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O Casarão Dona Auta

Por:   •  2/12/2017  •  Artigo  •  1.361 Palavras (6 Páginas)  •  579 Visualizações

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CASARÃO DONA AUTA: O RENASCER DA MEMÓRIA

BEZERRA, VICTOR. (1); MENDES, PATRÍCIA. (2) LEITE, HABIB. (3) GALVÃO, MARCOS. (4)

1. Centro Universitario Uninovafapi

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RESUMO

Entende-se a necessidade de preservação de um patrimônio, tudo aquilo que por sua vez carregam a identidade e memória de uma sociedade. Na cidade de Parnaíba, ao norte do Piauí, encontra-se o casarão de Dona Auta Rosa Cesária Castelo Branco, datado do sec. XVIII. O Sobrado de Dona Auta é tombado tanto na esfera estadual pela Fundação Cultural do Piauí – FUNDAC, desde 2006, quanto na esfera federal pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico e Nacional (IPHAN), desde 2008. A edificação passou por algumas reformas em virtude da variedade de função que abrigou, com isso sua identidade acabou sendo esquecida e seu histórico abandonado. Atualmente, o casarão sofreu perda da sua originalidade, e de sua essência, faltando enaltecer a valorização patrimonial como resgate da memória. O presente artigo tem como objetivo promover um estudo sobre a importania  do resgate da memória do casarão Dona Auta, concluindo questões levantadas durante a realização do projeto sobre a intervenção em monumentos históricos na memória social do cotidiano de uma sociedade.

Palavras-chave: Identidade Social, Bem Patrimonial, Casarão Dona Auta, Valorização Cultural

Introdução

As sociedades ao longo do tempo imprimem seus costumes e necessidades nas cidades, gerando assim os patrimônios materiais e imateriais. Por isso, entende-se a necessidade de preservação dos mesmos uma vez que eles carregam a identidade e memória de uma sociedade. A preservação, portanto, tem como principal função valorizar aspectos físicos e culturais de um determinado objeto ou edificação de importância histórica e cultural na sociedade.

     Nesse contexto, ao norte do Piaui na cidade de Parnaiba, a segunda maior cidade do estado e um dos municipios litorâneos da região, existe o casarão de Dona Auta Rosa Cesária Castelo Branco, datado do sec. XVIII, que hoje abriga o Instituto Histórico Geográfico e Genealógico de Parnaíba (IHGGP) e o Centro POP de Parnaíba – Centro de Referência Especializado Para População em Situação de Rua. O Sobrado de Dona Auta é tombado tanto na esfera estadual pela Fundação Cultural do Piauí – FUNDAC desde 2006 quanto na esfera federal pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico e Nacional (IPHAN) desde 2008, de acordo com o Decreto-lei nº 25, de 30 de novembro de 1937. A edificação passou por algumas reformas em virtude da variedade de função que abrigou, tais como Quartel, Grupo Escolar Miranda Osório e Instituto Histórico Geográfico e Genealógico de Parnaíba (IHGGP).

 O trabalho se guiará concluindo questões levantadas durante a realização do projeto. Qual a importância de uma intervenção em um bem patrimonial? As edificações com importância histórica para sociedade devem de fato assumir outras atividades em sua edificação? Como manter viva a memória de um patrimônio? O que significa intervir em monumentos históricos na memória do cotidiano de uma sociedade? O Casarão é de grande valor patrimonial para região, necessitando de uma avaliação de seus aspectos físicos bem como uma análise de sua identidade para preservação cultural.

O estudo metodológico do presente trabalho teve embasamento em pesquisas realizadas para analisar bem como a  Valorização Patrimonial: As relações entre restauração, política e memória social, nas intervenções em monumentos históricos em Belém do Pará. Junto a Centro Historico e Paisagistico de Parnaiba– PI. Paula Campanelli e Dayseane Ferraz da Cost foram de importância para concretizar o seguinte estudo.

A HISTÓRIA

Inicialmente constando como Quartel general em 1809 até 1880 no mapa da então extinta Vila São João Parnahyba de acordo com escritor e historiador Renato Neves Marques. O Casarão foi reconhecido pela população parnaibana quando Auta Cesaria Castelo Branco Ferreira assumiu o edifício no final das atividades do Quartel, mas pesquisas recentes comprovam que o edifício foi designado para sediar a Companhia de Aprendizes de Marinheiro, mas tal função nunca chegou a ser concretizada, passando assim a ser consagrado a D. Auta.

O sobrado também foi sede da Capitania dos Portos, em seguida Banco Do Brasil S.A, primeiro estabelecimento bancário, sendo a 23° do país. Passou novamente a assumir uma nova identidade, abrigando o grupo escolar Miranda Osório nos anos de 1927 a 1979. Posteriormente no térreo serviu como ponto comercial Tote Machado, loja especializada em artigos masculinos, como chapéus, gravatas, ternos, cortes de linho e sapatos da marca Polar. Sabe-se também que abrigou uma boate e restaurante em seu térreo. Após acolher todas essas tipologias o casarão vivenciou dias de escuridão e abandono, voltando a sua glória em 2001 quando foi adquirido pela Prefeitura Municipal que acabou doando o espaço térreo para a Biblioteca Municipal e o restante para o Instituto Histórico Geográfico Genealógico de Parnaíba (IHGGP). Hoje ele permanece como Centro POP de Parnaíba – Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua e também o Instituto Histórico Geográfico Genealógico de Parnaíba (IHGGP). O Sobrado de Dona Auta é tombado tanto na esfera estadual pela Fundação Cultural do Piauí – FUNDAC desde 2006 quanto na esfera federal pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico e Nacional (IPHAN) desde 2008, de acordo com o Decreto-lei nº 25, de 30 de novembro de 1937

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