Resumo - Casa das Rosas
Por: Andresa Waideman • 11/11/2017 • Resenha • 976 Palavras (4 Páginas) • 572 Visualizações
Casa das Rosas – Arq. Ramos de Azevedo
A Casa das Rosas foi idealizada no final da década de 20 pelo arquiteto Ramos de Azevedo, época em que a região da avenida Paulista era predominantemente ocupada por casarões dos barões do café, para residir sua filha Lúcia e o marido Ernesto Dias de Castro. O imóvel foi concluído em 1935 e habitado pelos herdeiros de Ramos de Azevedo até meados de 1980. Em 22 de outubro de 1985, a casa foi tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico e Turístico (Condephaat) e, em seguida, foi toda restaurada.
De estilo clássico francês, o casarão foi um dos últimos a ser erguido na avenida em questão, com 30 cômodos, jardins, quadra, edícula e pomar. De todo o material utilizado na obra, apenas tijolos e madeiras não foram importados. Os mármores das escadarias, as ferragens, os ladrilhos hidráulicos, os vidros e cristais, os canos condutores de água e as louças da cozinha e do banheiro foram todos trazidos da Europa.
Após ser reinaugurada em 1991, como um espaço cultural destinado a exposições e ações culturais, passou a chamar-se “Casa das Rosas”, em razão dos belos jardins rodeados de roseiras existentes no local. No fim de 2004, a mansão foi reaberta após passar quase dois anos fechada, com nova designação: Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura em homenagem ao poeta, Haroldo de Campos, que faleceu em 2003. A casa recebeu a doação do acervo completo do poeta, como as traduções do próprio Haroldo de obras em diversas línguas e, também, alguns objetos pessoais do mesmo.
Atualmente, o local se revela como um abrigo de toda manifestação poética e literária, que incentiva a leitura e a criação artística através de cursos, oficinas de criação e crítica literárias, palestras, etc., proporcionando aprendizado e aperfeiçoamento ao público que se interessa por literatura e poesia.
Biografia: Ramos de Azevedo
Francisco de Paula Ramos de Azevedo (1851 – 1928), o famoso arquiteto comumente conhecido como Ramos de Azevedo, nasceu na capital de São Paulo e tornou-se uma das maiores figuras da história da cidade. [pic 1]
Filho do Major João Martins de Azevedo e Ana Carolina Azevedo que, por sua vez, tratava-se de uma família rica de Campinas-SP, foi obrigado a estudar na escola de Artilharia Militar do Rio de Janeiro até que, após o fim da Guerra do Paraguai, Francisco abandona tal incumbência e decide mudar-se para a Bélgica para estudar na École Speciale du Génie Civil et des Arts et Manufactures da Universidade de Gante, onde se forma engenheiro-arquiteto, em 1878, com ótimas recomendações e condecorações, que revelam seu inconfundível talento.
Em seu retorno ao Brasil, o jovem engenheiro-arquiteto foi recebido pelo presidente da província de São Paulo, o Visconde de Parnaíba, que ofereceu a ele a chefia da Carteira Imobiliária do Banco da União, com o intuito bem-sucedido de realizar grandes mudanças na cidade de São Paulo, já que com isso, acabou surgindo um grande conjunto de projetos que acabaram revolucionando a história da capital.
Além de consagrado engenheiro, sua carreira profissional se estendeu ao campo da docência na Escola Politécnica de São Paulo, onde tornou-se professor, vice-diretor e diretor da instituição, cujos objetivos se baseavam em formar engenheiros aptos a contribuir com o progresso do país, fato que evidenciou um novo talento de Ramos de Azevedo, o de lecionar.
Em 1896, inaugura seu próprio escritório de engenharia e arquitetura, que com sua marca, passa a desenvolver diversos projetos para obras públicas, sendo alguns deles: a Secretaria da Agricultura em 1896, a Pinacoteca do Estado de São Paulo (1897-1900), o teatro municipal (1903-1911), o mercado municipal em 1933, entre outros. Mesmo com essa demanda de trabalho, que também reunia projetos de domicílios para os senhores do café, Ramos de Azevedo realizava viagens internacionais com o propósito de atualizar seus conhecimentos de engenheiro-arquiteto.
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