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Os Relacionamentos e Espetáculos da Internacionalização.

Por:   •  23/11/2016  •  Resenha  •  1.045 Palavras (5 Páginas)  •  247 Visualizações

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Relacionamentos e espetáculos da internacionalização.

A internacionalização da arquitetura foi um processo com uma grande variedade de manifestacoes, de publicações a exposições, de encontros informais a associações duradouras, seguindo o modelos das internacionais operárias ou das novas instituicoes do pós-guerra, como a Liga das Nações.

O cenário das revistas

As imagens fotográficas de novos edifícios e dos objetos que os inspiravam, como maquinas e obras de engenharia, forama largamente difundidas no periodo entreguerras. Tal disseminação se iniciara ainda antes do fim da primeira guerra mundial, com a revista De Stijl, e prosseguiu ate ser interrompida pelas medidas autoritárias instituidas por soviéticos e nazistas, as quais se estenderam por boa parte da Europa apos 1940 devido a ocupação alemã.

Cidades-modelo e exposiçoes em escala real

Assim como as revistas, nas quais as ilustrações ganhavam importância cada vez maior, as mostras também eram essenciais para a difusão das formas novas. As exposições universais oficiais, nos moldes do seculo XIX, dependiam de promotores, patrocinadores e patronos, o que reduzia as oportunidades para nelas se apresentar ideias inovadoras. Todavia, esses eventos não eram desprovidos de pavilhões que chamavam a atenção e tinham um impacto significativo na percepção da arquitetura moderna por parte do público.

 Entre os melhores exemplos estão as contribuições de LE Corbusier nas exposições de Paris 1925 e 1937, sobretudo o seu Pavilhao Temps Nouveaux, de 1937; os projetos de Mies van der Rohe para as exposições de Barcelona, em 1929, e a exposição da Construção de Berlim, em 1931; os pavilhões da Tchecolosváquia e do Japão na exposição de Paris em 1937; e os do Brasil, de Lucio Costa e Oscar Niemeyer, e da Finlândia, de Alvar Aalto, na Feira de Nova York, em 1939.

Alem das exposições em escala natural e ao ar livre, as mostras comerciais e industriais também exibiam ideias novas, e a arquitetura moderna tambem ganha espaço nos museus.

Os congressos Internacionais de Arquitetura Moderna (CIAM)

Após o sucesso da exposição do Weissenhof, em 1927, não chegou a compensar o fracasso dos projetos modernos submetidos no concurso realizado no mesmo ano para a sede da Liga das Nações.

Le Corbusier e Gropius, após os insucessos do movimento que criaram nos concursos internacionais, sobretudo aquele da Sociedade das Nações, em Genebra, 1927, sentiram a necessidade de um fórum internacional de debates que os fortalecesse pela união. De 1928 a 1956, o congresso se reuniu por dez vezes, tratando de temas como o habitat mínimo, o edifício racional, a cidade funcional, a habitação coletiva, o núcleo da cidade.

Fundados em 1928 na Suíça, os CIAM foram responsáveis pela definição daquilo que costuma ser chamado international style: introduziram e ajudaram a difundir uma arquitetura considerada limpa, sintética, funcional e racional.

Os participantes dessa primeira reunião adotaram uma declaração conjunta na qual afirmam a “unidade de pontos de vistas sobre as concepções fundamentais da arquitetura e sobre suas obrigações profissionais” e ressaltam que “o urbanismo não poderia mais estar exclusivamente subordinado ás regras de um esteticismo gratuito. Por sua essência, ele é de orem funcional.”

O segundo congresso foi em Frankfurt em 1929, para discutir sobre o Existenziminimum- o minimo para a existência, ou seja, a moradia de subsistência e, portanto, habitações econômicas e compactas.

O Terceiro congresso, em Bruxelas em 1930, encaminhou uma abordagem sobre o tema do “loteamento racional”. Uma abordagem cientifica da forma urbana, com foco na higiene e produção em massa. Discutindo o desenvolvimento racional do lote (Rational Lot Development).

O quarto CIAM, dedicado para a cidade funcional, pretendia analisar os princípios envolvidos na expansão e renovação urbana. Foi realizado em 1933 em Atenas, prevaleceu o critério de Le Corbusier e dos arquitetos franceses, e não o realismo alemão. Consistiu em uma análise de 33 cidades para propor que seus problemas sociais poderiam ser resolvidos pela segregação estritamente funcional, bem como a distribuição da população em prédios altos em intervalos espaçados com cinturões verdes que separam cada zona da cidade.

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