O Conceito de Eficiência Energética
Por: tuittchagui • 8/4/2016 • Resenha • 1.154 Palavras (5 Páginas) • 998 Visualizações
Resumo
O Conceito de Eficiência Energética
A EFICIÊNCIA ENERGÉTICA na arquitetura pode ser entendida como um atributo inerente a edificação representante de seu potencial em possibilitar conforto térmico, visual e acústico aos usuários com baixo consumo de energia. Desta forma, o triângulo conceitual clássico de Vitrúvio é definido pelos termos firmitas, utilitas y venustas.
Um bom projeto arquitetônico deveria incluir análises sobre seu desempenho energético, pois cada decisão tomada durante o processo de projeto influência no desempenho térmico e luminoso do edifício. Para que o projeto tenha um bom desempenho, é importante que estas decisões sejam baseadas no conhecimento das variáveis e conceitos que envolvem a eficiência energética e o conforto ambiental.
Da Arquitetura Vernacular aos Nossos Dias
A ARQUITETURA VERNACULAR, que é genuína, correta, pura e isenta de estrangeirismos, ensina muitas técnicas, conceitos e princípios bioclimáticos e sustentáveis que podem ser empregados em edificações que persigam a alta eficiência energética.
O primeiro destes princípios era geralmente aproveitar as características desejáveis do clima enquanto se estavam as indesejáveis.
Heliocaminus: forma semicircular, com grandes janelas, por onde o sol penetrava desde a manhã até o entardecer.
Até o PERÍODO GÓTICO, conhecido como “idade das Trevas”, o arquiteto e o artesão trabalhavam juntos. Porém, esse quadro mudou no RENASCIMENTO.
A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL trouxe um novo elenco de materiais, como o aço e o concreto armado, que desafiaram a tradição de construir em alvenaria de pedra.
No período entre guerras surgiu o ESTILO INTERNACIONAL, relacionando por completo os conceitos da arquitetura. Le Corbusier lançou ideias como o esqueleto estrutural, o terraço-jardim, a planta livre, os pilotis e o MODULAR, que relaciona as proporções entre o homem e o espaço arquitetônico projetado.
A Crise de Petróleo
Sistemas de iluminação e de climatização artificial passaram a ser largamente utilizados, dando ao projetista uma posição bastante cômoda perante os problemas de adequação do edifício ao clima. Foram surgindo verdadeiros colossos arquitetônicos, submetidos a uma hemorragia energética. Esta situação agravou-se com a crise de petróleo de 1973 e com o aumento da população nos centros urbanos na década de 80.
Para superar a crise, a produção de eletricidade teve que crescer muito desde então. Entretanto, esta alternativa traz os inconvenientes do impacto ambiental causado por novas usinas, como as possíveis inundações e deslocamentos de populações, a poluição e os riscos com a segurança pública. Além disso, a exigência de grandes investimentos em outras áreas, antagonizando a ideia de progresso embutida nessa política.
A alternativa que se mostra mais adequada a esse quadro é aumentar a eficiência no uso de energia. A energia elétrica passa por quatro fases distintas: geração, transmissão, distribuição, e consumo. Quanto maior for o desempenho dos componentes de cada uma destas fases, menores serão as perdas de energia do processo como um todo. Ao arquiteto cabe a concepção de projetos que possibilitem a execução de edifícios mais eficientes, logrado com essa postura o conforto dos usuários e o uso racional da energia.
A Situação Atual
Fontes de energia no Brasil: hidráulica, gás, petróleo, lenha, óleo diesel e óleo combustível. A eletricidade total ofertada em 2011 foi de 531,76 TWh, sendo que 428,33 TWh vieram de geração hidrelétrica, equivalente a 80,5% do total.
Do total do consumo de energia elétrica no Brasil em 2011, as edificações representaram 46,7%, sendo que o setor comercial representou 15,4% do total e o setor público, 8,0% do total.
Consumo nos Setores Residencial, comercial e Público
Em uma indústria, a maior parte da energia elétrica consumida provém das máquinas e motores, limitando a atuação do arquiteto no sentido de economizar energia. Como o horário de funcionamento da maioria das indústrias é diurno, o aproveitamento da luz natural deve ser considerado como uma das principais estratégias de economia no projeto arquitetônico neste setor. A ventilação natural em indústrias, embora seja essencial para promover conforto térmico, pode não ser suficiente, pois depende das condições climáticas nem sempre favoráveis, dificultando o condicionamento natural deste tipo de edificação.
O arquiteto deve considerar a adequação do seu projeto ao clima local utilizando diversas estratégias de uso da luz natural, resfriamento e aquecimento passivo dos ambientes. O projeto também pode incluir o uso de fontes alternativas de energia, como a eólica, a biomassa e a solar, sendo esta última tanto através da geração e armazenamento de energia elétrica como do aquecimento solar de água.
Normalização
O aumento da população mundial representa maior demanda de edificações e de consumo de energia. Como resultado, várias medidas preventivas estão em voga em diversas partes do planeta, incluindo no Brasil.
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