PAISAGISMO BURLE MARX
Por: arquitetobh • 9/3/2016 • Resenha • 566 Palavras (3 Páginas) • 1.071 Visualizações
PAISAGISMO
BURLE MARX
O texto da equipe de Departamento de Arquitetura da Universidade Federal de Pernambuco desenvolve um estudo de caso da Praça Euclides da Cunha projetada pelo paisagista moderno Burle Marx.
Os primeiros jardins surgiram em locais privados, em monastérios, conventos, palácios, com fins contemplativos, os mesmos foram expressões do homem com a natureza. Durante o desenvolvimento dos jardins em meados do século XX, os mesmos passaram a serem chamados de parques e serem públicos. Porém com a explosão urbana das metrópoles brasileiras em 1970, além da expansão do sistema viário e o adensamento construtivo, os espaços vegetados apesar da necessidade do homem de observar a natureza afim de contemplar a mesma, foram deixados de lado, afinal a necessidade do homem de desenvolver era mais importante que o bem-estar do mesmo.
Já na década de 80 as alterações do meio ambiente apontavam preocupações com a conservação urbana e a sustentabilidade das cidades. A carta de Veneza de 1964, elaborada pela UNESCO ressaltava a importância dos princípios ecológicos, os mesmos foram reconhecidos e reafirmados pela Carta de Florença de 1981. Os jardins históricos eram considerados como aqueles que possuíam alguma importância estética, a Carta de Florença ressalta a vegetação como principal elemento da composição paisagística, caracterizada por um monumento vivo, uma produção arquitetônica e cultural, produções que são um marco na paisagem. A mesma definia parâmetros mais rígidos de preservação das praças, como a criação de um inventário e tombamento de todo entorno, o que caracteriza a praça, como acontece na Praça da Liberdade, uma praça cívica atribuída pelas edificações do governo que circundam a mesma.
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Imagem retirada: https://silhuetarquitetonica.wordpress.com/2009/09/18/comecando/x/
Apesar de muito criticada a praça Euclides da Cunha surgiu de um projeto inovador, já que Burle Marx, baseou seu projeto na própria cultura do sertanejo privilegiando espécies da caatinga.
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Imagem retirada: http://nepaflorufla.blogspot.com.br/2015/10/burle-marx-e-algumas-pracas-de-recife.html
Influenciado pelos paisagistas ingleses e franceses, Burle Marx traduz o suas inspirações para a paisagem brasileira, criando modernos jardins, aplicando os fundamentos da composição plástica de acordo com o sentimento estético do momento. Sua consciência da ecologia é vital para atender às exigências naturais da civilização em que se inclui.
Um dos seus primeiros projetos foi em Recife, a Praça Euclides foi uma manifestação cultural, que traduz a cultura, a historia do povo paraibano e o drama da paisagem da caatinga, porém nao foi vista com pelos olhos pela população. Burle Marx nao foi compreendido.
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Imagem retirada: http://4.bp.blogspot.com/_fUDAMUBPYVU/RwKDOruZRuI/AAAAAAAAADI/mrb9GnbUPuw/s320/Pça+Euclides+da+Cunha+ou+Cactário+da+Madalena+1935.jpg
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Com o tempo e a falta de manutenção adequada a Praça Euclides da Cunha foi perdendo a sua característica, a vegetação das cactáceas foi aos poucos desaparecendo fazendo surgir espontaneamente mangueira, oiti, azeitona e acácia. O intenso intenso fluxo de veículos no entorno da praça, a utilização irregular da mesma como estacionamento e a falta de escoamento da agua da chuva, o que acarretou no encharcamento da vegetação da caatinga foram um dos motivos que fazem hoje uma praça bem diferente da projetada por Burle Marx.
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