PATRIMÔNIO HISTÓRICO E TENDÊNCIAS CONTEMPORÂNEAS

1 PATRIMÔNIO HISTÓRICO E TENDÊNCIAS CONTEMPORÂNEAS

O vasto campo sobre o patrimônio histórico, artístico e cultural é muito extenso e abrangente, onde é necessário fazermos um estudo de seus aspectos temáticos, ou seja, conhecer a fundo a edificação para poder ter um ponto de vista mais crítico a respeito do monumento. As questões que devem ser levantadas são a respeito de como será possível promover uma relação entre o monumento criado em séculos passados e suas mudanças acrescentadas ao mesmo na atualidade.

A Carta de Veneza criada em 1964, é o documento com mais influência na atualidade ao se tratar dos monumentos históricos, sua criação teve principal influencia os princípios do restauro crítico, onde o valor artístico de uma obra se sobrepõe ao seu valor histórico.

1.1 A Conferência de Atenas (1931)

Durante o século XX, a problemática da conservação e do restauro foram mais amplamente abordadas, graças ao 1º Congresso Internacional de Arquitetos e Técnicos de Monumentos Históricos, idealizado pelo Escritório Internacional de Museus da Sociedade das Nações, em Atenas no ano de 1931. O evento que consolidou os princípios e as doutrinas em relação à preservação patrimonial, e nele foi implantado a ideia de “restauro estilístico” como uma abordagem possível no século XX, em favor do respeito à obra histórica e artística do passado, sem prejudicar o estilo de nenhuma época. O resultado desse evento foi a elaboração da chamada Carta de Atenas de 1931, sendo a primeira das Cartas Patrimoniais criadas.

A Carta de Atenas

A UNESCO e seus organismos.

Em 1972 com o surgimento da Convenção para a Proteção do Patrimônio Mundial, Cultural e Natural, houve a divisão de 3 categorias consideradas patrimônio cultural, termo esse adotado a partir da criação desta convenção: Os monumentos, os conjuntos e os locais de interesse. Os monumentos referem-se às obras arquitetônicas, de escultura ou de pintura monumentais; os conjuntos tratam-se de grupos de construções isoladas ou reunidos têm valor universal excepcional do ponto de vista da história, da arte ou da ciência e os locais de interesse são obras do homem, ou obras conjugadas do homem e da natureza com um valor universal excepcional do ponto de vista histórico, estético, etnológico ou antropológico. Alguns sítios por terem valores de interesse estético, científico ou conservativo também foram atribuídos ao patamar patrimônio culturais.

Porém não se pode nomear tudo que remete a cultura de um povo como patrimônios culturais, os mesmos devem ter um reconhecimento como patrimônio oficial, um exemplo disso são os locais que tem apoio do Estado por terem algum prestígio por ter caráter excepcional interesse e de necessária salvaguarda.

A cultura de um povo não se resume somente as suas obras e paisagens naturais, mas também danças, os rituais, o folclore, etc., ou seja, legados passados de geração a geração. Este é reconhecido como Patrimônio Imaterial, para preservar tais culturas a UNESCO fez a Recomendação sobre a salvaguarda da cultura tradicional e popular, de 1989.

Em 2003 houve a chamada Convenção para Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial,