O Fichamento Cidade Medieval
Por: Iagon Benck • 21/9/2019 • Trabalho acadêmico • 1.133 Palavras (5 Páginas) • 321 Visualizações
GOITIA, FERNANDO CHUECA. BREVE HISTÓRIA DO URBANISMO. 5°edição, 1996, EDITORA PRESENÇA, SÃO PAULO.[pic 1]
RESUMO
Após a lenta queda do império romano, inicia-se um novo período, uma profunda mudança na estrutura social econômica ocorre, e surge o avanço tecno agrário. O feudalismo também se instala, onde os senhores feudais vivem na camada mais alta da cidade, e fieis apoiadores do rei, que submete a servidão dos camponeses a trabalhar. A exploração agraria reduziu as culturas dos centros das cidades. A vida religiosa do Ocidente é caracterizada por essa separação agraria. A cidade medieval surge somente a partir do desenvolvimento de grupos específicos, mercantil e artesão, porque até então os senhores feudais dominavam tudo. O comércio e as indústrias alavancaram com cada vez mais força a cidade medieval. A cidade atrai cada vez mais pessoas do meio rural, pois ali encontram um oficio, e as libertam da servidão. Pirenne disse nunca até então existir uma classe de homens mais especifica e estritamente urbana do que a burguesia, não era um movimento político, só precisava de liberdade de ação, e melhores possibilidades para o desenvolvimento normal dos seus negócios, e atividades. O feudo tentou se opor, mas não durou muito tempo para concordarem, pois em troca queria materiais provenientes do comercio. Houve profundas modificações na legislação, exemplo disso, leis excepcionais. Teve um sistema de contribuições voluntarias para a construção de uma muralha, e quem não contribuísse era expulso da cidade. Embora sendo privilegiada de diversas coisas ela não é uma cidade aristocrática, situada em locais dificilmente expugnáveis, com uma topografia bem irregular, aproveitava de seu terreno sinuoso como obstáculos para os inimigos, adotavam um padrão de ruas radioconcêntricas, o centro da cidade havia uma praça que ficavam a catedral ou templos, ou servia para as necessidades do mercado. Do centro, saiam as ruas mais importantes, únicas que havia trafego, e as segundarias que eram apenas utilizadas pelos peões. Há três tipos de fundamentos da cidade medieval: o irregular, o radioconcêntrico, sem rigor geométrico, e o regular, dificilmente existem conjuntos urbanos, que superem as cidades medievais, pois é um conjunto harmônico, cada construção tem sua própria identidade, tornando ela uma cidade inconfundível. Algumas cidades recebiam nome conforme sua origem ou características. Em geral, o traçado de uma cidade medieval se desenvolve através de crescimento natural e orgânico, com ruas irregulares e estreitas. Porém, existem cidades medievais de traçado regular, como é o caso das bastides francesas, que foram construídas em áreas de conflito para fortificar e defender as fronteiras, com rigor geométrico e amplitude de implantação muito superiores ao que podia ter sido feito no velho e trabalhado solo da metrópole.
PALAVRAS-CHAVE
Agrária – Exploração – Industria/Comércio – Liberdade – Radioconcêntrica.
CITAÇÕES
“O caráter agrário da sociedade e economia medievais modifica sensivelmente a face da Europa. O facto de a população estar disseminada faz com que, pouco a pouco, toda a terra seja cultivada, mudando e humanizando-se a paisagem;” (GOITIA, 1996, p.77).
“A cidade da época medieval, propriamente dita, só aparece em começos do século XI, e desenvolve-se principalmente nos séculos XII e XIII. Até esse momento, a organização feudal e agrária da sociedade domina completamente. Frente a esta, o crescimento das cidades é originado principalmente pelo desenvolvimento de grupos específicos, do tipo mercantil e artesão.” (GOITIA, 1996, p.79).
” A cidade atrai, por conseguinte, um número cada vez maior de pessoas do meio rural que encontram ali um ofício e uma ocupação que, em muitos casos, os liberta da servidão do campo” (GOITIA, 1996, p.80).
[pic 2]
“O desenvolvimento das cidades também trouxe consigo profundas modificações da legislação, tendo sido criadas leis excepcionas, diferentes das que vigoravam nos distritos rurais.” (GOITIA, 1996, p.82).
“Outras razões, diz Pirenne, influíram no nascimento das comunidades. Entre elas, uma das que teve mais força foi a necessidade, rapidamente sentida pelos burgueses, de um sistema de contribuições voluntárias para fazer face as obras comunais mais prementes, fundamentalmente a construção da muralha da cidade.” (GOITIA, 1996, p.83).
...