Marketing De Relacionamento
Ensaios: Marketing De Relacionamento. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: carlosec • 28/4/2013 • 6.236 Palavras (25 Páginas) • 886 Visualizações
V I I S E M E A D E S T U D O D E C A S O
M A R K E T I N G
MARKETING DE RELACIONAMENTO: REFLEXÕES A PARTIR DA
EXPERIÊNCIA DE GESTÃO NO CONTEXTO DE MICRO E PEQUENAS
EMPRESAS
Mario Nei Pacanhan – Doutorando FEA/USP - Docente da FACCAR e Faculdades
Metropolitana Londrina Pr marionei@usp.br
Cláudio Luiz Chiusoli – Doutorando FEA/USP – Docente da FIAP – SP e Faculdades
Metropolitana Londrina Pr chiusoli@usp.br
Luciane Maria Stahl - Mestranda em Administração do PPA - UEM / UEL
lucianestahl@sercomtel.com.br
Henrique Akira Hartori Graduado em Administração pela UEL
Henrique_akira@yahoo.com.br
RESUMO:
A busca de diferenciais competitivos tem levado grandes corporações a estreitarem seus
relacionamentos com os clientes, de modo a personalizar cada atendimento, atitude essa
comum nas pequenas empresas varejistas, que conhecem cada particularidade de seus
clientes. Apesar deste relacionamento próximo entre empresa-cliente, os pequenos
comerciantes não possuem a consciência de que estão desenvolvendo marketing de
relacionamento. Essa atitude intuitiva não permite que elas desenvolvam qualquer
planejamento, não sendo capazes de perceber claramente as vantagens dos processos de
relacionamento e fidelização. Através do estudo de caso de uma empresa do segmento
alimentício de uma cidade de médio porte, buscou-se estabelecer alguns princípios para a
utilização das teorias de Nickels e Wood (2001), Kotler (1998) e McKenna (1993), de modo a
adaptá-las ao contexto vivido pelas pequenas organizações, levando-as assim, a refletirem
sobre suas políticas de gerenciamento de clientes.
Marketing de relacionamento: reflexões á partir da experiência de gestão no contexto de
micro e pequenas empresas
INTRODUÇÃO
As pequenas empresas – de todos os setores econômicos – têm buscado
encontrar alternativas estratégicas para enfrentar a concorrência dos grandes grupos varejistas
nacionais e internacionais que estão em amplo processo de expansão. Políticas de redução de
custos, ampliação do mix de produtos e serviços (MENEZES; ANGELO, 1999),
desenvolvimento de marcas próprias (OSTWALD, 2001) e alianças estratégicas
(PACANHAN, 2002) são algumas das alternativas que estão sendo adotadas pelos pequenos
empresários para enfrentar um cenário cada vez mais competitivo.A necessidade crescente de
buscar e, acima de tudo, manter clientes tem despertado grande interesse da comunidade
científica surgindo como um outro caminho para se adquirir vantagem competitiva, ou seja,
através do marketing de relacionamento. Estudos recentes como os de Peppers e Rogers
(1994), Nickels e Wood, (2000), McKenna (1998) focalizam essencialmente a realidade
norte-americana, suas particularidades e especialmente o contexto das grandes organizações.
O marketing transacional (NICKELS; WOOD, 2000), que aborda cada venda como uma nova
operação para um novo cliente, mesmo que um só cliente efetue compras repetidamente, era
até a década de 1990 a visão mais comum para as grandes redes varejistas. Hoje essas
empresas já conseguem manter certo tipo de controle sobre a relação de venda/cliente, através
de centrais informatizadas, cartões de crédito, sistema bancário ou através dos softwares de
CRM. Este último provê além de dados numéricos de compras por cliente, informações como
produtos mais consumidos, relação de venda entre produtos e sistema de pagamento. A
contribuição tecnológica foi fundamental para o desenvolvimento de programas de
relacionamento para as grandes empresas. No entanto, pouco se fala das empresas que
realmente exploram o marketing de relacionamento e seus benefícios no seu dia-a-dia, muitas
vezes sem saber que o fazem e que o faz a muito mais tempo: o pequeno varejista. O pequeno
varejista nacional desempenha papel essencial na cadeia de distribuição das grandes
organizações, uma vez que se responsabiliza por interiorizar os produtos aos mais particulares
dos mercados. Embora haja consciência dessa importância, os estudos dedicados à realidade
da pequena empresa e as especificidades de sua sustentação ainda são insuficientes. Por serem
de pequeno porte, têm suas atividades restritas às pequenas zonas de influencia onde estão
localizadas, o que possibilita ao empresário conhecer as necessidades de seus clientes e,
principalmente, desenvolver um relacionamento direto com seu público-alvo, criando uma
relação que vai muito além da simples troca de produtos.
METODOLOGIA
O presente estudo, utilizando-se a taxionomia de Vergara (2000, p. 47) se caracteriza como
um estudo exploratório, haja vista que os estudos que enfocam o marketing
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