Resumo O que é Cidade
Por: biadebortoli • 31/8/2018 • Resenha • 569 Palavras (3 Páginas) • 259 Visualizações
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Universidade do Oeste de Santa Catarina – UNOESC
Curso: Arquitetura e Urbanismo
Componente Curricular: Teoria e História do Urbanismo
Professora: Tulainy Parisotto
Acadêmica: Bianca De Bortoli
RESUMO: O QUE É CIDADE
- O livro nos faz refletir sobre o que é cidade e a cidade capitalista, sua origem, transformação, movimentos internos, conflitos e contradições, definindo-a como um “ímã”, querendo dizer que ela cria um campo magnético que atrai, reúne e concentra os homens, significa vida coletiva;
- Através da arquitetura e urbanismo de cada cidade é possível ler suas histórias. A cidade de São Paulo é a que foi tomada como base para a percepção de sinônimos urbanos, tais como, ritmo acelerado e concentração intensa. Destaca-se também uma espécie de essência urbana em outros tempos e lugares, mas referenciando à hierarquização, ou seja, quando o contexto urbano passa a sobrepor o rural, deste modo urbaniza-se a sociedade, cria-se o mercado devido ao aglomero de população num espaço limitado;
- Só é possível a criação do mercado por conta da divisão do trabalho e da especialização de tarefas, gerando assim interdependência entre a cidade e o campo, onde a cidade passou a fazer o acabamento do trabalho que começou no campo, classificando-se como economia urbana. Foi aí, que nas primeiras cidades surgiu o poder feudal, onde pessoas que dominavam os diferentes tipos de produção tinham suas oficinas e conviviam com aprendizes, ensinando-os seus ofícios;
- Enquanto nos feudos o controle estava nas mãos dos senhores feudais, na vida urbana, nas cidades, o controle passou para a classe burguesa, senhores mercantis;
- Na Idade Média o local de trabalho e de moradia se misturavam, nas cidades contemporâneas isso mudou por conta do trabalho assalariado. A burguesia passou a homogeneizar determinadas áreas e segregar a população menos favorecida em outras, além de determinar funcionalidade para cada bairro, bairros para morar ou trabalhar; essa segregação socioespacial é sustentada por motivos econômicos e políticos;
- Assim, as habitações clandestinas, de ocupações ou invasões, até mesmo as favelas que fogem do padrão burguês de habitação, são percebidas como áreas inimigas do grande capital imobiliário, pois, desvalorizam a região, como também inimigas dos padrões de saúde. Para garantir o sossego da burguesia o Estado começa a implantar prisões, asilos e hospitais;
- Com o passar do tempo acontece também a destruição da oficina do mestre artesão e a emergência de um processo de parcelamento e seriação do trabalho, onde é necessário que cada membro produtor se responsabilize por uma parte do processo de produção. Porém é a partir dessa lógica o trabalhador passa a não ter domínio sobre o produto de seu trabalho, aliena-se e mecaniza-se, já o empregador passa a ter controle total sobre os trabalhadores;
- A industrialização é fruto da destruição de um modo de produzir cultural e que provocou um intenso fluxo migratório para as cidades, diferente da manufatura que era uma resistência às cidades, pois se produzia inclusive na zona rural;
- A perda de território acabou sendo um processo proposital no mundo industrial, afinal, como em uma produção em massa, tem-se a ideia de produzir pessoas padronizadas. Entretanto, no convívio urbano essa tentativa de homogeneidade funciona como um estopim para as tensões populares, que muitas vezes desmembram em conflitos violentos: criminalidade, saques, quebra-quebras, passeatas, essas ações são expressões claras da cidade dividida;
- Na cidade pós-industrial, o tempo e o espaço são remodelados, passou a não existir mais a necessidade de concentração, podendo estar dispersos pelo território, sistemas tecnológicos controlam as pessoas sem necessariamente aglomerá-las;
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