História de higienópolis - resumo
Por: cassiafgd • 6/3/2017 • Trabalho acadêmico • 1.042 Palavras (5 Páginas) • 291 Visualizações
CAP V – O BAIRRO DE HIGIENÓPOLIS HOJE
Segundo Maria Cecília Naclério Homem é possível situar a transformação espacial do bairro de Higienópolis em dois momentos: de 1930 a 1945 e de 1950 até os nossos dias
PRIMEIRO MOMENTO: DE 1930 A 1949
Esse período pode ser classificado como de “descaracterização” de Higienópolis, pois verificamos o início da perda dos traços que foram peculiares ao Bairro, representantes de um estilo de vida marcante na cidade. Higienópolis perdeu o antigo prestigio para a Avenida Paulista, o Jardim américa e o Pacaembu.
Durante esse período o Bairro sofreu uma expansão vertical e perda da exclusividade residencial. Como consequência, a homogeneidade do conjunto urbano original, que apresentava equilíbrio entre área construída, vazios urbanos e áreas de vegetação, foi comprometida. Mesmo com tantos contratempos Higienópolis ainda tinha certo prestigio entre os bairros da alta burguesia paulistana (1940).
O Bairro decaiu em qualidade de vida pois ocorreu a deterioração de algumas áreas. Muitos dos antigos palacetes por exemplo, passaram a permanecer fechados nessa época, isso quando não eram transformados em escolas, pensões e até em cortiços (isso aconteceu muito devido a morte dos donos, brigas por herança etc.). Outras residências foram derrubadas, e lotes repartidos afim de ceder lugar aos primeiros prédios do Bairro.
A entrada da classe média, a fundação de escolas, abertura de pontos comerciais, demolição e utilização dos antigos palacetes para outros fins que não residenciais foram os primeiros sintomas de descaracterização do bairro.
Um sintoma secundário de descaracterização do bairro está no que se refere à expansão vertical, as primeiras iniciativas partiram dos moradores ou proprietários em Higienópolis, tanto visando a exploração para renda quanto para uso das próprias famílias. Os prédios para grandes famílias foram vários, sendo os primeiros o Prédio Alagoas por Abel Drumond, o Edifício Columbus por Rino Levi e o Edifício Santo Andre por Jacques Pilon todos na década de 1930 e considerados de luxo.
O arquiteto francês Jacques Pilon foi importante para o bairro durante esse período (1930), construiu e reformou os últimos palacetes além de realizar um dos prédios pioneiros da área. (ex: Av. Higienópolis n870).
Na década de 1940 os edifícios continuaram a aparecer, os principais expoentes foram o Edifício Prudência e Capitalização por Rino Levi, Santa Amália por Francisco Matarazzo. Nesse período o Bairro ainda era sério concorrente do Pacaembú e do Jardim América porem, passaram a ser construídos edifícios a preços mais acessíveis como o Rubayat e o Teresópolis, inaugurando uma nova era para o bairro. A partir de então a alta burguesia saiu do bairro, cedendo lugar aos arranha-céus, ao comercio e a classe média.
Enquanto isso na cidade como um todo:
Nesse período a cidade encontrava-se em sua terceira fase do ponto de vista construtivo, a do concreto armado. Muitos prédios de tijolos do velho centro já haviam cedido lugar aos prédios de concreto com salas para escritórios que serviam aos fazendeiros do café, industrias, banqueiros e comerciantes.
O velho centro reunia lojas, igrejas, bancos, casas de modas, e nos entornos antigas residências e outros serviços. Nos anos 1930, vemos a dilatação do velho centro estimulada pelo Viaduto do Chá enquanto a função residencial ao seu redor era expulsa para os bairros. Abria-se a Rua Marconi, ampliava-se a Barão de Itapetininga, remodelava-se a Praça da República, constituindo o “novo centro” que se cobriu de prédios de dez ou mais andares.
O bairro de Higienópolis foi um dos primeiros a romper com a com a horizontalidade paulistana e a entrar na era do concreto armado.
SEGUNDO MOMENTO: DE 1950 AOS NOSSOS DIAS
Se inicia a era do concreto armado e com esta os novos moradores: profissionais liberais, técnicos, funcionários, judeus enriquecidos do bom retiro, diplomatas estrangeiros, comerciantes e industriais, etc.
As construtoras se usaram do então recente passado aristocrático de Higienópolis para vender as novas unidades residenciais. A sofisticação e prestígio que se procurou imprimir nas fachadas e entradas dos edifícios se dava pelo uso do estilo neoclássico e de outros estilos históricos.
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