Planejamento Estratégico na Política Pública de Assistência Estudantil
Por: ericapereira21 • 4/10/2018 • Relatório de pesquisa • 872 Palavras (4 Páginas) • 272 Visualizações
Planejamento Estratégico na Política Pública de Assistência Estudantil: uma análise de cenário na
Universidade Federal de Alagoas (UFAL) como suporte para execução do Plano Nacional de Assistência Estudantil
GILMAR SARMENTO DA SILVA JUNIOR
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS (UFAL)
junior.sarmento@gmail.com
Introdução
Com a implementação do Plano Nacional da Educação (PNE), o governo federal tentou dirimir problemas ligados à educação superior no Brasil, como: expansão, qualidade e democratização. Reverter o quadro no qual o acesso à universidade é uma opção reservada às elites, foi por muito tempo, o maior dos desafios a serem ultrapassados. Como ações efetivas, têm-se a interiorização das IFES que geram mudanças drásticas na dinâmica dos municípios e regiões próximas, catalisando o desenvolvimento humano local a partir da formação acadêmica e profissional dos próprios habitantes que não têm condições de deslocamento para outras regiões (PACHECO, 2014). Somente no Nordeste, o crescimento de ingressos nas universidades chegou a 94% (INEP/MEC, 2015). Esse dado revela os esforços realizados na tentativa de diminuir a lacuna existente no acesso ao ensino superior.
Contudo, o avanço das políticas de acesso à classes historicamente desfavorecidas trazem consigo problemas que são reflexos de uma sociedade desequilibrada quanto aos aspectos socioeconômicos. O novo perfil do estudante universitário brasileiro demanda uma atenção especial das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) que executam o Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES), que tem como finalidade ampliar as condições de permanência dos jovens na educação superior pública federal (decreto 7.234/2010).
Diante desses aspectos, as Pro - Reitorias Estudantis das respectivas IFES se deparam com prioridades estratégicas na assistência estudantil que outrora, praticamente, não existiam (FONAPRACE, 2010). Esse aumento exponencial da demanda e a falta de planejamento de prioridades acarretou problemas na operacionalização das ações (LEITE, 2015).
A administração estratégica consiste em planos da alta administração repassados ao longo de uma cadeia hierárquica bem definida para alcançar resultados consistentes tendo em vista a missão, visão, propósitos, cenários, postura estratégica, macro estratégia/macro políticas, objetivos gerais, metas e plano de ação (OLIVEIRA, 2013; WRIGHT; KROLL; PARNELL, 2009; PORTER, 2004; MINTZBERG, 2007).
Porter (2004) destaca que os cenários constituem importante ferramenta para considerar o campo estratégico, diretrizes e postura organizacional. Já Mintzberg (2007) comenta que estratégia é uma posição entre organização e ambiente, ou seja, entre o contexto interno e externo. De forma complementar, Wright, Kroll e Parnell (2009) elencam uma série de passos em que alta administração deve realizar para uma adequada administração estratégica.
Contextualização do Problema:
A partir das reivindicações da comunidade acadêmica, mais intensamente por parte dos discentes, observou a necessidade de uma oferta de maior expressividade, capilaridade e qualidade nos seus serviços quanto unidade executora das políticas públicas estudantis (SANTOS, 2016). Assim como o atendimento legal do PNAES que exige uma avaliação efetiva quanto a ampliação da permanência e ao sucesso acadêmico de estudantes em condição de vulnerabilidade social e econômica na instituição (Decreto 7.416/2010).
Dessa forma, entende-se que a melhoria dos processos gerenciais e operacionais da PROEST é uma preocupação e anseio da administração da própria instituição. E, devido ao aumento significativo da demanda - que vem crescendo a cada ano - e a estagnação do montante de recursos repassados para execução do PNAES, o planejamento dos programas e ações desenvolvidos pela PROEST tornam-se ainda mais indispensáveis a fim de que seja beneficiado o maior número possível de alunos sem perder de vista a sustentabilidade financeira.
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