em conta a temperatura do ar do que a radiação solar como normalmente é feito nos estudos de funcionamento térmico.
Exemplifica, desta maneira, a ação da radiação solar nos edifícios, onde parte dela penetra através das aberturas e outra parte é absorvida pelos seus fechamentos (paredes, coberturas, elementos construtivos), que se acumula e necessita da inércia térmica (peso) do mesmo para se haver atraso, amortização, dissipação do calor nos interiores, fundamentalmente.
Aponta como a radiação solar atua no calor interno das construções como a absorção de calor do material durante o dia e o resfriamento destes durante a noite ou períodos frios. Mostra estratégias em climas quentes (entorno radiante, temperatura do ar como subproduto, experimentar sensações térmicas) e climas frios (guardar calor, isolar fechamentos, captar radiação).
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