Morfologia Urbana e Desenho da Cidade
Por: helenacmpsss • 8/4/2023 • Resenha • 2.509 Palavras (11 Páginas) • 144 Visualizações
MORFOLOGIA URBANA E DESENHO DA CIDADE - 3.5 DESENHOS E FORMAS URBANAS NO SÉCULO XIX
INTRODUÇÃO
O século XIX, é caracterizado pela continuidade da cidade clássica e barroca, continuando as regras gerais do traçado urbano, como a praça, a avenidas e as quadras, mas com o surgimento de novas tipologias urbanas, deixando de ter uma entidade física limitada, com ocupações dispersas e indefinição dos perímetros urbanos. A industrialização e o crescimento demográfico foram a chave do século.
O êxodo rural começou a acontecer quando as pessoas começaram a procurar emprego nas cidades em busca de uma ‘’vida melhor’’. Mas como foi visto nos seminários anteriores, não era uma vida tão boa assim. O livro de Lamas fala mais de como foi desenvolvido o urbanismo em si naquela época.
Três exemplos que afirmam essa época urbanística do século XIX que são trabalhados no livro, é a Paris de Haussmann, a Barcelona de Cerdá, e as Avenidas de Lisboa de Ressano Garcia.
A CONTINUIDADE DO BARROCO E O APERFEIÇOAMENTO DA CIDADE BURGUESA
TENDÊNCIAS DO PERÍODO CLÁSSICO COM INOVAÇÕES ESPACIAIS
Sistemas de traçados, quadrículas, quarteirões, ruas, avenidas e praças continuam sendo refinadas;
Inovações espaciais como jardins, praças, alamedas, passeios públicos e avenidas enriqueceram a estrutura urbana;
Introdução de equipamentos e serviços gera novas estruturas: hospitais, escolas, grandes armazéns comerciais, locais de diversão e lazer, etc.
O SÉCULO XIX MARCA AS GRANDES CIDADES (quase todas as cidades europeias)
Paris, Barcelona, Madrid, Lisboa, Viena, Berlim, Milão, Turim, Washington entre outras foram cidades que tiveram grandes transformações e crescimento nesse período.
Claro que com diferenças de caso a caso para cada uma delas, existem princípios comuns de desenhos e de forma, mas cada cidade é uma cidade né
A DESTRUIÇÃO DAS MURALHAS E DOS LIMITES DA CIDADE
CONTEXTO:
A evolução das estratégias militares modificam a organização das cidades e ocupação do território, fazendo com que as muralhas sejam pouco úteis;
O crescimento demográfico causado pela industrialização faz surgir uma nova demanda. A cidade começa a ficar pequena para o total de pessoas que precisam morar nela; Então estamos começando a alterar o nosso entendimento de cidade, já que as construções no interior do perímetro da cidade começam a ficar muito densificadas, começamos a ter uma necessidade de expansão;
As muralhas foram destruídas para dar espaço para a construção de novos anéis viários, tornando as avenidas e auxiliando na construção de novos bairros fora dos antigos muros.
O Boulevard nasce a partir desses anéis viários, o Ring de Viena é um dos exemplos.
O SUBÚRBIO E A PERIFERIA
O SUBÚRBIO GEROU A PROLIFERAÇÃO E EXTENSÃO DO SOLO CONSTRUÍDO, MUDANDO OS MODELOS ESPACIAIS E URBANÍSTICOS
as possibilidades oferecidas pelos Novos meios de transporte permitem a ligação dos centros urbanos e locais de emprego à periferia com o resto da cidade, o que acaba permitindo às pessoas a morarem longe de onde trabalham, na periferia, por conta do solo barato; (pessoas atraídas por onde tem mais condições de morar)
A rua passa a ser um mero percurso, e a praça deixa de ser um local de encontro pela falta de utilização, se tornando um simples largo (que tem grande extensão perpendicular ao comprimento (no plano horizontal) ou à altura (no plano vertical). 2.de grande extensão; amplo, extenso.);
O quarteirão é abandonado, já que não se tem força nem estrutura para construir um verdadeiro espaço urbano;
A arborização e a vegetação substituem as relações do edificado com o espaço urbano;
O ''cuidar'' do espaço coletivo é substituído pela qualificação do espaço privado; o edifício vai situar-se no meio do lote, com sua fachada deixando de fazer parte da rua, passa a ser individualizado já que agora a fachada passa a ser apenas vedação do lote (muro);
A ESPECULAÇÃO FUNDIÁRIA SEM DESENHO URBANO (transformação das terras apenas em mercadoria)
A SOBREPOSIÇÃO DOS INTERESSES ECONÔMICOS NA CIDADE já que existe um desequilíbrio entre oferta e procura de habitações)
Os processos de loteamento começam a se tornar apenas instrumentos de preparação do solo para o investimento da construção
Loteamentos passam a repetir as quadrículas até a exaustão sem preocupações urbanísticas e estéticas;
Tecido habitacional passa a ficar monótono, de extensas ruas, sem preocupação estética;
Quarteirões densificados;
Cidade desenvolvida pela extensão de loteamentos, e não pela organização do espaço urbano;
Basicamente são essas situações sociais e sanitárias da população da época, que não eram boas, que motivam o pensamento urbanístico e higienista no século XX;
preocupacoes dos urbanistas
existiam planos em Londres de Wren e Barcelona de cerdá de considerar maiores generosidades espaciais para oferta de área pública, que não consideravam rentabilidade do solo, pois eles estavam preocupados com as pessoas, e não com o que iriam ganhar sobre isso.
Mas esses planos não são postos em prática por falta de vontade das autoridades por conta de seus interesses individuais, ou seja, a rentabilidade do solo.
Conflitos de interesses públicos e privados;
O urbanismo começa a lutar contra a especulação fundiária, por mais que surjam dificuldades de conciliar os interesses econômicos com a arte urbana
UTOPIAS SOCIAIS
- 1.
- lugar ou estado ideal, de completa felicidade e harmonia entre os indivíduos.
- 2.
- qualquer descrição imaginativa de uma sociedade ideal, fundamentada em leis justas e em instituições político-econômicas verdadeiramente comprometidas com o bem-estar da coletividade.
PROBLEMAS DA CIDADE INDUSTRIAL GERAM HIPÓTESES DE NOVAS COMUNIDADES POR REFORMAS SOCIAIS E ECONÔMICAS
Falanstérios, falanstérios e outras utopias sociais surgem como alternativa para sociedade industrial, criando novas comunidades e diferentes distribuições do território.
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