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O ESPAÇO URBANO

Por:   •  10/10/2016  •  Monografia  •  1.519 Palavras (7 Páginas)  •  318 Visualizações

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ESPAÇO URBANO

Entende-se que o espaço urbano é produzido no território a partir da condução do Governo, através do trabalho de uma sociedade de cunho jurisdicional. Assim, o espaço urbano é produto do homem que transforma o espaço natural através de incentivo governamental.

Mas o poder público, ao criar conjuntos habitacionais e realizar obras de infraestrutura (recapeamento asfáltico, expansão da rede de água e esgoto, arborização e outras), não é o único responsável pela produção do espaço urbano. A produção do espaço urbano é resultante da relação política entre vários outros agentes que atuam na expansão da área urbana: os proprietários de terras, os incorporadores imobiliários, a indústria da construção civil, o capital financeiro e os sem-teto.

No final do século XVIII, no início da Primeira Revolução Industrial, a taxa de urbanização mundial, ou seja, o percentual dos moradores da cidade sobre a população total do planeta, não passava de 3%. Em 1975 era de 38%, em 2001 foi de 48%, com previsão de 54% para o ano de 2015.

No Século XIX, Londres era a mais importante cidade européia, pólo de atração em virtude da Revolução Industrial que teve início na Inglaterra (século XVIII), deflagrando o processo de urbanização, responsável pela diminuição da população rural no planeta.

Atualmente Londres é uma das cidades globais, exercendo influência mundial e atraindo população de vários continentes.

Atualmente mais de 50% da população mundial é urbana e a questão é: As cidades terão condições de abrigarem seus contingentes populacionais com dignidade social?

Os problemas urbanos são comuns: poluição do ar, do solo e das águas, o trânsito caótico, a deterioração das áreas centrais, a violência urbana, etc. A problemática se agrava nos países subdesenvolvidos, porque a expansão urbana moderna aí ocorreu com crescimento acelerado e sem planejamento.

Nos países subdesenvolvidos a expansão urbana tem ocorrido desordenadamente nas áreas periféricas, onde o custo imobiliário é mais baixo, resultando na carência de serviços públicos de infraestrutura urbana (água potável, esgoto, transporte, etc.).

Os terrenos entre a periferia e o centro costumam ser objeto de especulação imobiliária, valorizando-se na medida em que ocorre a implantação de serviços públicos de infraestrutura na região.

A especulação imobiliária se reflete na proliferação de favelas, ocupação de áreas de encostas e loteamentos clandestinos. Nesses casos, a falta dos títulos de propriedade gera a exclusão social, resultando em aumento da violência urbana que ameaça praticamente todos os segmentos sociais, formando um quadro caótico que gera medo e insegurança aos habitantes.

Para reverter o quadro caótico urbano, o Ministério das Cidades está promovendo o reordenamento territorial de favelas e a regularização fundiária decorrente de loteamentos clandestinos, paralelamente ao programa governamental intitulado Minha Casa Minha Vida.

Atualmente surgiu um novo tipo de cidade, os tecnopolos, contendo centros avançados de pesquisa científica em torno dos quais se concentram indústrias de alta tecnologia, ligadas à informática, indústria aeroespacial, biotecnologia, entre outras.

Referências:

GARCIA, Hélio Carlos; GARAVELLO, Tito Márcio. Geografia: de olho no mundo do trabalho. 1ª reimpr. São Paulo : Scipione, 2006. 431 p.

KRAJEWSKI, Angela Corrêa; GUIMARÃES, Raul Borges; RIBEIRO, Wagner Costa. Geografia: pesquisa e ação. São Paulo : Moderna, 2005. 384 p.

ESPAÇO RURAL

Espaço natural: território em que a paisagem não tenha sido transformada pelo homem.

Espaço geográfico: território com uma paisagem transformada pela dinâmica das relações sociais.

Origens da Agricultura: A palavra agricultura, de origem latina, significa “cultivo dos campos'. A atividade agrícola parece ter surgido há cerca de 10.000 anos, na Mesopotamia, com o cultivo de grãos e a criação de ovelhas.

A falta de chuvas no verão induziu a invenção de métodos de irrigação, escavando-se e ramificando-se inúmeros canais, especialmente a partir do rio Eufrates.

Os primeiros tipos de grãos foram a cevada e uma variedade de trigo (espelta), vindo a seguir o centeio e a aveia.

A seleção de grãos parece que ocorreu praticamente de forma automática, comparando-se a germinação de grãos que caíam durante a colheita, com os especialmente escolhidos para replantio. Essa sistemática obteve sucesso mais tarde também no cultivo de legumes e frutas.

O surgimento da pecuária permitiu a reprodução de ovinos, bovinos, suínos e caprinos. Atualmente essa atividade encontra-se intimamente integrada à própria agricultura, o que explica a popularização do termo agropecuária.

Os deslocamentos populacionais espalharam pelo planeta alguns tipos de plantas que desempenhavam importantes papéis na própria cultura de algumas civilizações: é o caso do milho, para as civilizações pré-colombianas, do arroz para o extremo oriente, e do trigo e cevada, para a Europa e Oriente Médio.

Com as navegações, difundiram-se alimentos importantes para a humanidade, tais como o milho, originário da América, depois consumido na Europa, Ásia e África, assim como a cana-de-açúcar e o arroz originários da Ásia.

Sistemas atuais de produção agropecuária: Os sistemas agropecuários variam desde os sistemas mais extensivos até os sistemas mais intensivos, dependendo principalmente de dois fatores:

a) Condições físico-geográficas (tipos de solo, condições climáticas e aspectos topográficos) de uma região. Em planícies é comum o cultivo de grãos. Em solos rochosos e terrenos irregulares tem ocorrido as pastagens e plantio de árvores.

b) A cultura e o nível de desenvolvimento de uma sociedade, determinam os tipos de plantas cultivadas, as técnicas empregadas e os hábitos alimentares.

Agricultura e pecuária extensivas: Sistema de produção em que se ocupa muitas terras, empregando técnicas e ferramentas rudimentares, utilizando muito trabalho braçal e obtendo pouca produtividade, considerado inadequado para os moldes atuais do sistema capitalista.

Agricultura e pecuária intensivas: Sistema de produção em que se utiliza tecnologia e maquinário avançado, acarretando aumento de produtividade, estabelecendo um padrão quase industrial na agricultura.

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