O Que é a Cidade?
Por: Susy Alves • 16/5/2021 • Resenha • 993 Palavras (4 Páginas) • 173 Visualizações
ROLNIK, Raquel: O Que é a Cidade? São Paulo - Editora e Livraria Brasiliense. Coleção Primeiros Passos.
Logo em sua introdução, a autora faz refletir sobre a relação homem/natureza e as transformações das cidades. Ela tenta mostrar diferentes formas do fenômeno urbano, fazer uma reflexão a respeito de sua natureza, origem e transformação.
Dividindo o livro em duas partes, na primeira ela debate sobre a definir o que é a cidade e na segunda sobre a cidade capitalista. Por fim, ela consta também com algumas indicações de leituras.
Na primeira parte do livro, com o titulo “Definindo Cidade”, a autora conta que ao idealizar o livro e pensar no que seria cidade, uma das primeiras a vir em sua mente foi a Cidade de São Paulo, seus milhões de habitante e ritmo acelerado. A mesma detalha também cidades muradas, como Babilônia, Jerusalém, e ate mesmo Wall Street – Nova York, cujo muros e portões bloqueavam o contato com o mundo externo. Com isso ela abre o questionamento: “Diante de fenômenos tão diferentes como as antigas cidades muradas e as gigantescas metrópoles contemporâneas, seria possível definir cidade?”
Inicialmente, Rolnik enxerga a cidade como um imã, algo como um “campo magnético que une e concentra os homens”, relacionando a parte da religião a sedentarização, levando a organização urbano e política, onde o fator primordial era o templo, onde o grupo se reunia.
Já em cidade escrita ela interliga o surgimento da escrita e cidade, mostrado a importância de uma para a outra. Ela aponta a importância da escrita para o registro de riquezas nas cidades, e diz que através da arquitetura de cada cidade é possível “ler” suas histórias e memorias.
Em Civitas: a cidade política o caráter coletivo emerge da vida nas cidades através da concentração e aglomeração de indivíduos, o que torna necessário a gestão desta vida coletiva, organizando por exemplo, os sistemas de estrutura de uso comum como vias e calçadas, praças, transportes, templos, etc. Rolnik fala também da ocupação socioespacial, tendo o lugar ocupado relacionado a divisão do trabalho, seguindo a classe social de cada um. E mesmo com uma relação de submissão por uma questão de instância política, esse mesmo espaço ainda era palco de resistência de alguns movimentos populares.
Em “A Cidade como Mercado” a autora faz um breve resumo dos tópicos tratados ate aqui, e explica que “a cidade, ao aglomerar num espaço limitado uma numerosa população, cria o mercado”, porem a divisão do trabalho e a as tarefas especializadas é o que tornam isso possível, aumentando a isso as trocas entre pessoas. Ela destaca também a questão das cidades serem chamadas de economia urbana, por fazerem o acabamento dos trabalhos que tiverem seus inícios nos campos.
Iniciando a segunda parte do livro, A Cidade do Capital, Rolnik fala sobre os pontos do capitalismo dessas cidades, dando destaque a questão mercantil.
Dividido em alguns tópicos, sendo o primeiro “O Ar da Cidade Liberta”, a autora expõe a relação entre as transformações de cidade e campo, por conta do excesso de produção. Falando sobre as cidades medievais e seu planejamento, as divisões de trabalhos se davam por meio de cooperação artesanal, onde os que dominavam vários meios de produção ensinava os aprendizes, passando assim seu oficio. Nessa época, acaba havendo uma mistura entre o espaço de moradia e espaço de trabalho.
Sendo as cidades medievais uma alternativa ao poder feudal, com a crise feudal, a cidade se torna importante aos ex servos, que veem nela uma forma nova de viver e trabalhar, agora vendendo sua mão de obra e saindo da servidão. O titulo do capitulo se da a isso, essa forma de se libertar.
Em “Separar e Reinar: a questão
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