O Fichamento A Cidade e a Criança
Por: Rafaela Souza • 4/9/2022 • Resenha • 344 Palavras (2 Páginas) • 107 Visualizações
LIMA, Mayumi Souza. A cidade e a criança. Capítulo 1 – espaço e ambiente ou
espaço-ambiente. São Paulo: Nobel, 1989.
O autor descreve o espaço-ambiente a partir da percepção da criança em
processo de desenvolvimento, onde elas são capazes de representar suas
residências por conta de sua memória afetiva ao lugar; os ambientes com maior
vínculo tomavam grande parte do desenho. Através da visão de mundo das crianças
entrevistadas podemos perceber a diferença social em cada um; uns apresentam
melhor desenvolvimento de tempo-espaço por estarem em ambientes os quais lhes
estimularam a esse pensamento crítico.
O espaço e o ambiente passam a se integrar quando o indivíduo desenvolve
experiências sensoriais e emocionais no ambiente em que está utilizando, passando
a ser um espaço-ambiente vinculado diretamente no desenvolvimento psicológico do
ser humano. É demonstrado que ambientes que apresentam um espaço acolhedor e
afetivo serão lembrados de forma positiva, enquanto que ambientes escuros e mal
planejados não serão evidenciados nas lembranças.
“O espaço, portanto, existe sempre conjugado a um ambiente, assim como o
ambiente não existe sem estar ligado a um espaço. Contudo não é uma relação linear
e biunívoca: um mesmo espaço pode resultar em ambientes diferentes, assim como
ambientes similares não significam espaços iguais.” (LIMA, 1989, p.14)
“Mas o espaço não é apenas o lugar da imaginação poética: ele é também fruto
de conhecimentos objetivos, lugar de reações vitais e sociais concretas, e
determinado por elementos materiais que modificam a sua natureza e qualidade.”
(LIMA, 1989, p.14)
“De fato, crianças moradoras em bairros com alta densidade de carros
apresentaram precisão muito maior do que outras crianças maiores, moradoras em
bairros menos densos. Estas tendiam a avançar ou a aguardar sem uma relação real
da distância em que se encontravam os carros.” (LIMA, 1989, p.18)
“Mesmo os apartamentos exatamente iguais foram representados segundo a
percepção e a importância relativa que cada criança dava aos ambientes. Assim,
crianças moradoras em um mesmo prédio representaram apartamentos diversos,
tanto no tamanho quanto no número de aposentos, mostrando que o espaço existe
para
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