Utilização de plantas na malha urbana
Por: Renato Keppe Ladeira • 17/11/2015 • Resenha • 585 Palavras (3 Páginas) • 434 Visualizações
A palestra realizada por Roberta Mertz Rodrigues no evento da Aula Magna, no dia 28/07/2015, aborda o tema: Utilização de plantas para recuperação de áreas urbanas degradadas.
A utilização de plantas na malha urbana é importante para o paisagismo , proporcionando a purificação do ar, barreira sonora, controle térmico, bem estar, integração social e dinamismo da paisagem; para a drenagem do solo, através de biovaletas ou alagados construídos, que resulta em uma redução considerável da sobrecarga dos sistemas de drenagem das águas pluviais e reduz a velocidade do escoamento das águas das tempestades; e fitorremediação, que consiste na utilização de plantas para conter ou imobilizar contaminantes do solo ou água, para limpar locais contaminados. Uma forma de inserir plantas no meio urbano é através dos Browfields: sítios abandonados ou instalações industriais sub utilizadas, onde a reocupação é complicada pela possível contaminação ambiental, transformados em espaços públicos, com multiplicidade de uso e atividades, valorizando os elementos construídos pelo homem, mas mantendo ênfase na forma da estrutura pré-existente conservando a mesma, valoriza a cultura do lugar e cria espaços com o qual as pessoas se identifiquem. Entretanto um Browfield abrange tanto áreas não contaminadas quanto áreas com elevado grau de contaminação. Exemplos de Browfield é o Battery Park City e High Line Park.
O High Line Park – New York, surgiu com o Projeto “The West Side Improvement”, uma linha férrea construída entre 1929 e 1933, a 30 pés do chão, que transportava mercadorias perigosas e percorria 22 quarteirões. Nos anos 1950 houve o decréscimo do uso desta linha e em 1980 foi desativada, mas a cidade cresceu em torno desta. A população fundou a associação sem fins lucrativos “Friends of the High Line”, que lutou por 8 anos contra a demolição da linha férrea e pela reabilitação e aprovação do projeto de transformar a High Line em um parque publico, que foi inaugurado em junho de 2009. Para a realização do parque foram feitos levantamentos sobre a sustentabilidade e os projetistas foram selecionados través de um concurso publico em 2004, tinham o objetivo de manter o espaço simples, silencioso, voltado para a contemplação e conversar com seu aspecto natural. O projeto desenvolveu-se a partir do aspecto “selvagem” da estrutura e vegetação; a via ferroviária foi mantida e os componentes metálicos restaurados, foram integrados na estrutura caminhos em betão e áreas de lazer que se integram na paisagem natural criada nas áreas verdes, foi feita a criação de pequenos ecossistemas ao longo da linha ferroviária; as vias pavimentadas são alternadas com zonas plantadas que permitem obter varias impressões visuais e sensoriais; a escolha da vegetação teve base nas que surgiram por entre as estruturas metálicas, pouco rexigente, robusta, sustentável, com variação de textura e cor e muito adaptada às condições locais. O parque não destruiu a beleza melancólica existente anteriormente, a paisagem foi recuperada e reinterpretada; cria uma dinâmica ao transformar uma estrutura industrial em um parque urbano; funde o natural, o industrial, o cultural, o intimo, o social e o anárquico. A iluminação do parque é feita por LED, instalada abaixo do nível dos olhos, ao longo das vias e nos mobiliários; cria ambientes magnéticos, atraentes
...