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VISÃO GERAL DO TEXTO: "O expo de Alexandria: ENTRE polêmica e encantadora"

Por:   •  11/3/2018  •  Resenha  •  735 Palavras (3 Páginas)  •  258 Visualizações

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RESENHA DO TEXTO: "A ALEXANDRIA DOS ANTIGOS: ENTRE A POLÊMICA E O ENCANTAMENTO.", DE JOANA CAMPOS CLÍMACO

 

O texto estudado faz parte da tese de doutorado da pesquisadora e professora Joana Campos Clímaco. Ela possui bacharelado e licenciatura em História pela Universidade de Brasília, mestrado em História Social pela Universidade de São Paulo e doutorado na mesma instituição. Seu foco de estudo é a História Antiga.

A autora aponta que existe uma diversidade de perspectivas sobre Alexandria. Isso se deve à grande quantidade de escritos do período (século I a.C até século III d.C), abrangendo uma variedade de gêneros, própositos, autores e intenções de tais textos. Os intelectuais que os escreveram eram articuladores de pensamentos comuns, levando-os aos meios da elite.

Alexandria foi fundada por Alexandre em 331 a.C, desenvolvida pelos Ptolomeus e se tornou a maior cidade do mundo helenístico, sendo a metrópole mais populosa do Mediterrâneo oriental, só perdendo para Roma em termos populacionais. Além disso, Alexandria foi estabelecida entre o Mediterrâneo e o lago Marcótis, sendo um local suficientemente perto do Egito, para usufruir de suas riquezas, mas também localizado em suas extremidades, a fim de preservar características gregas e escapar de invasões externas.

No entanto, Alexandria se estabeleceu em um local de difícil acesso para funções portuárias. Isso se deve à influência de Aristóteles – e sua estrutura urbana ideal descrita em A Política – no pensamento urbano de Alexandre, tendo em vista que o filósofo foi seu professor. Além disso, Alexandria foi planejada nos moldes helenísticos e teve um desenvolvimento diverso das antigas poleis.

Esse desenvolvimento foi diferenciado pois havia um caráter híbrido greco-egípcio em Alexandria, onde haviam instituições gregas em um sistema dinâmico na geometria urbana, já que a nova metrópole tentou racionalizar o espaço no Egito a partir de ruas paralelas e grandes avenidas, configurando o chamado plano hipodâmico de Alexandria.

É importante pontuar que deve haver uma distinção entre o ideal que baseou a fundação da cidade e sua realidade, que tornou tal ideal inviável, por causa da força cultural do território egípcio e da parcela significativa da população nativa.

Isso acontece pois até o final do século III a.C, a cidade tinha a mesma configuração das cidades gregas, mas o seu traçado foi estabelecido pelos Ptolomeus. Assim, Alexandria se tornou uma cidade de organização basicamente grega, principalmente pelas instituições presentes na cidade, mas tinha influências egípcias em muitos detalhes. Tal habilidade de trocar identidades torna Alexandria um fenômeno urbano e cultural.

Outro ponto importante dessa análise está na Biblioteca de Alexandria enquanto berço de disseminação e preservação dos clássicos gregos. Além disso, a biblioteca juntamente com outras instituições de Alexandria, tiveram um papel fundamental na circulação de saberes e de ideias, reunindo homens com interesses intelectuais em comum. Além desses locais para disseminação de conhecimentos, haviam locais para entretenimento e festivais, como o hipódromo.

A rápida aglomeração populacional em Alexandria deveu-se a sua localização. A cidade estava situada no ponto de cruzamento de muitos povos do mundo grego, apesar do difícil acesso.

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