O Fenômeno do Lugar
Por: Iurio Moreno • 26/11/2019 • Resenha • 764 Palavras (4 Páginas) • 787 Visualizações
RESUMO
Texto resumido:
NORBERG-SCHULZ, Christian. O fenômeno do lugar [1976]. In: NESBITT, Kate (org.). Uma Nova Agenda para
Arquitetura: uma antologia teórica (1965-1995). São Paulo: Cosac Naify, 2006, p. 443-461
Perfil biográfico do(a) autor(a) do texto:
Christian Norberg-Schulz foi um arquiteto norueguês, se destacou como escritor, educador e teórico da
arquitetura. Fez parte do Movimento Modernista tendo enfoque principal a Fenomenologia da Arquitetura.
Palavras-chave:
Retorno às coisas
Lugares são interiores
Caráter denota atmosfera
Presença real ligada ao caráter
Resumo:
O autor inicia sua reflexão sobre o fenômeno do lugar a partir de uma analisa sobre de que se trata a
fenomenologia, ele define esse ramo do conhecimento como uma “investigação sistemática da consciência e seus
objetos” entendido como um método que exige um retorno as coisas e seus significados, em oposição às
abstrações e construções mentais que a ciência propõe.
Numa análise sobre os fenômenos, o autor se refere ao fato de como alguns fenômenos cria um ambiente pra
outros, e partindo dessa afirmação ele também se refere ao “lugar” como ambiente em qual as coisas acontecem.
O autor se refere a como o “detalhe” no lugar explica esse ambiente e manifesta sua peculiaridade, a partir do
momento onde esses detalhes constituem fenômenos que constituem a vida cotidiana.
Nesta estruturação e entendimento dos fenômenos, se põe a ideia de como atos e acontecimentos possuem
“lugares”, e como a construção de novos ambientes geram novas relações e fenômenos a partir da ideia de como
ações diferentes precisam necessariamente de ambientes diferentes para que transcorram de modo satisfatório.
Lugares não devem ser definidos por conceitos analíticos “científicos”, pois a visão de abstração e neutralidade que
o mesmo traz perde de vista o que o autor define como “mundo-da-vida cotidiana”, reafirmando assim como a
própria fenomenologia trabalha em oposto sentido às abstrações neutras do conhecimento cientifico.
A partir da reflexão de um poema de Georg Trakl, sua ambientação e seus recursos narrativos, o autor conclui que
o grande feito do poema é demonstrar como toda situação é a um só tempo, local e geral, abordando a totalidade
dos fenômenos e como as sugestões de interior e exterior q o poeta aborda são gerais e unânimes, e como as
distinções entre o ambiente natural e o fabricado pelo homem serve de ponto de partida para uma
“fenomenologia do ambiente”.
A partir de uma reflexão das análises filosóficas de Heidegger, o autor faz uso da afirmação do mesmo sobre “o
modo como os homens são na terra é habitar” para pensar sobre a estrutura do lugar e o que esse “lugar”
realmente é, abordando como este é mais que uma simples “localização”, e como a propriedade básica do lugar
criado pelo homem é a concentração e o cerceamento, definindo os mesmos como interiores que cercam o que é
conhecido.
A partir disto, o autor passa a fazer uma análise da “Estrutura do Lugar”, abordando como o lugar deveria ser
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