SÍNTESE ANALÍTICA DO LIVRO PAISAGEM URBANA DE GORDON CULLEN

SÍNTESE ANALÍTICA DO LIVRO PAISAGEM URBANA DE GORDON CULLEN

1 INTRODUÇÃO

É de nosso conhecimento o fato de que em nossa sociedade atual, de maneira geral, as pessoas dão preferência à viver em comunidades urbanas, muito mais do que em localidades menos desenvolvidas, por assim dizer. Se nosso debate fosse sobre arquitetura, poderíamos dizer que uma casa afastada de tudo pode ou não ser uma obra arquitetônica, entretanto, não é este nosso objetivo de discussão. Segundo Gordon Cullen, no livro Paisagem Urbana, as sensações e a construção emocional e psicológica de um determinado local, por uma determinada pessoa têm uma série de fatores que definem as sensações.

2 ANÁLISE DO CONCEITO

Defendendo essa ideologia, Cullen define três aspectos principais, cujos quais são continuamente definidos por determinados termos e condições.

A ótica, o fator e o conteúdo são, basicamente, os principais aspectos, mas assim como dito anteriormente, cada aspecto sujeita-se a uma amplitude de diversas definições. Destrinchando entes conceitos temos adiante: Percepção visual do espaço urbano. Neste conceito, o autor define o termo visão serial, que basicamente, é a visão formada por uma sequência de percepções dos espaços que passamos. Conforme andamos (em uma rua, por exemplo) capturamos uma série de imagens, formando assim uma cena. Pontos nodais como grandes edifícios, podem definir essas imagens formadoras das cenas. Essa ideia é reforçada por Cullen que diz que, geralmente aquando as pessoas se deparam com um ponto focal afirmam: “É aqui”, “Pare”. (Ponto Focal). Outro destaque são os Pormenores; pequenos e/ou singelos detalhes que dão um considerável destaque à um determinado elemento (ornamentação). Gradeamento, utilizado para a delimitação de certas propriedades, gerando essa sensação de limitação. Expectativa, seria o despertar da curiosidade, tal como o próprio sentido da palavra. Exemplificado como sensação desperta quando caminhamos por uma rua e aguardamos encontrar o que há no final dela. Justaposição, dá-se por uma imagem que partilha “duas categorias”, por assim dizer, isto é, uma visão com prédios, e construções, mas também com árvores e pessoas, o contraste das categorias permite a justaposição. Vista Para o Exterior de um Recinto, seria todo espaço cujo qual permite que você se sinta no ambiente externo, ou vice e versa. Ou seja, um ambiente que, apesar de diferente, permite que não haja uma indiferença de espaços. A Barreira, dispõe que haja visão do outro lado, mas não

acesso (físico). Caminho de Peões, apesar de ser quase sempre simplório, é fundamentalmente importante. Segundo Cullen, seria todo tipo de passagem/caminho gerada aos pedestres, por assim dizer. Apropriação de Espaço, se trata de todo o espaço que a população, especificamente, toma conta. Uma calçada, cujos vendedores ambulantes se instalam, ou a superfície de um bueiro, que a prefeitura isola para manutenção. Perspectiva grandiosa, é o desvendar entre o “aqui e o além”. Geralmente, pautadas por grandes edifícios, são responsáveis por uma sensação de grandeza e onipresença. A imagem deste objeto funde-o ao além, ao infinito. Animismo, ato de animação de um objeto, poeticamente falando, por

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