A AUDITORIA DOS DISPONÍVEIS
Por: Du, Dudu e Edu • 1/3/2018 • Pesquisas Acadêmicas • 1.409 Palavras (6 Páginas) • 281 Visualizações
1. OBJETIVO DA AUDITORIA DOS DISPONÍVEIS
A auditoria dos disponíveis ou disponibilidades da entidade possui vários objetivos, dentre eles, podemos citar:
1.1 Determinar sua existência
O auditor deve se certificar de que as informações passadas aos usuários sobre o ativo disponível da entidade estejam de acordo com a realidade e livre de distorções relevantes. Dessa forma, a verificação da existência de qualquer item do ativo deve ser o objetivo principal da auditoria.
A existência na própria organização auditada seria o dinheiro em caixa. A existência nos bancos se refere a recursos em conta corrente de movimentação livre ou aplicados cuja liquidez seja imediata. Já os recursos utilizados na manutenção do caixa, como, por exemplo fundo fixo, podem ser classificados como em poder de terceiros. Neste caso o terceiro pode ser um funcionário cujo a entidade confiou recursos destinados a realização de pagamentos de valores pequenos.
1.2 Verificar se os recursos disponíveis pertencem a entidade que está sendo auditada.
Além de verificar se as disponibilidades de fato existem, o auditor deve também, averiguar se essas pertencem de fato a entidade auditada, não sendo essa uma posse provisória de um ativo de outra entidade ou de algum usuário envolvido no processo, visto que pode ser utilizado a fim de burlar a auditoria, um empréstimo não contabilizado, fazendo com que um recurso de terceiro se passe como recurso pertencente a entidade. Isso pode ser utilizado como forma de encobrir possíveis rombos de caixa.
1.3 Analisar se as normas e os princípios de contabilidade foram seguidos.
As contas do disponível são compostas por recursos líquidos, ou seja, dinheiro, e por isso não apresenta dificuldade na sua avaliação. O que deve ser observado é que os valores em bancos sejam de fato disponíveis, não sendo esses vinculados à alguma obrigação da entidade, ou que não existam saldos credores em algumas contas “bancos contas movimento”, caso em que tais saldos deveriam ser reclassificados para o passivo. Além disso, as aplicações financeiras devem incluir os rendimentos até a data do balanço patrimonial.
1.4 Determinar a existência de restrições de uso ou de vinculações em garantia.
Após determinar a existência dos recursos, e depois verificar se são de propriedade da entidade auditada. O auditor deve ver se existem restrições de uso, que poderão determinar a necessidade de reclassificação dos recursos para outro grupo de contas, tanto do ativo quanto do passivo, conforme já comentado no item anterior a este.
1.5 Determinar se está corretamente classificado nas demonstrações contábeis e se as divulgações foram expostas em notas explicativas.
Obedecendo a ordem de classificação das contas do Ativo, pelo grau crescente de liquidez, as disponibilidades compreendem o primeiro grupo de contas. Basicamente duas situações devem ser observadas e que podem determinar a reclassificação para outro grupo de contas: Restrições de uso, por estarem vinculados à alguma obrigação da entidade, não podem ser considerados valores disponíveis e devem ser reclassificados; e saldos credores em contas banco, que devem ser considerados como empréstimo e, como tal, devem ser classificados no Passivo.
A legislação não prevê notas explicativas para as contas das disponibilidades, mas como a intenção é de informar um assunto seria de comunicar que as contas da aplicação estão atualizadas com os rendimentos até a data do Balanço Patrimonial.
2 Técnicas de auditoria dos disponíveis
Existem diversas técnicas utilizadas pelos auditores para verificar se as disponibilidades estão livres de distorções relevantes. Dentre as principais, podemos citar: contagem física dos fundos de caixa, circularização junto as entidades financeiras, realização de conciliação bancária, exame das contas razão, caixa e bancos.
2.1 – Contagem física do caixa
A contagem física do caixa tem como objetivo principal a auditoria do numerário disponível no caixa da empresa, mas também é de grande importância para o controle interno da entidade, uma vez que o caixa é bastante suscetível a fraudes e irregularidades por conter dinheiro e um volume geralmente grande de transações.
Durante a auditoria, caso exista mais de um caixa, deverá ser defino qual deles será contado. Caso o auditor opte por contar ambos os caixas, o mesmo deverá realizar o trabalho de forma simultânea.
A contagem deve ser realizada sem conhecimento prévio dos responsáveis pela guarda dos recursos para evitar possíveis manipulações ou encobertas de fraudes por parte dos funcionários da entidade.
É obrigatório a presença do responsável pelo caixa durante a realização da contagem pelo auditor, a fim de evitar problemas e sanar possíveis duvidas que possam surgir durante o processo. Após a contagem o auditor deve exigir uma declaração do responsável pelo caixa, onde o mesmo afirma que todos os bens utilizados durante a auditoria foram devidamente devolvidos ao caixa.
Além disso, o auditor deve registrar a contagem em documento de auditoria no qual constarão, entre outras informações, o nome do fundo ou do caixa, nome do responsável pelo numerário, relação de todos os itens que constam no caixa, como dinheiro, cheques e recibos, além disso deve ser registrado também a data e a hora em que a contagem foi realizada, bem como a declaração do responsável afirmando que os bens foram devolvidos ao caixa, conforme informado anteriormente.
O auditor deve se atentar aos sinais que possam indicar possíveis acobertamentos, como, por exemplo, empréstimos temporários, comprovantes de pagamentos com sinais de falsificação, bem como cheques de realização duvidosa. Em situações como essa, o auditor deverá solicitar informações imediatamente ao responsável e acompanhar a solução do problema.
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