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RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL:DESTINO E REAPROVEITAMENTO

Por:   •  12/5/2015  •  Artigo  •  4.305 Palavras (18 Páginas)  •  258 Visualizações

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RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL:DESTINO E REAPROVEITAMENTO[1]

Daniel Neves Marcos[2]∗∗

RESUMO

Para a elaboração deste artigo, procedeu-se a uma pesquisa bibliográfica. O artigo científico abaixo trata do destino e reaproveitamento dos resíduos sólidos gerados pela construção civil. O Brasil enfrenta um grande desafio neste setor que é manter o nível de crescimento desta atividade e sua alta produção sem agredir ou degradar o meio ambiente.

Com o conjunto de leis, as políticas públicas e as normas técnicas fundamentais na gestão dos resíduos da construção civil, o poder público junto com as construtoras devem adotar a prática da reciclagem dos resíduos das construções, uma vez que essa é a solução mais favorável para a redução dos impactos ambientais.

Este artigo tem como objetivo apresentar, por meio de pesquisa teórica, um relato sobre os resíduos da construção civil no Brasil; Leis e Normas que regem em nosso país; como reaproveitar e reciclar os resíduos sólidos da construção civil e a gestão sobre os RCC, caminhado para uma construção sustentável.

Palavras-chave: Resíduos. Construção Civil. Meio Ambiente. Reciclagem. Reaproveitamento.

THE CONSTRUCTION WASTE: FATE AND REUSE

ABSTRACT

A literature research was made in order to prepare this article  The scientific article below deals with the destiny and recycling of solid waste generated by construction. Brazil faces a big challenge in this sector if it is to maintain the level of growth of this activity and its high production level without damaging or degrading the environment.

 With the set of laws, public policies and fundamental technical standards

in the management of construction waste  the government, along with  builders, should adopt the practice of waste recycling from construction sites since this is the most favorable solution for reducing environmental impacts.

This article aims to show, through theoretical research, an account of the construction waste in Brazil; Laws and Regulations governing  our country as reuse and recycle solid waste from construction and management of MCW  walked towards sustainable construction.

Keywords: Waste. Construction. Environment. Recycling. Reuse.

1. INTRODUÇÃO

Atualmente a construção civil é reconhecida como uma das atividades mais importante no setor econômico brasileiro e também é apontada como grande geradora de impactos ambientais, pelo seu intenso consumo de recursos naturais e pela grande quantidade de resíduos produzidos, sendo responsável pela modificação da paisagem.

Uma pergunta vem como um grande desafio, como conciliar uma atividade produtiva da construção civil de modo que esse desenvolvimento seja conscientemente sustentável causando o mínimo de agressão ao meio ambiente? Motivados a perguntas como essa, que leis, políticas públicas e normas técnicas na gestão dos resíduos da construção civil foram e ainda são elaboradas.

Embora, mesmo com esses conjuntos de leis a prática não é satisfatória. Uma questão bastante complexa, requer grandes mudanças culturais e ampla conscientização.

Conforme SINDUSCON-FPOLIS (2011), estudos apontam que o desperdício na construção civil pode chegar a 50%. A construção civil é responsável por cerca de 35% da extração de matéria-prima da natureza e aproximadamente 40% de todo o lixo urbano produzido diariamente é proveniente da construção civil. Em alguns países europeus já se utiliza cerca de 95% de agregados reciclados nas construções. No Brasil este valor ainda não chegou aos 5%.

2. RESÍDUOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL E SUAS CLASSES

“Apenas quando o nível de degradação ambiental atingiu proporções alarmantes o homem tomou consciência da necessidade de preservação das condições ambientais do nosso planeta.” (FREIRE, 2000, p. 13).

Os resíduos originados da construção civil tornam-se um problema para a população quando o descarte é feito de forma incorreta, despejados em terrenos baldios, em áreas de preservação permanente e em vias públicas.

Apesar de todos os canais de informações e leis já aprovadas referente aos resíduos gerados na construção civil, convivemos no país com irregularidades quanto aos descartes e a não valorização de produtos reciclados ou reutilizados.

A construção civil é o setor de produção responsável pela transformação do ambiente natural em meio construído, adequado ao desenvolvimento das mais diversas atividades. Essa cadeia produtiva é uma das maiores da economia e, conseqüentemente, possui enorme impacto ambiental. (JOHN, 2000).

Assegura o Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA – (2002) onde, determina que o gerador do resíduo deva garantir o acondicionamento dos mesmos até a etapa de transporte, avalizando a reutilização ou reciclagem, que deverá proceder corretamente desde a fonte geradora até as áreas de destinação.

Conforme TOSETTO (2011), tanto o uso de materiais convencionais ou reciclados na construção civil, dever estar submetidos as normas técnicas brasileiras e ao controle de qualidade de órgão como Inmetro, tendo assim a mesma qualidade e um custo mais baixo.

De acordo a resolução 307 do CONAMA, que define critérios, procedimentos e diretrizes para a gestão dos resíduos da construção civil, "os resíduos da construção civil são os provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obra de construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso. telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica, etc., comumente chamado de entulhos de obras, caliças ou metralha".

2.1. CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS

Segundo as Resoluções 307, 348 e 431 propostas pelo CONAMA, os resíduos são classificados da seguinte forma:

I - Classe A - são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como:

a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infra-estrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem; b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento, etc.,), argamassa e concreto. c) de processo de fabricação e/ou demolição de pecas pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meio-fios, etc.,) produzidas nos canteiros de obras;

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