O Resumo Bauhaus

Bauhaus- Resumo

  A Alemanha, no ano de 1919, passava por muitas dificuldades devido seu contesto na Primeira Guerra Mundial e no Tratado de Versalhes. Hitler assumiu o poder entre 1919 e 1933, e se constitui no país a República de Weimer, que visava resolver os problemas do país, a partir da reorganização da estrutura político-econômica da Alemanha. Nesse período, surgem movimentos artísticos, como o Expressionismo, na arte cinematográfica, e a Bauhaus.

 Bauhaus (casa de construção) vem da palavra Hausbau (construção da casa). Henry Van de Velde foi destituído da diretoria da Escola de Artes Aplicadas, devido sua nacionalidade belga, e Gropius (defendia um ensino do design com base no ateliê) o sucede, em 1919, transformando-a na Bauhaus. A escola surge com a ideia da “grande construção” e finalidade de construir a “catedral do futuro” ou “catedral do socialismo”. Seu objetivo era unir os mais variados campos artísticos (artes aplicadas; artesanato; belas artes; etc.) para satisfazer à sociedade moderna.

 Durante a crise, a catedral e outras ideias artísticas passaram para segundo plano. Devido à crise econômica, tinham o objetivo de se tornarem precursores da simplicidade e de encontrarem uma forma acessível para todas as necessidades da vida.

“Criemos uma nova guilda de artesãos, sem as distinções de classe que erguem uma barreira de arrogância entre o artesão e o artista. Juntos, vamos conceber e criar o novo edifício do futuro, que abrangerá arquitetura, escultura e pintura em uma só unidade e que um dia se erguerá para o céu a partir das mãos de um milhão de operários, como o símbolo cristalino de uma nova fé.”

(Frampton, 2003, p. 147, Proclamação da Bauhaus de Weimar, 1919)

 Na primeira fase da Bauhaus, Johannes Itten foi uma figura que dominou a escola com seu carisma. Ele tinha muito prestígio nas oficinas e estruturação dos cursos. Foi influenciado por Franz Cizek e enriqueceu seus métodos. Na escola, ele instituiu o Vorkurs, um curso preliminar obrigatório, para que os alunos desenvolvessem - com a prática – a exploração e a combinação de formas, cores e materiais, princípios e as técnicas mais elementares. Isso levava a libertação da criatividade de cada aluno e os possibilita trabalhar e aperfeiçoar suas habilidades.

  Schlemmer, Paul Klee e Georg Muche se juntaram a Bauhaus, graças a Itten. Deram cursos periféricos Gerhard Marcks (cerâmica) e Lyonel Feininger (artes gráficas).

 Gropius e Itten tinham desentendimentos e a chegada de Theo Van Doesburg (artista de estética racional e antiindividualista) e Wassily Kandinsky (pintor com comportamento emotivo e essencialmente místico da arte).

 Van Doesburg foi bem recebido na escola, impactou os ateliês e instigou os princípios da Bauhaus. Influencia, também, a mobília do escritório de Gropius e no trabalho enviado ao concurso Chicago Tribune de 1922.

 Gropius convida MohoIy-Nagy a encarregar-se do curso preliminar e do atêlie de metalurgia. Os produtos da oficina voltaram para um "elementarismo construtivista"; foi adotado uma variação de materiais para, com tudo, revelar as propriedades das estruturas assimétricas.

 Na Exposição Bauhaus de 1923, a tipografia de Herbert Bayer e Joost Schmidt foi adotada após a demissão de Itten.

 Casas-modelo:

• Casa Sommerfeld: Gropius e Meyer (1922)

[pic 1]

• Versuchshaus, ou Casa Experimental Bauhaus: Muche e Meyer (1923)

            [pic 2]

 Após 1923, a Bauhaus passou a ter um tratamento mais objetivo, agregado ao movimento Neue Sachlichkeit ou, Nova Objetividade. Isso reflete nos projetos da Bauhaus de Dessau e destaca-se após a saída de Gropius da direção da Bauhaus.