Ser ou não ser, eis a questão.
Por: natanaely • 5/3/2016 • Resenha • 410 Palavras (2 Páginas) • 790 Visualizações
Ser ou não ser, eis a questão.
Hamlet é uma das peças mais ilustre de Shakespeare, autor de grandes trabalhos, histórias incríveis, cenas inesquecíveis e de frases memoráveis. Sua famosa frase surge durante o desenvolvimento do personagem de Hamlet na peça “a trágica história de Hamlet, príncipe da Dinamarca”, quando conhecemos o enredo que envolve essa peça percebemos que a amplitude do dilema ser ou não ser vai além do que se possa imaginar. Muitas pessoas pensam que a indecisão do "Ser ou não ser" surge na cena em que Hamlet segura a caveira do falecido bobo da corte, contudo surge bem antes, quando Hamlet percebe que precisa tomar uma atitude em relação ao que o fantasma do pai havia lhe dito.
Tendo que se afastar de Ofélia, seu grande amor, Hamlet começa a pensar no preço muito alto que irá pagar por vingar a morte de seu pai. Shakespeare amplifica a dúvida do personagem em "Ser", pois o propósito seria vingar ou não vingar a morte do pai já que a atitude que ele tomasse iria intervir em quem ele "seria", isto é, caso ele vingasse a morte do pai, seria um assassino, caso ele não vingasse, seria um covarde. “O autor vai muito além, pois ele trata o “Ser ou não ser” como uma questão, a propósito, esta é a frase, Ser ou não ser, eis a questão”. Não apenas em quem vou Ser, mas a ideia é: posso ou não Ser. Ele trata a dúvida dentro da ideia de que "Ser" se tornou uma escolha.
Por isto ele amplificou o problema, porque agir ou não agir implica em pensar que serei assim ou serei de outra forma, mas Shakespeare pensa este diálogo no nível de que posso ser ou posso não ser. É uma escolha; para Hamlet "Ser" se tornou uma opção. Se entendermos a lógica podemos entender que antes de Hamlet saber a verdade sobre a morte do seu pai ele não podia escolher "Ser", agora podia. Shakespeare construiu a história de Hamlet tentando demonstrar que "Ser" passa a ser uma opção a partir do momento em que soubermos a verdade sobre o mundo, a verdade sobre as pessoas que nos cercam, e a verdade sobre nós mesmos. A morte de Hamlet no final da peça pode ser um indicativo de que ao se descobrir, e a partir do momento em que "Ser" se torna uma opção, nasce um novo homem, e por tanto o velho tem que morrer.
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