O Sentido da Colonização
Por: carol stalchmidt • 31/8/2018 • Resenha • 574 Palavras (3 Páginas) • 261 Visualizações
Caio Prado Júnior foi um político e historiador brasileiro nascido em São Paulo, um dos maiores intelectuais brasileiros e que desenvolveu obras essenciais para a compreensão do processo de formação histórica do Brasil, além de se destacar como ativista político. Dentre suas obras destaca-se o livro “A formação do Brasil Contemporâneo”, sendo dividido em cinco partes, e um dos capítulos a ser discutido nesse texto é o “sentido da colonização”.
O autor faz uma breve introdução sobre o sentido da evolução, da colonização, o porque é importante sabermos e estudarmos sobre esse assunto. Sem colocar um rótulo, sem desprezar o que houve durante o período colonial, dando uma percepção da continuidade histórica da nossa civilização. Ao decorrer de seu texto ele busca compreender o sentido que Portugal trouxe ao Brasil, todo o seu processo evolutivo, desde a sua chegada, até os dias atuais, o que ocorreu e como o povo brasileiro foi se moldando e mudando a história.
Portugal começa a se descobrir a partir do século xv com suas grandes navegações e descobertas, sendo nesse período uma das grandes potências colonizadoras europeias, trazendo riquezas e conquistas para seu país. Prado fala que o sentido do Brasil começa com a descoberta de nossa terra por portugueses durante as navegações, pois fazem parte do processo evolutivo de nossa sociedade, tudo o que acontece hoje é reflexo do nosso passado, então todos os fatores que aconteceram até aqui, fazem sentido, mesmo sendo independentes de Portugal ainda pensamos como colonos, pois tudo nos influência, tanto em conhecimento quanto a coisas supérfluas.
Caio Prado ele cita os principais aspectos da economia europeia, onde os países que trocaram as rotas terrestres por marítimas obtiveram maior resultados. Todos os acontecimentos importantes da época das grandes navegações foram dadas pela exploração da costa africana, com exploração do ouro, marfim e de escravos, o descobrimento e colonização de novas terras, a busca por uma rota para a índia onde descobriram as especiarias, e tantos outros acontecimentos são incidentes das atividades da empresa comercial europeia.
O clima do nosso país favoreceu Portugal, pois os europeus tinham dificuldades em se habituarem com o clima quente do Norte, Nordeste, mas os portugueses conseguiram mais resistência por terem um país parecido nessas questões de climas quentes e secos.
No texto de Caio, ele distingue dois tipos de colônias na América, a de exploração que prevalece nas regiões tropicais e subtropicais com o objetivo de fornecer produtos ao comercio externo de suas metrópoles. No Brasil a descoberta da cana de açúcar, gerou um grande poder para Portugal, pois era uma das fontes que faziam falta na Europa. Nos trópicos com as atividades agrícolas e mineradora houve uma prática em larga escala, com trabalhos forçados dos escravos, onde os portugueses foram os precursores da mão de obra escrava.
Além disso tem o povoamento que geralmente eram em áreas temperadas, formadas por razões econômicas, políticas e religiosas. No Brasil se deu para o proveito do comércio europeu.
Caio encerra com sua perspectiva marxista, onde busca entender o passado colonial da sociedade brasileira, tentando compreender os impasses que estavam presentes na sociedade brasileira, voltando ao passado para entender como tudo surgiu.
“O “sentido” da evolução brasileira que é o que estamos aqui indagando, ainda se afirma por aquele caráter inicial da colonização. Tê-lo em vista é compreender o essencial deste quadro que se apresenta em princípios do século passado, e que passo agora a analisar.” ( PRADO JÚNIOR, p. 32)
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