IDENTIFICAÇÃO DE SOLUÇÕES ARQUITETÔNICAS DE CONFORTO AMBIENTAL NAS EDIFICAÇÕES DO CAMPUS I DA UFCG CAMPINA GRANDE
Por: Joycegois • 3/3/2017 • Trabalho acadêmico • 3.473 Palavras (14 Páginas) • 562 Visualizações
DISCIPLINA: CONFORTO AMBIENTAL II – DISCENTE: MIRIAM PANET
Camilla Thais de Meneses Landim¹ Carlos Alberto de Lima Neto² Joyce Louise Cruz Xavier de Góis³
IDENTIFICAÇÃO DE SOLUÇÕES ARQUITETÔNICAS DE
CONFORTO AMBIENTAL NAS EDIFICAÇÕES DO CAMPUS I
DA UFCG CAMPINA GRANDE
RESUMO
A convivência humana com os diversos fenômenos naturais é um fato inevitável e que
é levado em consideração pela vertente do conforto ambiental dentro da arquitetura e
do urbanismo. A cidade de Campina Grande está inserida na Zona Bioclimática 8,
demandando a utilização de estratégias arquitetônicas para um clima quente. Para
verificar a elaboração de projetos arquitetônicos condizentes com o clima local, a
presente pesquisa procura identificar soluções arquitetônicas em edificações do
Campus I da Universidade Federal de Campina Grande com base no estudo de
Armando Holanda. O trabalho poderá vir a subsidiar uma análise detalhada de tais
estratégias posteriormente.
Palavras-chave: Conforto Ambiental; Nordeste; Elementos Arquitetônicos
_________
¹ Aluna do Curso de Arquitetura e Urbanismo, Unidade Acadêmica de Engenharia Civil, Campina Grande,
PB, E-mail: camilla.tml@gmail.com
² Aluno do Curso de Arquitetura e Urbanismo, Unidade Acadêmica de Engenharia Civil, Campina Grande,
PB, E-mail: c.alberto.nt@gmail.com
³ Aluna do Curso de Arquitetura e Urbanismo, Unidade Acadêmica de Engenharia Civil, Campina Grande,
PB, E-mail: joyce.louise2@gmail.com
1. Introdução
O Conforto Ambiental na Arquitetura está diretamente relacionado a
necessidade fundamental de proporcionar aos assentamentos humanos condições de
habitabilidade, de modo a aproveitar racionalmente os recursos disponíveis. Esta é
uma ferramenta poderosa, cujo uso adequado e eficiente garante o bem-estar do
homem, protegendo-o das condições desfavoráveis, sempre considerando as características físicas e climáticas do lugar onde se pretende habitar.
No nordeste brasileiro a incidência solar é alta o ano inteiro. Toda essa luz natural pode ser aproveitada, porém ela também aumenta a temperatura local que pode ser solucionada com ventilação natural. O autor Armando de Holanda em seu livro Roteiro para Construir no Nordeste introduz princípios simples e fundamentais para conferir conforto térmico nos ambientes projetados nesta região, considerando de que forma é possível aproveitar ao máximo a ventilação e iluminação natural com os recursos disponíveis em cada localidade.
Diretamente ligada à ventilação, a temperatura ideal em um ambiente é fundamental para o bem estar dos usuários, que assim podem operar com maior tranquilidade. A iluminação, seja ela natural e/ou artificial é outro fator determinante do conforto ambiental. A baixa luminosidade ou o ofuscamento pode prejudicar a execução de atividades, levando a um comprometimento futuro da visão do indivíduo. É de extrema importância que o conforto ambiental de uma edificação seja minimamente atingido para que os indivíduos que nela ocupam possam realizar suas atividades de maneira plena. Em um ambiente acadêmico como o campus da Universidade Federal de Campina Grande, o conforto ambiental faz ainda mais necessário tendo em vista as funções e atividades que o espaço.
Sendo assim, o presente trabalho tem como objetivo analisar as estratégias de conforto ambiental em quatro edificações localizadas no campus da UFCG. A análise pretende identificar as estratégias que foram implementadas em edificações projetadas em períodos diferentes, de acordo com as soluções indicadas por Armando Holanda, visando detectar a presença ou ausência desses elementos e os benefícios potenciais que cada solução adotada pode conferir ao edifício, considerando o clima local da cidade de Campina Grande.
2. Referencial Teórico
2.1. As Zonas Climáticas
O clima de uma região pode ser entendido como as características locais ou regionais de um determinado lugar da Terra, influenciado diretamente por fatores como localização, altitude, vegetação, relevo, massas de ar e outros. O planeta está dividido em Zonas climáticas delimitadas por latitudes. Estas zonas apresentam características diferentes entre si, de acordo com a incidência solar que cada uma recebe.
O mapa abaixo indica as zonas climáticas existentes e, através dele, é possível identificar que o Brasil está localizado em grande parte na Zona tropical. Isto justifica as altas temperaturas e a ausência de estações bem definidas em quase todo o país. A parte pertencente a zona temperada do sul é a área que oferece temperaturas mais baixas e variações de estações mais efetivas. Em linhas gerais, o Brasil apresenta duas estações bem definidas: verão e inverno.
Figura 3: As zonas climática da Terra.
Fonte: http://www.coladaweb.com/geografia/as-zonas-climaticas-da-terra
A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) apresenta um zoneamento bioclimático do Brasil, que pode ser consultado na NBR 15220-3, onde distingui oito regiões climáticas. A norma classifica mais de 300 cidades brasileiras que estão diluídas nessas zonas, bem como as estratégias bioclimáticas recomendadas para alcançar o conforto térmico.
Figura 4. Mapa do zoneamento em 8 zonas.
Fonte: NBR 15220-3.
Com base nesse zoneamento, é possível identificar o município de Campina Grande como estando inserido na Zona 8. Para esta zona bioclimática, que representa 53,7% da área nacional e onde estão situadas a maioria das capitais brasileiras, são propostas as seguintes adequações construtivas: aberturas grandes sombreadas, construção com
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