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O Estudo Dirigido

Por:   •  15/11/2020  •  Trabalho acadêmico  •  3.640 Palavras (15 Páginas)  •  214 Visualizações

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO        03

1. ESTUDO DIRIGIDO        05

CONSIDERAÇÕES FINAIS        12

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS        13

INTRODUÇÃO

O surgimento da História enquanto ciência e campo de estudo foi obra dos gregos antigos. Ao longo do tempo, os historiadores convencionaram-se a organizar os eventos em períodos. Essa periodização, naturalmente, seguia uma organização cronológica e utilizava acontecimentos marcantes para determinar o fim de um período e o começo de outro. Para definir historiografia é fundamental a consideração da etapa de nosso passado cultural, no qual se inventa a historiografia, no que se define frente ao resto do conhecimento organizado. Essa análise é feita a partir do estudo de como a história é escrita e como nossa compreensão histórica muda com o tempo, considerando as abordagens usadas pelos historiadores e procurando entender como e por que suas teorias e interpretações diferem.

Uma característica da história é que o tempo depende proporcionalmente do lugar para existir. E dessa forma tanto o tempo quanto o espaço podem mudar e, essas mudanças estão encaixadas nas diferentes formas de ver, pensar, organizar e sentir o mundo. O ser humano evoluiu, foi capaz de adaptar-se ao meio em que foi inserido e, para sobreviver usou o que a natureza os oferecia. Sendo capaz de raciocinar, ele evolui por diferentes períodos. A partir desse ponto da análise, é discutido o conceito de sociabilidade no contexto da evolução dos primeiros agrupamentos humanos antes mesmo da formação das cidades.

No que se refere a pintura rupestre, termo que denomina as representações artísticas pré-históricas, há a análise do que representavam e como, ao longo dos períodos foi evoluindo. Sua interpretação é difícil e está cercada de controvérsia, mas pensa-se correntemente que possam ilustrar cenas de caça, ritual, cotidiano, ter caráter mágico, e expressar, como uma espécie de linguagem visual, conceitos, símbolos, valores e crenças.

O Egito Antigo foi umas das primeiras grandes civilizações da antiguidade e manteve durante a sua longa existência uma continuidade nas suas formas políticas, artísticas, literárias e religiosas. No que tange a esse assunto, é procurado entender como a arquitetura, pintura e escultura como formas de arte recebiam a influência da forma de vida da época, com abordagens sobre o culto aos deuses, a vida dos faraós, a importância da eternidade para aquele povo, entre outros fatores.

Este estudo dirigido consiste na abordagem de questões sobre nossos ancestrais relacionadas ao desenvolvimento e evolução. Iniciando na primeira questão com os conceitos e analogias de história e historiografia em sua formação desde a pré-história. Na segunda questão, ainda no contexto pré-histórico, há o estudo da formação dos primeiros agrupamentos humanos, comentando quesitos como os estilos de vida, a vida em sociedade,

entre outros tópicos que permeiam o assunto. Na terceira, está sendo aplicada uma análise sobre as formas artísticas do Egito Antigo e sua influência no estilo de vida, na política e religião da época. A quarta finaliza abordando as pinturas rupestres como símbolo e registro das ações do homem, em forma de arte e comunicação.

  1. ESTUDO DIRIGIDO

  1. Comente as relações conceituais entre História e Historiografia na leitura e representação da História da Humanidade.

História significa "conhecimento através da investigação", é uma ciência que investiga o passado da humanidade e o seu processo de evolução, tendo como referência um lugar, uma época, um povo ou um indivíduo específico. Através do estudo histórico, obtém- se um conjunto de informações sobre processos e fatos ocorridos no passado que contribuem para a compreensão do presente.

No entanto, a “verdade” ou realidade história, torna-se relativizada aos olhos daqueles que a tem procurado em todas as etapas do desenvolvimento humano. Segundo um comentário de Carr (1991, p. 16, apud Hallet, 1991, p. 9), sobre o apogeu da Grécia Clássica, ele reforça à relativização da “verdade” historiográfica: “Nós bem sabemos como a Grécia no século V era vista por um cidadão ateniense, mas não sabemos praticamente nada de como era vista por um espartano, um corintiano ou um tebano.” Em suma, percebe-se que a história é retratada de acordo com a percepção de cada um, pois cada pessoa tem uma interpretação diferente a respeito de um fato (aquilo que realmente aconteceu) e, a partir dessas acepções, obtêm-se diferentes fatos históricos (análise do fato), criando assim, uma historiografia.

A historiografia é o estudo das melhores maneiras de interpretar as fontes históricas e os modos como a história é escrita (a investigação histórica e a história da história). Já a história é o que está escrito sobre o passado, com o objetivo de torná-lo o mais próximo possível do que aconteceu.

Para entender a historiografia, é preciso também entender a diferença crítica entre fatos históricos (situações apresentadas conclusivamente por evidências e aceitas como verdadeiras) e história (o estudo humano e a interpretação dessas situações). Sobre as evidências disponíveis, esses fatos são indiscutíveis. Porém, tomados por um ponto de vista restritivo, no entanto, eles podem ser isolados ou desprovidos de significado.

O papel do historiador é dar sentido a esses fatos por meio de pesquisa e análise. Para fazer isso, eles examinam e interpretam evidências, formam conclusões, desenvolvem teorias e articulam suas descobertas por escrito. De maneira análoga, o leitor de uma historiografia deve sempre procurar entender o contexto da época em que foi escrita e sobre a época que se estava escrevendo.

A historiografia permeia toda a história das civilizações desde suas primeiras manifestações. Tanto as civilizações do Médio Oriente, como as que se desenvolveram na Mesopotâmia. Enquanto o passado em si nunca muda, a escrita da história está sempre evoluindo, novos historiadores exploram e interpretam o passado, desenvolvendo novas teorias e conclusões que podem mudar a maneira como entendemos o passado. A historiografia reconhece e discute esse processo de mudança.

Durante o processo de escrita da história da Antiguidade, por diversas vezes a história esteve entrelaçada com os mitos ou com a narrativa mitológica. Na busca de compreensão da realidade, os homens acarretam-se do contexto material para o contexto divino, passando a estabelecer uma explicação transcendental, criando o Mito. O mito passa a responder os porquês da existência humana, esta forma mítica de interpretação da realidade, corresponde à visão de uma sociedade que, buscava consciência de sua historicidade. Para a cultura do mundo ocidental, a mitologia grega equivale ao primeiro capítulo da história da explicação do mundo.

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