OS ISMOS DA VISÃO FIGURATIVA

OS ISMOS DA VISÃO FIGURATIVA

“As teorias visuais que promovem o debate pictórico refletem-se naturalmente sobre a arquitetura.” (pág. 41).

– Todo o discurso arquitetônico busca uma solução racional e lógica, um equilíbrio entre as partes que compõem o todo desde as linhas até os sólidos geométricos.

“O cubismo é o único movimento verdadeiramente fundamental, porque provoca na sintaxe figurativa moderna uma subversão não inferior à suscitada pelo descobrimento da perspectiva, nos princípios do século XV, na arte Renascentista.” (pág. 42).

– O movimento cubista veio com a intenção de mostrar que a perspectiva não era capaz de mostrar os objetos em sua inteira realidade espacial, pois se modifica de acordo com o ponto de referência do observador e com isso mostra a existência de uma quarta dimensão, o tempo.

“O artista gira à volta de seu objeto com vontade de possessão, representa-o simultaneamente de vários pontos de referência visual, decompõe-o, penetra nele, fá-lo em pedaços.” (pág. 43).

– Para o artista conseguir tal feito o cubismo usa de uma série de símbolos. Vê-se presente nas obras cubistas planos que avançam e retrocedem superfícies que se unem umas com as outras e formam ângulos diversos, formas que emergem de outras e se sobrepõem em um “dramático efeito final”.

“Uma nova inteligência espacial impulsiona então os arquitetos a conhecer sistematicamente em termos de superfícies puras e de volumes, ou seja, de espaços definidos por planos.” (pág. 45).

– O cubismo influenciou duas grandes escolas a de Le Corbusier e a de Gropius, ele representa no desenvolvimento da arte moderna o ponto central do qual posterior viria a surgir o nascimento da arquitetura moderna.

“O neoplasticismo é, como todos os outros -ismos que seguem, à exceção do expressionismo, um derivado e uma tentativa de racionalização do cubismo.” (pág. 45).

– O neoplasticismos propõe em sua forma de expressão um arranjo geométrico com base na razão, ele se movimente em torno de padrões de ordem e clareza.

“Mas como poderia influir esta investigação sobre arquitetura?” (pág. 47).

– Os componentes principais da arquitetura são decompostos e desarticulados, entrelaçam-se ente si e uns cortam os outros e dão a impressão de movimento.

“O expressionismo apresenta-se como problema dramaticamente humano, desesperadamente angustioso, como ânsia de protesto sentimental.” (pág. 49).

– Movimento com uma visão alucinante de uma sociedade degradada pela guerra, uma sociedade que sofre. Tinha como papel buscar representar as sensações reprimidas de uma sociedade aterrorizada expondo no vértice dos instintos abissais.

“Em arquitetura, um movimento com raízes essencialmente psicológicas não podia elaborar meios figurativos aptos a construir uma linguística.” (pág. 50).

– Podia-se notar que em arquitetura era buscado expressar uma forma de protesto como uma rebelião a todas as formas sejam elas funcionais ou não. Era uma tentativa de exprimir os sentimentos secretos daqueles que as criavam em uma “atmosfera literária místico-romântica”.