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Fichamento sobre uma perspectiva histórica A Cidade de Ana

Por:   •  1/3/2017  •  Resenha  •  1.266 Palavras (6 Páginas)  •  1.023 Visualizações

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Estudos socioeconômicos - Professora Mônica Maria

AR.M1.13 -MANHÃ

Larissa Andrade Godoi Moreira - 201523207

Cidade: uma perspectiva histórica, in A Cidade de Ana Fani A. Carlos. SP: Editora Contexto, 2003.

Título do texto: Abordagens e tendências teórico-metodológicas

Conteúdo:

  • Introdução

        A necessidade de independência e sentido de lugar foram os motivos latentes para a criação inicial da Cidade. Ou seja, o indivíduo passou a se sedentarizar e agrupar-se em espaços de pertencimento, e não mais de passagem, compartilhando atividades agrícolas.

         O texto de Fani aponta seis elementos vinculados à existência das cidades: divisão do trabalho; divisão da sociedade em classes; acumulação tecnológica; produção do excedente agrícola decorrente da evolução tecnológica; sistema de comunicação e por fim concentração espacial das atividades não agrícolas. Estes são elementares para manter a harmonia da mesma.

        Além dos pontos de harmonia há também os de origem dessas, sendo eles: industrial (ex. ABCD paulista), cultural (religiosa, Jerusalém; universitária, Oxford e cidade-museu, Veneza), comercial (São Paulo), administrativo e político (Brasília). Cada um dará enfoque à determinada área e esta será a identidade do determinado espaço urbano.

 

  • A origem da cidade

        O primeiro passo para a formação das cidades foi o processo de evolução do indivíduo deixando de ser nômade para instalar-se em um lugar fixo. A partir daí, o segundo passo foi deixar gradativamente os costumes rudimentares para atualizar-se em técnicas de agricultura e procurar novas funções (novas atividades), além da concepção de dividir o trabalho entre a comunidade.

        Esse fator deu início à divisão de classes, e consequentemente de espaços, e esses passaram a assumir as características peculiares a cada grupo de atividades (urbana e agrícola).

        A respeito desses agrupamentos, o texto aborda diferentes pontos de vista. Para Braudel, as cidades nasceram da divisão entre duas atividades, sendo elas as de campo e as urbanas. A contradição entre cidade e campo remete-se ao perfil de cada civilização, de sua localização e necessidades.

        Segundo Sjoberg, em sua obra Urbanização da Humanidade, além do aprimoramento técnico, foi primordial a organização socioespacial de excedentes agrícolas, decorrentes do avanço tecnológico antes de elaborar as cidades. Pois essas seriam um reflexo em grande escala desta.

        Já Darcy Ribeiro em O processo Civilizatório, a agricultura alavancou o processo de civilização sociocultural, com divisão de classes, de modo que o surgimento das cidades confundiu-se com o principio de hierarquização social.

        

  • A época histórica da formação das cidades

        O sofrimento gerado pela seca no Oriente Próximo entre 12000 e 10000 a.C. ,foi apesar de tudo um fator positivo, pois induziu o homem a aprimorar técnicas de sobrevivência e a procurar outras fontes de alimento além da caça.

        Assim, por volta de 9000 a.C. o caçador transformou-se em pastor, tornando-se assim mais sedentário; as habitações, que antes eram meras barracas transformaram-se em casas de barro, rochas e ramas.

        Houve também inovações técnicas de arado de relha juntamente ao deslocamento para vales fluviais já em 6000 a.C, e apenas 1000 anos depois, canais, diques e vales de irrigação. Nesse mesmo período em diversos pontos da Ásia Menor, surgiram as primeiras povoações às quais podem ser chamadas de cidade, tais como Kisch, Ur e Uruk.

  • As cidades mais antigas:
  1. Feudalismo

        Nesse momento, um novo parecer sobre classes sociais surgiu: terra, sinônimo de riqueza. Toda produtividade girou em torno da atividade agrícola dividida entre nobreza e clero. O sistema foi mantido pelos vassalos lavradores que em troca de mão de obra ganhavam moradia e segurança de seu suserano. Cada feudo era autossustentável, mas o pouco comércio existente baseava-se em trocas.

        A concepção de cidade retornou apenas no século XI em função dos burgos centrais povoados por mercadores, que agruparam-se nas guildas, que consequentemente juntaram-se com o mosteiro e a igreja e formaram as características das cidades medievais. A partir daí a economia passou a ser monetária, com comércio em expansão principalmente na Itália e na Holanda.  

  1.  Cruzadas

        Por conta das cruzadas (movimento religioso em combate com os muçulmanos- objetivando, na verdade, pilhagem e incorporação de territórios) durante o século XI, o comércio ampliou-se e diversificou-se ainda mais.

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