O Relatório de Psicologia

DESENVOLVIMENTO HUMANO II

Primeiramente vamos entender o que é adolescência? Adolescência é uma transição no desenvolvimento entre a infância e a idade adulta que envolve grandes mudanças físicas, cognitivas e psicossociais inter-relacionadas dura dos 10 ate pouco antes ou depois dos 20 anos. Considera- se que a adolescência começa com a puberdade processo que conduz a maturação sexual ou fertilidade, ou seja, capacidade de reprodução.

Em todas as etnias e classes sociais muitos jovens adolescentes usam drogas, dirigem embriagados e tornam-se sexualmente ativos e esses comportamentos só aumentam conforme ao longo da adolescência.

Álcool e drogas:

Segundo Reis e Silva (2009), os adolescentes utilizam drogas por curiosidade, diversão, pressão do grupo social e dentre outros motivos. O álcool, a maconha e o tabaco são as três drogas mais conhecidas entre os adolescentes, as vezes são chamadas de “drogas de porta de entrada” pois seu uso costuma levar ao uso de substância mais aditivas como cocaína e heroína (Gerstein e Green, 1993).

Existem alguns fatores que contribuem para o uso de álcool e drogas uma influência precoce importante pode ser a onipresença de uso de substâncias no meio de comunicação. Segundo um estudo, álcool, cigarros ou drogas ilícitas são mostrados em 70% dos dramas das redes de televisão em horário nobre, em 38 de cada 40 filmes mais lucrativos e na metade de todos os vídeos musicais (Gerbner e Ozyegin, 1997).

No âmbito escolar existem fatores específicos que predispõem os adolescentes ao uso de drogas, tais como, a falta de motivação para os estudos, faltas, nível baixo de desempenho escolar, a rebeldia constante associada à dependência a recompensas. A maioria dos adolescentes aprenderam ou sabem sobre drogas no ambiente escolar, com amigos ou na rua. Ninguém desconhece que essa instituição é hoje alvo do assédio de traficantes e repassadores de substâncias proibidas.

Penchansky et.al (2008), afirma que conflitos familiares bem como estrutura familiar precária ou desestruturada faz com que o adolescente procure preencher essa lacuna familiar na rua com amigos próximos, dependendo da situação vivenciada pode ser incentivado a utilizar drogas. 

A disponibilidade e a presença de drogas na comunidade têm sido vistas como facilitadoras do uso de drogas por adolescentes, uma vez que o excesso de oferta naturaliza o acesso (Jessor, 1991; Patton, 1995; Wallace Jr., 1999). Quando a facilidade da oferta se junta à desorganização social e aos outros elementos predisponentes no âmbito familiar e institucional, produz-se uma sintonia de fatores (Kodjo & Klein, 2002).

Sexualidade:

Para Foucault (1988), a sexualidade é um “dispositivo histórico” que se constitui, historicamente, a partir de múltiplos discursos sobre o sexo: discursos que regulam, que normatizam, que instauram saberes, que produzem “verdades”. De acordo com o autor, é no âmbito da cultura e da história que se definem as identidades sociais: sexuais, de gênero, de raça, de nacionalidade, de classe e outras. Os sujeitos são formados por essas múltiplas e diferentes personalidades, na medida em que esses são interroga-dos a partir de diversas situações, instituições ou agrupamentos sociais.

O trabalho sobre sexualidade com adolescentes deve perpassar temáticas que envolvem desde o descobrir do próprio corpo até o ato sexual em si. Para Monesi (1993), a masturbação é uma prática muito comum e importante para o autoconhecimento do corpo, mas nem sempre é aceita com naturalidade pelos familiares. A repressão da masturbação durante o desenvolvimento contribui para o início de uma possível restrição da sexualidade na vida adulta. Segundo Rodrigues Jr. (1993), a masturbação e o tocar-se mutuamente são comportamentos esperados durante o desenvolvimento sexual na adolescência, pois é o período de formação de sua identidade sexual, que se desenvolve naturalmente

É importante ressaltar que os(as) adolescentes e os(as) jovens têm direito de ter acesso a informações e educação em saúde sexual e saúde reprodutiva e de ter acesso a meios e métodos que os auxiliem a evitar uma gravidez não planejada e prevenir-se contra as doenças sexualmente transmissíveis/HIV-AIDS, respeitando-se a sua liberdade de escolha (Tonelli, 2004). Apesar disso, conteúdos como direitos sexuais e reprodutivos são pouco conhecidos dos adolescentes e são de fundamental importância para se pensar na saúde sexual da população jovem (Diaz, 1999).

A falta de orientação faz com que a sexualidade precoce cause prejuízos físicos e emocionais e também aumente os riscos de doenças sexualmente transmissíveis, as chamadas DSTs, e até uma gravidez indesejada.

Bordeline e autolesão:

A Síndrome de Borderline também pode ser chamada de Transtorno de Personalidade Limítrofe. uma das adolescentes sofre da Síndrome de Borderline, considerado como um transtorno mental grave caracterizado por um padrão de instabilidade contínua no humor, no comportamento, autoimagem e funcionamento. Geralmente, os portadores desse transtorno têm medo que as emoções fujam do seu controle, tornando-se irracionais ao estresse, podendo criar dependência sobre outra pessoa para manter-se estável. Com isso deve-se ter uma atenção maior, visto que essas experiências podem geralmente resultar em ações impulsivas e relacionamentos instáveis, podendo apresentar riscos à própria vida. (LIMA, 2018) O diagnóstico de uma perturbação de personalidade na adolescência é controverso. De um modo geral, a resistência a fazer o diagnóstico de uma perturbação de personalidade decorre da dificuldade em se distinguir entre o que são sintomas/sinais de alerta de uma perturbação de personalidade e aquilo que poderá ser o comportamento típico de um adolescente, com todas as oscilações próprias e, por outro lado, pela personalidade do jovem ainda estar em desenvolvimento, podendo o diagnóstico tornar-se estigmatizante.

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