Levantamento histórico
Por: eduardadellys • 4/5/2016 • Dissertação • 814 Palavras (4 Páginas) • 385 Visualizações
Levantamento Histórico
Do município de rio fortuna
Foi numa caçada que surgiu um nome para uma região sem nome, no fundo da vasta floresta. Caçadores alemães, de São Bonifácio; embrenhados há mais de dias na selva, começaram a descer pelas vertentes de um riacho. Era tudo Floresta. Caça abundante. Mas quem iria esperar que em poucos momentos fossem abatidas duas antas espojando-se tranquilas nos lajedos do rio ? Duas antas grandes. Que fortuna! E contaram a façanha inaudita. Onde? Num Rio sem nome, em meio à floresta. Vamos novamente caçar no rio da grande fortuna? Onde? No Rio Fortuna. ‘Gluckfluss’. (JOÃO LEONIR DALL’ALBA, 0000, p.285)
A caçada famosa teria sido em 1867. Não só deu o nome, mas deixou nos caçadores um desejo irresistível de apossar-se e cultivar essas terras ubérrimas. A colonização das terras que hoje pertencem à Rio Fortuna iniciou por volta do ano de 1892, por colonizadores alemães em busca de melhores terras e consequentemente, qualidade de vida.
Voltando-se para o lado econômico, os imigrantes alemães que se instalaram em Rio Fortuna, tinham como principal atividade econômica a agropecuária. Os excedentes agrícolas (depois de alimentar a família) representavam um adicional na renda familiar. Por ser o único produto comercializável, vingou a produção de suínos que servia para abate caseiro em pequenas quantidades; estes eram comercializados em Laguna ou Florianópolis. A mercadoria preferida, de mais fácil conservação era a banha de porco. Tendo isso em conta, o bem estar de um colono era medido pelo tamanho do chiqueiro e do numero de porcos que engordava.
Com o tempo, surgiram melhores condições de vida e venda da produção do município. O surgimento das “vendas” proporcionou que os colonos pudessem ter acesso a produtos de necessidade básica, antes difíceis de obter. É importante constar que o comércio, primeiramente, era feito através de trocas de mercadorias.
Sobre as primeiras moradias, os colonos abriam em primeiro lugar uma clareira no meio da mata e faziam um barraco improvisado em que guardavam os mantimentos e repousavam durante a noite.
A primeira casa não oferecia comodidade. Era sempre de madeira e coberta com sapé ou “Schindel”, pequenas taboinhas fabricadas cp, im instrumentos chamado “Beil”. O fogão constava de um gancho para assegurar as panelas e um tripé para a frigideira. (RIO FORTUNA, resgatando as origens, cultivando valores, alicerçando o futuro..., 2008, pg. 31).
Da localidade Rio Otília
O nome da localidade surgiu quando um casal de namorados que moravam próximos, pois só o rio separava as residências, em um dia de enchente ele foi para a casa dela e para atravessar o rio ele perguntou: “como está o Rio Otília?”, e assim surgiu o nome: Rio Otília.
As principais atividades econômicas eram as atividades agrícolas (plantações de milho mandioca, batata doce, aipim, feijão) e criação de suínos macau,de gado e de aves.Matava-se os porcos e vendia-se a banha, e vendia-se também o que sobrava de feijão, mateiga, ovos, batata.Tinha galinha,cavalo,boi e se fazia açúcar grosso e polvilho. Todo o excedente da produção era transportado em cargueiro e vendido em Imaruí.
Nos fins de semana o que mais se gostava de fazer era jogar futebol, pescar e caçar. Faziam baile nas casas, onde tocavam gaita de boca e cavaquinho para animar o baile. Também dançavam no engenho, após fazer o melado e o açúcar.
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