MAHFUZ, EDSON. REFLEXÕES SOBRE A CONSTRUÇÃO DA FORMA PERTINENTE(1).
Por: Evywolff • 9/3/2021 • Resenha • 505 Palavras (3 Páginas) • 591 Visualizações
no artigo “Reflexões sobre a construção da forma pertinente”, Mahfuz, fala da construção
necessária ao ensinar projeto, onde o repertório, a prática e o acúmulo de conhecimento é que
traz de fato esse aprendizado, e traz à tona a discussão que da crise que se instala na
profissão.
Discute a qualidade da arquitetura e o processo de ensino e aprendizado, trazendo a reflexão
de que tudo isso é um efeito dominó, onde o ensino se baseia na arquitetura produzida, logo
ela sendo de baixa qualidade, compromete o ensino e consequentemente se produz, mais
arquitetura de baixa qualidade, que ocasiona na crise que persiste na profissão.
O autor traz a relação direta da globalização com toda crise da profissão, onde a qualidade
deixa de ser algo primordial e a arquitetura passa a ser regida por uma nova lógica, que é a do
marketing, onde o arquiteto em busca de maior lucro e fama, ignorando o papel social e
abrangente de sua profissão. Com isso a cidade passa a ser desconexa, segregando as
classes econômicas e discrepância dos espaços habitados pelas classes sociais.
A mercantilização traz a confusão de que algo inédito é algo realmente bom do ponto de vista
da arquitetura de qualidade. A “gourmetização” da cidade, onde edifícios, tratados com bem de
consumo, passam a ter aparência ditadas pela globalização das tendências. Toda essa
demanda, tem criado um arquiteto globalizado que se rege pela lógica monetária, e que se
limita a se subordinar aos desejos do seu cliente e das imposições do mercado.
Ainda que o cenário pareça perdido, o autor afirma que existe espaço para a autenticidade,
pautada em condições que são: programa, lugar, construção e por último repertório, que é a
união dos três primeiros itens. O quarteto, é capaz de criar uma forma pertinente e relevante.
Forma pertinente é a marca da arquitetura de qualidade, onde a relação com o entorno é
primordial para a concepção de um projeto, deve se levar em consideração a complexidade de
cada lugar, para a criação de uma conexão e identificação com o local.
O autor alerta para o caráter nocivo do conceitualismo na concepção do projeto, e para o
abandono da noção moderna da forma, que decorre de uma “orfandade estética” e traz ainda
quatro conceitos fundamentais da arquitetura moderna para moldar o pensamento projetual
contemporâneo, sendo a economia – onde se utiliza do menor número de elementos para
solucionar
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