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Texto: “Perspectivas e desafios para o jovem arquiteto no Brasil. Qual o papel do arquiteto?” de José Sette Whitaker Ferreira

Por:   •  30/8/2018  •  Resenha  •  692 Palavras (3 Páginas)  •  283 Visualizações

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Quando pensamos em seguir a profissão de arquitetos, logo nos imaginamos trabalhando em grandes e famosos escritórios de arquitetura das grandes cidades, construindo enormes casas, prédios, estabelecimentos, esculturas (entre outros) que causem impacto e embeleze o ambiente em que vivemos. Tal conceito deve ser repensado. Não podemos atribuir o sucesso profissional restrito a uma arquitetura autoral destinada a pessoas de classe nobre, isso gera grande competividade entre os profissionais e o endeusamento dos grandes nomes nacionais e internacionais.

A oportunidade de emprego no meio arquitetônico também é reduzida, uma vez que anualmente se formam milhares de novos arquitetos que restringem sua área de trabalho, permitindo a exploração de mão-de-obra barata, desvalorizando seu conhecimento, seu estudo e sua profissão.

Atualmente, metade da população brasileira não tem acesso a uma moradia ou a uma moradia de qualidade. O prestigio por construções para pessoas de altas classes sociais desmerece e faz pensar que não existe uma necessidade da construção de habitações de interesse social (para a população com até três salários mínimos), excluindo-os da arquitetura e distanciando a profissão da realidade em que o país se encontra. Esse acontecimento é muito contraditório, pois a arquitetura brasileira se salienta internacionalmente. Isso demonstra que os arquitetos são profissionais de excelente formação e capacidade, porém pecam no seu papel com sociedade.

Um arquiteto urbanista tem a responsabilidade de idealizar, planejar e construir um espaço, sempre pensando no conforto e na estética que tal espaço que outras pessoas irão usufruir. Porém, os profissionais de hoje em dia estão se deixando influenciar e alienados em construções verticais em condomínios murados e isolados da civilização, construído em áreas de habitação reduzidas, fartos de espaços de lazer coletivos, dada pelo mercado imobiliário.

A responsabilidade desta segregação no acesso à arquitetura não está apenas no arquiteto. O governo também é autor em incentivar cada vez mais a construção de vias para carros privados, deteriorando e desprezando os transportes públicos, sem falar das influencias dos próprios meios de ensino da arquitetura (as universidades) que levam seus alunos a pensarem que seu sucesso profissional será concedido por meio da arquitetura autoral. Os poucos arquitetos que tentam e se dedicam à área social, se deparam com várias dificuldades em burocracias.

O crescimento desequilibrado das cidades brasileiras causa tensões sociais e econômicas, gerando problemas urbanos e ambientais (poluição, congestionamento, violência, enchentes, desabamentos, desmatamentos, etc).

O crescimento da classe social baixa (classe “C”), a arquitetura visa para as cidades médias e pequenas (mesmo sua preferência sendo pelas grandes cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro) e volta a focar na população de classe média e alta, criando bairros afastados e exclusivos.

Atualmente, para a população de classe “C”, o governo apresenta com programa MCMV (Minha Casa Minha Vida), que consiste em um financiamento habitacional e que estimula a construção civil para a população mais desprovida monetariamente. O programa supostamente tem como promessas incentivar a reabilitações de edificações sem ocupações/abandonas.

São conjuntos

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