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FICHAMENTO DO LIVRO “A CIDADE ANTIGA”

Por:   •  17/8/2017  •  Resenha  •  9.876 Palavras (40 Páginas)  •  1.755 Visualizações

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UNIVERSIDADE

CURSO DE DIREITO

1ª SEMESTRE NOTURNO

DISCIPLINA: HISTÓRIA DO DIREITO

PROFESSOR:

ACADEMICO:

FICHAMENTO DO LIVRO “A CIDADE ANTIGA”

Bibliografia:

COULANGES, Fustel de. A Cidade Antiga. São Paulo SP: Martin Claret, 2006.  

O Autor: 

Fustel de Coulanges (1830-1889) foi um dos mais importantes historiadores franceses. Lecionou na Faculdade de Letras de Estrasburgo e na Sorbonne, ocupando a cátedra de História Medieval, criada especialmente para ele;  

A Obra: 

Escrito com extremo rigor científico, A Cidade Antiga é um tratado sobre o desenvolvimento da civilização greco-romana. Disseca o nascimento, evolução e queda da Cidade-Estado, suas instituições jurídicas, sociais e religiosas. Pode-se ler, em Cidade Antiga, uma definição - que ficou clássica - de História, que, segundo Fustel de Coulanges, "não estuda apenas fatos materiais e as instituições, pois seu verdadeiro objeto é o estudo da alma, devendo aspirar a conhecer aquilo em que essa alma acreditou, pensou e sentiu nos diferentes estágios da vida do gênero humano". Ou, como diz François Hartog: a História como ciência histórica da psyche ou das crenças a História "ciência do homem", mas "daquilo que nele muda".  

LIVRO PRIMEIRO: Antigas Crenças.

Crenças a respeito da alma da morte.  

O autor nos fala sobre como eram a visão da morte entre os que viviam na Grécia e em Roma. Eles iniciaram a tradição dos ritos fúnebres, ou seja, a tradição de se realizar o sepultamento para os mortos, que até hoje está presente em nosso cotidiano. Claro que estes ritos sofreram grandes transformações com o passar dos anos, mas continuam com a mesma finalidade.    

O Culto dos Mortos.  

Os antigos exaltavam os mortos havia todo um ritual e uma divindade em torno dos mortos, os túmulos eram reverenciados como verdadeiros templos, até eram oferecidos banquetes aos mortos.  

O Fogo Sagrado.  

O fogo sagrado simbolizava a união da família, este fogo tinha que permanecer aceso dia e noite, pois se esse fogo chegasse a apagar era sinal de que esta família tinha perdido todo o espírito da união que é o que o fogo representa. O culto de fogo alcançou outras civilizações além da grega e da romana, por exemplo, o oriente através das Leis de Manu.  

A Religião Doméstica.  

A religião doméstica era uma espécie de religião autônoma, ou seja, cada família tinha a sua religião, era uma religião politeísta não existia só um Deus, mas sim vários. Nenhuma família tinha conhecimento de como era a religião da outra eram extremamente secretas e reservadas só os membros da família participava. A religião só se propagava através das gerações.        

LIVRO SEGUNDO: A Família.

A Religião Foi o Princípio Constitutivo da Família Antiga.  

Como a religião era extremamente familiar, era um momento de união da família, todos se reuniam para aclamarem seus deuses. Foi nesta época que surgiram os túmulos, mas não eram como hoje que há um lugar específico para os mortos, naquela época como cada família possuía uma religião seus mortos eram sepultados perto de suas causas justamente para ficarem mais próximos para receberem as homenagens.  

O Casamento.  

O casamento foi à primeira instituição estabelecida pela religião doméstica. Para a mulher poder se casar era necessário que ela tivesse nascido junto do fogo sagrado, para se ter o direito de se sacrificar a ele, pois a cerimônia se realizava em frente ao altar onde o fogo sagrado se encontrava. A mulher quando se casava renunciava a família do pai, e com essa renúncia tudo na sua vida mudaria a religião não seria a mesma e os rituais que antes eram realizados para seus antepassados, agora seria para os antepassados se seu marido, na família do marido ela teria uma posição igual à da filha e não de esposa.  

Continuidade da Família. Celibato. Divórcio em Caso de Esterilidade. Desigualdade Entre Filho e Filha.  

A religião, ao formar uma família exige-se uma continuidade, ou seja, filhos. Pois se a família não tiver continuidade seu culto estará perdido. A maior desgraça para uma família seria ver o seu culto desaparecido. O celibato não era admissível, pois essa opção colocaria em risco a continuidade desse culto. Gerar um filho não era o bastante era necessário que pelos menos um fosse varão, pois a filha mulher quando casa perde toda a sua religião, pois é obrigada a aderir a religião do marido, já o homem dá continuidade aos ensinamentos do pai em relação à religião. Em caso de esterilidade do marido, o irmão assumia a responsabilidade de gerar os descendentes.

Adoção e da Emancipação.  

A necessidade de perpetuar o culto doméstico veio o princípio da adoção. A adoção só era permitida pra quem não tinha filhos para poder dar continuidade a religião doméstica. A adoção se efetuava por meio de uma cerimônia onde a criança é apresentada ao fogo sagrado iniciando assim o seu compromisso de passar tudo o que lhe for ensinado aos seus descendentes. O filho adotado nunca mais poderia voltar a sua família de origem.  

O Parentesco. O Que os Romanos Entendiam por “Agnação”.  

A questão de parentesco para os antigos não era de consanguinidade como o nosso hoje, mas sim era a religião doméstica que definia o parentesco. Essa regra foi criada porque a mulher não transmitia a religião por parte de seu pai para os seus descendentes, porque o filho pertencia exclusivamente ao seu marido. O filho que a emancipação desligava do culto deixava de ser agnado de seu pai o estranho disso é que o adotado tornava-se o agnado do adotante.  

O Direito de Propriedade.  

Há três coisas que desde os tempos mais antigos se encontraram conexos e firmemente estabelecidas nas sociedades grega e italiana: a religião doméstica, a família e o direito de propriedade. A ideia de propriedade privada estava implícita na própria religião. Cada família tinha o seu lar e os seus antepassados. Esses deuses podiam ser adorados pela família e só ela protegiam; eram a sua propriedade, ou seja a propriedade tinha não um valor material na vida das famílias, mas sim com valor religioso, pois eram nas suas propriedades que as famílias sepultavam seus antepassados.  

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