Responsabilidade Social e sua compreensão

Responsabilidade Social e sua compreensão

Júnior, Wolney de Azevedo Perrucho. “Ética, cidadania e responsabilidade social: conceitos imbricados”; MAIÊUTICA DIGITAL Revista de Filosofia e Ciências Afins, Volume 2/3 – Setembro 2006 / Abril 2007, ISSN 1981-0229. Publicada pela Faculdade Batista Brasileira.

O artigo “Ética, cidadania e responsabilidade social: conceitos imbricados” de autoria do Juiz de Direito, Professor Universitário, Especialista em Metodologia do Ensino Superior e Mestre em Desenvolvimento Humano e Responsabilidade Social, Wolney de Azevedo Perrucho Júnior, foi publicado no MAIÊUTICA DIGITAL Revista de Filosofia e Ciências Afins, Volume 2/3 – Setembro 2006 / Abril 2007, ISSN 1981-0229, da Faculdade Batista Brasileira. O foco do autor ao elaborar o artigo em análise foi relacionar os conceitos de ética, cidadania e responsabilidade social e contrastar esses conceitos com situações possivelmente reais. Para isso, o autor procura definir melhor o conceito de ética, de cidadania e de responsabilidade social, mostrando principalmente o papel político das organizações que se dispõe a assumir uma identidade socialmente responsável.

Ao definir Ética, o autor compara os conceitos de moral e ética, para, assim, esclarecer suas diferenças e aplicações. Apoiando-se no entendimento de Aristóteles de que a ética esta centrada na noção de bem e que o homem existe para ser feliz, e que esta felicidade esta relacionada a uma existência com dignidade, o autor conclui que “ser ético é ver o outro como um seu igual; é ser solidário, no sentido de trabalhar para a minimização, pelo menos, das diferenças sociais; é ser cidadão”.

Ao definir cidadania, se apoia na ótica de Marshall ao defender a necessidade do cidadão de possuir as três categorias de direito, civis, políticos e sociais. Assim, para ser um cidadão pleno precisa-se da plenitude dos direitos civis, políticos e sociais, ser ético e socialmente responsável.

Definindo responsabilidade social, contrasta a mesma de investimento social e de filantropia e por focar na aplicação de responsabilidade social nas organizações, logo a define como o modo de gestão ética das organizações, que ao lado de sua atividade fim, age no sentido da inclusão de todo o seu público interno como indivíduos que exercem plenamente a sua cidadania e, partindo daí, leva a cidadania para fora de seus muros.

A partir destes conceitos, explana o papel político das organizações socialmente responsáveis. Atendendo aos conceitos expostos, o autor defende que não é socialmente responsável uma organização que atenta a agir apenas ao público externo, os clientes, visando usar o selo da responsabilidade social apenas como propaganda, sem exercer realmente seu papel social, ainda mais ao entender que o Estado brasileiro tem falhado em garantir a cidadania plena a todo brasileiro. Assim entende que não cabe as organizações apenas apontar as falhas, mas contribuir para a diminuição das desigualdades sociais.

Ao falar de desigualdade social, aponta principalmente ao fato de q grande parte dos trabalhadores brasileiros são analfabetos, incluindo os analfabetos funcionais. Assim cabe as organizações que se dizem socialmente responsáveis ajudar aos seus colaboradores com políticas sociais eficazes.

Finalmente o autor conclui que pela imbricação dos conceitos de ética, cidadania e responsabilidade social, só