Resenha Românico o ornamento e o purismo geometrico

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RESENHA:

ROMÂNICO: O ORNAMENTO E O PURISMO GEOMÉTRICO

ROMÂNICO: O ORNAMENTO E O PURISMO GEOMÉTRICO

Após a queda do Império Romano surgem inúmeras variações nas construções em toda a região, o que torna difícil a classificação do românico como um estilo.

O Românico tem sua maior expressão nas construções religiosas, com uma forte identidade volumétrica nas suas edificações, geralmente são associações de volumes de diferentes alturas com bases geométricas simples como quadrados, retângulos, círculos, semicírculos e octógonos. A alvenaria de pedras é frequente e os volumes possuem poucas aberturas. Estes volumes de tão marcantes, deixam a decoração em segundo plano. Exceção a este modelo é a arquitetura românica italiana.

No estilo românico os ornamentos não fazem parte da definição do edifício, como no estilo greco-romano, as proporções entre as partes perde a importância, contudo ornamentos de inspiração clássica continuam a ser utilizados, mas de forma isolada. As colunas e capiteis, por exemplo, quando no interior tem a função estrutural de aumentar os espaços enquanto que no exterior possuem uma função mais decorativa. Enquanto que na arquitetura romana todas as colunas parecem ter uma função estrutural mesmo que isto não seja necessário, na arquitetura românica as colunas perdem as noções clássicas de proporções, resultando em colunas com pequenos diâmetros e grandes alturas, não aparentando corresponder a sua função de sustentação e apoio, nestes casos as paredes são responsáveis pela sustentação da estrutura. E comum colunas com função estrutural sem decoração no capitel, enquanto que colunas com função mais decorativa apresentam um forte ornamento que pode variar na mesma sequencia. Neste período as colunas tem uma grande importância na decoração o que resulta em uma grande variedade das mesmas.

No estilo românico italiano temos uma volumetria mais simples, com o caráter maciço suavizado pelo ornamento com duas ou mais cores ou pela utilização e de colunetas e arcos sem função estrutural.

GÓTICO: O ORNAMENTO COMO ELEMENTO DE COMUNICAÇÃO

No período gótico os edifícios religiosos continuam a ser preponderantes quanto à expressividade apesar de termos também prédio civil e militar.

A arte gótica nasce com a ascensão das cidades, possui um sofisticado esquema estrutural aliada à verticalidade das construções. O ornamento aparece com papel de destaque, tem uma função de comunicação. Especialmente as fachadas tem um caráter iconológico, com as imagens e símbolos divulgando os princípios religiosos.

Na arquitetura gótica a composição é feita, em grande parte a partir da distribuição de elementos estruturais (ou alusão à função) os quais estabelecem a escala e modulação. Conjuntos de frisos e molduras compartimentam as superfícies (modenatura). O sistema de proporções gótico é baseado no triangulo equilátero, a distribuição da ornamentação pelas superfícies cria uma textura e relevo suavizando o peso dos volumes, fazendo destes integrados ao edifício.

Com a adoção do arcobotante como solução estrutural, a arquitetura gótica consegue abandonar as pesadas paredes românicas e podendo realizar aberturas como janelas arcadas e vitrais.