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Resenha Urbanismo Progressista e Culturalista

Por:   •  8/11/2016  •  Resenha  •  566 Palavras (3 Páginas)  •  1.750 Visualizações

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         Após a revolução industrial ocorreu uma segregação dentro da cidade. As pessoas se mudaram dos campos para os bairros populosos. Com o grande aumento da população urbana, surgiram os cortiços, com áreas insalubres, falta de higiene, aglomerações, doenças, e muitos outros problemas que trazem uma péssima qualidade de vida para os habitantes. É neste momento, que surge a necessidade de aplicar o urbanismo nas cidades industriais.

    Os bairros indústrias foram separados dos bairros residenciais e foram ramificados os meios de comunicações e transporte. Porém, a degradação social aumentava com o passar do tempo.

    Alguns pensadores humanitários; homens da Igreja, higienistas, dirigentes municipais e principalmente médicos; publicam uma série de artigos denunciando a deterioração física e moral em que se vive o proletário. Após estas indagações, foram criadas legislações do trabalho e habitação.

       Eles faziam críticas à higiene física e moral das cidades, os lixões fétidos amontoados, a ausência de jardins nos bairros públicos, a segregação e monotonia das construções, a longa distância da habitação até o emprego na cidade.

      Foi definido então, os modelos urbanísticos para entrar em uma ordem: o modelo progressista e o modelo culturalista.

Começando com o modelo progressista, podemos dizer que ele visa adaptar o ambiente aos desejos e necessidades dos homens, criar uma construção apropriada para sua natureza.

    Critica o indivíduo "alienado" e propõem um homem consumado, um homem tipo, independente do lugar ou tempo em questão.

Suas idéias traziam bastante verde, ar, luz e água, distribuídos igualmente a todos. O princípio do progresso social é o visuísmo, porém, deve haver uma coincidência entre beleza e lógica. Ela recusa qualquer herança do passado. Aderindo à arranjos novos, racionais e simples.  A ideia dos progressistas era criar um modelo que fosse suscetível de aplicar-se a qualquer população, em qualquer época e quem qualquer lugar. Em seus projetos, a cidade deveria ser setorizada, ou seja, um lugar específico para industrias, outro para moradia, comercio, produção agricola...

O segundo modelo, é o culturalista. O foco agora não era mais o indivíduo, e sim o grupamento humano, a 'bela totalidade perdida'. Observamos que as necessidades materiais desaparecem diante das espirituais, as modalidades urbanas são menos rigorosas. Este modelo, oposto do primeiro, da importância para o orgânico. Além disso, remete a nostalgia da arquitetura antiga, medieval. Este modelo não enxerga o humano como um homem-tipo, mas o humano com diferentes necessidades. Não tem a intenção de fazer da cidade uma área de progresso para industrialização, mas sim, para a cultura.

    Os modelos propostos pelos intelectuais são de dificil aplicação. A rigidez dos projetos com todos os seus detalhes específicos e precisos não deixam espaço para mudanças e adaptações. Os modelos são rígidos, chegam a especificar quantidade de pessoas por quadra e distancia das edificações.

        Essas divisões por setorização, faz lembrar Brasília. Uma cidade planejada e setorizada. Isso causa grandes transtornos pra população, pois a locomoção de um extremo ao outro da cidade se torna difícil. Os meios de transporte não acompanharam a velocidade de crescimento da cidade. Isso causa congestionamentos, ocasionando em perda de muito tempo no percurso.

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