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Resumo: Arquitetura Do Açúcar

Por:   •  26/10/2022  •  Resenha  •  1.025 Palavras (5 Páginas)  •  161 Visualizações

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Resumo: Arquitetura Do Açúcar

A produção do açúcar de cana foi a mais forte razão para a ocupação do Brasil, recém-descoberto. De certa forma, frustrados por não terem nele encontrado os metais preciosos. Os portugueses decidiram produzir em terras brasileiras o açúcar, então considerado uma especiaria que alcançava altos preços no mercado europeu. A região nordestina foi a mais propícia para a cultura da cana-de-açúcar.

A arquitetura do açúcar pode ser entendida como a dos edifícios que compunham as unidades produtivas, a saber, os engenhos, até o século XIX, e as usinas, a partir de fins desse mesmo século. Para a análise dessa arquitetura que se desenvolveu no Nordeste brasileiro, cuja ocupação se deveu, fundamentalmente, à cultura da cana e à produção do açúcar, a iconografia holandesa constituiu-se em um valioso auxílio.

Com a Abertura dos Portos, em 1808, a Colônia se revela para a curiosidade dos viajantes e residentes estrangeiros, aos quais se deve precisas descrições contemporâneas que, devido ao lento ritmo de desenvolvimento da antiga Colônia, podem estar se referindo a tipos arquitetônicos existentes desde o século XVIII.

As cidades que os portugueses fundaram, no período colonial, nas regiões produtoras de açúcar, não diferem muito daquelas erguidas por eles em outras regiões do Brasil. Os edifícios administrativos e os religiosos eram os marcos definidores do desenho urbano. As ruas que surgiam não acompanhavam as curvas de nível do terreno e as ladeiras eram muito comuns. Esse processo de formação gerava ruas sinuosas, inclusive aquelas que mantiveram as suas denominações de rua Direita.

À exceção de Salvador, por sua condição de sede do Governo Geral, é possível concluir que todas as demais cidades fundadas em regiões açucareiras instaladas foram construídas sem grandes preocupações com a regularidade de seus planos; quando os havia.

No Brasil, no entanto, no século XVII, já existiam fazendas de plantação de cana, onde não se produzia açúcar porque os investimentos para a instalação de um engenho eram muito altos. Como decorrência, a quantidade e a diversidade de edifícios nessas fazendas eram bem menores do que nos engenhos.

Desde o século XVI e até o século XIX, conjuntos de edifícios dessa natureza foram instalados ao longo de quase todo o litoral brasileiro, concentrando-se nas regiões que hoje correspondem aos Estados de Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo.

A capela foi o edifício em que os senhores de engenho mais investiram, devido, provavelmente, ao seu valor simbólico; nela eles seriam enterrados, e nela os padres frequentemente convenciam os escravos a se conformar com os seus destinos e a amar os seus donos como se fossem seus benfeitores.

Na análise da arquitetura dos antigos engenhos, considera-se não somente a forma de cada edifício ao longo do tempo, como também, a sua disposição relativa ao conjunto edificado e a sua situação no espaço geográfico. O tipo de energia utilizada para mover as moendas determinou, em muitos casos, a escolha do sítio para a instalação dos primeiros engenhos.

Quatro tipos de energia foram empregados nos engenhos brasileiros: a humana, a eólica, em raríssimos casos, a hidráulica, e a animal. Os quadros pintados pelos holandeses no século XVII mostram somente engenhos movidos a roda d’água.

A prática generalizada de construir os edifícios separados uns dos outros favoreceu uma certa autonomia na escolha das técnicas e materiais empregados. Nos engenhos foram utilizados todos os sistemas construtivos conhecidos no período colonial e imperial.

A partir do século XVIII, principalmente na Bahia e em Pernambuco, surgiram casas-grandes conjugadas com capelas, costume frequente no norte de Portugal, no mesmo período. Seja qual for o modo de incorporação da capela pela casa-grande, o que chama a atenção, na maioria dessas moradias, é o acesso privativo dos membros da família do senhor de engenho aos ofícios religiosos.

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