Resumo Revista Pólis – Revitalização de Centros Urbanos

Resumo: Revista Pólis – Revitalização de Centros Urbanos

A questão da deterioração de áreas urbanas.

A deterioração de áreas urbanas é um fenômeno que acontece desde meados do século passado. Possuindo relação direta com os processos dinâmicos de produção e consumo observados após o surgimento da cidade industrial.

Além do forte crescimento populacional e da expansão física da malha urbana, veio estabelecer novas formas de apropriação e de valorização do solo urbano, cujos reflexos se manifestam mais intensamente nas áreas centrais dessas cidades.

Reflexos, podem ser entendidos e como forças atuando no mercado imobiliário, sob influência das tendências centrifugas.

O vetor de características centrifuga é aquele que segue o movimento natural de crescimento da cidade em direção à periferia. Conforme essa expansão em direção a periferia vai acontecendo, ela vai provocando uma alteração nos padrões de uso e ocupação do sol, daquelas áreas urbanas já consolidadas.

Enquanto o fenômeno centrifugo se caracteriza com processo de urbanização extensiva, o fenômeno se define como um processo renovador dessas estruturas, de forma a adequá-las aos novos condicionamentos decorrentes desse crescimento da cidade. As áreas urbanas centrais concentram e sua maior intensidade, essa tendência renovadora característica do centrípeto de expansão urbana.

A deterioração dessas áreas centrais – deterioração econômica, física, social e ambiental coresponde à decadência advinda pelo fato da estrutura existente no local não estar mais satisfazendo o papel fundamental que lhe é exigido pela cidade e consequentemente, as expectativas definidas pelo mercado fundiário. Um momento de otimização nos usos do solo e atividades existentes, correspondendo à alta de atividade imobiliária.

Entre esses dois períodos, de decadência e o apogeo, surgem o momento da readequação funcional da recuperação das estruturas existentes e que hoje em dia designamos por revitalização urbana.

O centro da cidade volta então a ser visto como alternativa atraente por esse mercado, dadas as suas qualidades de acessibilidade e de infra-estrutura implantadas.

Os diferentes enfoques de intervenção na recuperação de áreas urbanas deterioradas

Embelezamento urbano, de renovação urbana e de revitalização urbana. O primeiro marco se refere à implementação do plano de Haussmann na cidade de Paris, na década de 1850. O segundo, aos paradigmas estabelecidos pela Carta de Atenas em 1933 e o terceiro à reação contra os ambientes modernistas ocorridas a partir de manifestações populares no inicio dos anos 70.

A)Embelezamento Urbano

A remodelação da cidade de Paris pelo prefeito Haussmann se constituiu numa nova forma de ação do poder publico sobre o tecido urbano, corresponde aquele momento histórico de consolidação do capitalismo decorrente da Revolução Industrial. A abertura de largas e extensas avenidas no centro de uma Paris medieval representou a inserção de um urbanismo corretivo, cirúrgico, ao mesmo tempo saneamento disfunções de ordem social existentes