Imagem Obsessiva
Por: galfeh • 6/3/2017 • Resenha • 640 Palavras (3 Páginas) • 342 Visualizações
A construção do Patheron de Adriano ocorreu no ano de 118. Patheron demonstrava a grandeza e extensão do império. Foi um espaço que possuía diversos símbolos políticos em seu interior, e seu exterior foi construído como um grande tabuleiro, por conta do estilo romano. As estátuas dos deuses foram colocadas em locais estratégicos para se relacionarem com a corrida de Roma pela dominação do mundo, como uma noção de que todos os deuses do Império estavam a favor dessa dominação, ou seja, Patheron era um templo considerado politeístas, dedicado a deuses do império. Nessa época o poder imperialista de Roma e a ordem visual estavam ligados para evidenciar o poder, onde queriam que a população de Roma olhasse, observassem e acreditassem nos monumentos. O Patheron se tornou uma igreja católica 500 anos depois, sendo um dos primeiros templos pagão convertendo-se ao cristianismo, e passou a se chamar igreja de Sancta Maria ad Martires, que diferentemente da época de Patheron, era considerada monoteísta, pois se dedicava apenas a um único deus, das pessoas fracas, com problemas e oprimidas.
O desejo despertado era reprimido e assustava os romanos pagãos e convertidos, pois acreditavam que a sexualidade desvalorizava a alma e era desrespeitosa. O pagão buscava segurança, queria acreditar em algo mais concreto, com isso, acreditava nas imagens de pedra, acreditando que os mesmos eram reais. Essa obsessão por representação de pessoas e objetos era fundamentada em uma tranquilidade que o corpo poderia receber por meio de arranjos geométricos. O corpo é baseado em imagens lineares. Também ocorrei uma intervenção romana em organizar a arquitetura de uma maneira clara e precisa, privilegiando a percepção visual linear. As linhas dos corpos, templos e das cidades demonstram os princípios de uma sociedade bem organizada. Os romanos gostavam de imagens que enfatizassem a continuidade, durabilidade e essência da cidade. O que era demonstrado visualmente era sempre imagens de que havia um poder acima, sendo um imperador ou um notável general. Assim, o romano acreditaria no que visse, obedecendo ao regime imposto. Porém, estava ocorrendo um conflito em Roma, onde o corpo humano ultrapassava fases de crescimento, decadência, planos derrotados e esquecidos. Sendo essas lembranças marcadas pelo envelhecimento ou desespero. Sendo assim, havia um conflito entre a experiência que o homem possuía com seu corpo e a ficção de Roma. Por outro lado, os cristãos acreditavam que poderiam integrar o envelhecimento a conversão religiosa, sendo que o caos dos desejos não afligiria mais as pessoas, onde o peso da carne se tornaria mais leve à medida que encontrasse mais próximo um poder espiritual imaterial e elevado. A mudança para o monoteísmo desvendou o drama do corpo do lugar e do tempo. A crença em um único deus valorizava mais a história individual do que de entidades cívicas.
A fé em algo excessivamente romano foi crescendo à medida que o poder romano foi crescendo no mundo. A maioria dos habitantes de Roma era pobre, os soldados do Império também estavam situados na linha da pobreza. Os escravos podiam comprar sua liberdade, e esses costumes produziam uma diversidade de pessoas na região. A riqueza era obtida por meio da conquista. A maioria das pessoas dependia de relações de clientelismos com pessoas mais sucedidas para conseguir manter seu
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